Proibido Amar
Capítulo 16
James foi bruscamente despertado de seus sonhos pelo som forte de uma buzina.
Caído no chão gelado, e embolado pelos lençóis, demorou alguns segundos para perceber o que tinha acontecido.
— Black! — gritou a pleno pulmão.
O garoto saiu correndo do quarto, e fechou a porta.
Assim que conseguiu livrar-se dos lençóis, ele abriu a porta, e correu para o corredor, dando de encontro com um sonolento Remus.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Opa! — ele exclamou, virando-se para ver o moreno correr na outra direção.
Sirius estava tomando seu café da manhã, com tranquilidade, um sorriso debochado no rosto, até ver o amigo indo em sua direção.
— Com sua licença! — ele disse para o sanduíche que comia.
Deixou em cima do prato, e correu para a porta.
— Black! — gritou James, correndo atrás dele.
Novamente, teve que abrir a porta, o que o atrasou um pouco, mas teve tempo para ver a porta do corredor se fechar.
— Tá de brincadeira — murmurou, passando as mãos no rosto, ao ver que era o apartamento das três garotas.
Suspirou, irritado, e prometeu vingança, assim que o visse novamente. Voltou para dentro, assim que sentiu o frio bater em seu peito desnudo.
— Você e Sirius deveriam aprender o significado de roupas — disse Remus, fazendo uma careta.
— Eu dormi de bermuda! Tá reclamando do quê? — retrucou James, indo até a mesa, e devorando o resto do sanduíche de Sirius.
— Não estou acostumado — disse Remus, sentando-se em um canto.
— Filhinho da mamãe — murmurou James.
— Não pode me chamar disso — retrucou Remus, rindo — Não está muito atrás!
Ele riu junto. Eles tomaram o café da manhã rapidamente, James foi se vestir, e pegaram as suas coisas.
— É hoje! — murmurou para si mesmo, olhando-se no espelho.
Remus, que não tinha problemas com as moradoras, bateu lá na porta, chamando a Sirius para irem.
— Como a Evans reagiu ao te ver na mesa para o café? — debochou James, depois de dar um soco dolorosamente forte no braço dele, como vingança por tê-lo acordado daquele jeito.
— Estranhou, mas me ignorou, então tudo bem — ele respondeu, sem dar importância.
— James, Sirius... — chamou Remus, franzindo o cenho — Que horas que começa a primeira aula?
— Que horas são? — perguntou James, ele só conseguia orientar-se com o horário atual.
— Ahn... Sete e cinquenta — respondeu, olhando para o seu relógio.
— Daqui a dez minutos! Estamos atrasados! — Sirius gritou, correndo para as escadas.
— O elevador... — murmurou James, olhando para as escadas.
Remus revirou os olhos, abrindo a porta do elevador, e entrando, tranquilamente, com James em sua cola.
Ele apoiou-se no espelho do cubículo. Quando as portas abriram-se, na portaria, eles saíram, e viram que Sirius não tinha descido ainda.
— Deve ter morrido no meio do caminho — disse James, revirando os olhos.
— Tem certeza de que... — ele olhou para Filch, que estava de costas para ele, e começou a sussurrar — Ele vai ficar quietinho?
No começo, James olhou-o confuso, até entender a quem se referia.
— Ah! Vai sim! — ele deu de ombros — Mesmo morando em casa, minha mãe nunca gostou dos latidos de Padfoot. Acho que ele até esqueceu-se como se late.
Remus não sabia se acreditava, donos sempre eram cegos em relação aos seus animais de estimação. Infelizmente, seria caso de pagar para ver... Só esperava que o filhote ficasse mesmo quietinho.
Nesse momento, Sirius desceu, ofegante, as escadas.
— Olhe quem chegou! O rei do drama! — disse James, o sarcasmo pingando em sua voz — Vamos logo, cachorro!
Filch olhou para trás, desconfiado, assim que escutou a palavra “cachorro”.
— Ele é cachorro! — disse Remus, apontando para Sirius, enquanto que James o puxava para a entrada — Um canalha de primeira.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Obrigado pelos elogios — retrucou Sirius, ainda ofegante.
— Desistiu em qual andar? — perguntou James, divertido.
— Cale a boca! — resmungou, respirando fundo — Espere! Vai mais devagar!
— Nada disso! Estamos atrasados! — disse Remus, passando rapidamente do lado deles, fechando a porta de entrada.
A sorte deles era que Hogwarts não era tão longe do prédio deles, então conseguiram chegar a tempo.
— Por favor, deixe a gente entrar! — Sirius ajoelhou-se na frente do portão.
Remus e James afastaram-se dele, fingindo que não o conheciam, enquanto o porteiro do colégio, Quirrell, olhava estranhado para o garoto.
— Levante-te da-daí! — ele gaguejou, empurrando o portão para o lado, dando espaço a eles.
— Obrigado, senhor — Sirius continuou fazendo drama, até que Remus e James puxaram-no para dentro.
— Bom dia, senhor Quirrell! Obrigado! — disse Remus, enquanto se afastavam.
— Ei! Espere! — eles ouviram um grito feminino.
Sirius virou-se no mesmo instante, com um sorriso cafajeste no rosto.
— Ai, não... — murmurou James, fechando os olhos — Tudo menos isso.
— O que foi? — perguntou Remus, confuso.
— Aquela beterraba não vai com a minha cara — disse James, abrindo os olhos, e virando-se para ele — Não lembra como me tratou, quando foi lá em casa?
— Você foi grosseiro com ela — lembrou-lhe Remus.
James deu de ombros, fazendo um bico, como se fosse uma criança.
— O que fizeram com esta pobre criança? — Marlene debochou, abraçando-o por trás.
Remus segurou o riso, ao perceber o olhar contrariado de Sirius.
— Não ligue, ela é assim, carinhosa com todo mundo — Alice tranquilizou-o.
James desfez-se do abraço dela, mal humorado.
— Sirius foi mau comigo — ele disse, apontando para o amigo, que arregalou os olhos.
— O quê? Mas eu não fiz... — começou o garoto, indignado.
— O que ele fez? — interrompeu Marlene, fingindo seriedade.
— Ele me jogou água, para me acordar — denunciou James.
— Está explicado porque veio tomar café lá em casa — Marlene virou-se para ele, subindo as sobrancelhas.
— Ele estava demorando para acordar! — disse Sirius, inocentemente.
— Por Deus, Lene! Estamos atrasadas! — reclamou Lily, ajeitando a mochila em seu ombro, e passando por eles, irritada.
— Você tem uma habilidade para irritá-la — disse Marlene a James, admirada.
— Eu nem disse “oi” para ela! — ele indignou-se.
— É por isso que ele estava de mau humor — disse Remus, intrometendo-se na conversa.
— Ah! E querendo colocar a culpa em mim — reclamou Sirius.
Eles ouviram Quirrell apressar-se novamente para o portão.
— Vamos, povo! Não querem matar aula justo hoje, não é? — um garoto moreno aproximou-se, abraçando a Marlene de lado, que fez uma careta.
— Desencosta — disse, lentamente, fazendo-o se afastar, assustado.
— Oi — outro garoto acenou a cabeça para Alice, que parecia querer que a terra a tragasse.
— Oi — respondeu, baixinho.
— Agora, a McGonagall vai dar um discurso de boas-vindas — avisou o, aparentemente, amigo de Marlene — Melhor irmos.
— Sinto-me como se ainda estivesse no colégio — disse Marlene.
— É... Pior que parece — ele riu — Exceto que a gente só estuda o que gosta.
— Ou o que é obrigado a estudar — disse Sirius, extremamente sério.
James olhou curioso para o amigo, estranhando o motivo pelo qual ele estava tão sério. Sirius Black estava com ciúmes? E de uma garota que conheceu há semanas?
“Parece que a universidade está fazendo a cabeça de alguém” pensou consigo mesmo, sorrindo marotamente.
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