Proibido Amar

Capítulo 15


Marlene

Nos encontre na livraria da Pince (14:30)

Traz seus amigos também (14:30)

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— Três dias para as aulas começarem, e só vamos resolver os livros agora! — disse Lily, entrando no estabelecimento, com o envelope em mãos — Não acredito nisso!

— Deixe de drama, Lily! — Marlene revirou os olhos.

— E você guarde esse celular! Vamos sair, respirar ar puro, entre amigas! — mandou Lily.

— Senhora, sim, senhora — Marlene bateu continência.

Alice quase bateu o rosto na porta da livraria, pela distância que mantinha de Marlene. Desde a discussão, ela mantinha uma certa formalidade, não importava quantas vezes a outra pedisse desculpas.

— Os livros didáticos ficam do outro lado — disse Alice, cruzando os braços.

— Desculpe! — Marlene andava dizendo muito aquilo, o que era muito para a personalidade orgulhosa dela.

— Que seja — suspirou Alice.

— É sério, Lice! A gente nunca brigou assim! — disse Marlene, parando-a no meio do caminho.

— Porque você nunca foi tão insensível comigo — retrucou a garota.

— Lice, ela é assim mesmo. Nem liga! — Lily deu força — A parte boa é que você pode jogar na cara dela que ela é uma vadia, e ela não vai poder reclamar.

Marlene levantou uma sobrancelha para a ruiva, que sorriu inocentemente.

— Tá, não deixa de ser verdade! — ela revirou os olhos, voltando o olhar para Alice.

— Tudo bem... — ela disse, cansada — Vamos logo.

As três desdobraram os papéis, vendo a quantidade de livros requeridos.

— Eu nunca pensei que psicologia teria tanta coisa... — murmurou Alice, de olhos arregalados.

— Meu Deus! Isso vai pesar uma tonelada! — disse Marlene, tão chocada quanto a amiga.

Lily não conseguiu dizer qualquer coisa, apenas engoliu em seco.

— Lil, não se preocupe! Se quiser, a gente te dá um empréstimo! — Alice notou a preocupação dela.

— Não! Não! Que isso! — ela recuperou-se do susto, dobrando o papel de novo — Meus pais tem dinheiro para isso. Não se preocupem!

Marlene fez sinal para que ela não voltasse a tocar no assunto, então foram para o lado direito da loja.

— Ei, garota! Não olha por onde anda? — elas ouviram um garoto exclamar, irritado.

— Na verdade, não — uma garota disse, friamente.

As três viraram-se, vendo as duas pessoas, o garoto parecia bem constrangido, depois da resposta dela, mas foi embora sem pedir desculpas.

— Ele parece com o Sirius — murmurou Marlene, olhando na direção em que ele foi.

— É porque é o babaca do meu irmão.

Ela virou-se, com um sorriso enorme no rosto.

— Você veio! — ela exclamou, abraçando-o.

— Você o chamou aqui? — perguntou Lily, perspicaz.

— É claro que não! — mentiu Marlene, ainda sorrindo.

— Vamos embora, Doe — ela escutou o, possivelmente, pai da garota chama-la.

A menina, de óculos escuros, pegou o braço estendido, e eles saíram da livraria.

— Nossa! Deve ser horrível não poder enxergar — Alice murmurou.

— Ela parece ser uma nova aluna de Hogwarts também, ouvi que teria uma menina deficiente este ano — disse Sirius, pensativo.

— O que seu irmão estaria fazendo aqui? Algo me diz que ele não é muito amante da leitura — disse Marlene.

— Minha mãe deve tê-lo mandado para me vigiar — ele revirou os olhos, focando a vista nela.

— Que mulher agradável — comentou Marlene.

— Lene! — Alice e Lily exclamaram.

Para a surpresa delas, ele começou a rir.

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— Sim, um encanto — disse Sirius — Mas não vamos falar nela, sim?

— Vamos deixa-los sozinhos — Lily puxou Alice pelo braço.

— Enfim sós! — disse Marlene, aproximando o seu rosto no dele.

— Agora entendi o plano de trazer James e Remus — ele sorriu, marotamente.

— É... Exceto que a Alice tá com uma gamada em outro garoto — ela deu de ombros.

— Não é como se James e Lily tivessem com um rolo — disse Sirius.

— Por enquanto — prometeu Marlene, dando um sorriso maroto.

Ela puxou o lábio inferior dele com os seus, soltando lentamente. No momento em que ele a empurrou contra a estante de livros, foram interrompidos.

— O que pensam que estão fazendo? — madame Pince surgiu, amargurada.

— A boca dela estava suja! — Sirius afastou-se rapidamente dela.

— Vão comprar os seus livros, antes que eu mude de ideia, e os expulse — ela sacudiu um espanador de pó, soltando um pouco de poeira.

Eles assentiram, e afastaram-se da mulher, sob o olhar atento dela.

— Cuidado! Conheço bem os dois! — ela alcançou em dizer, antes que eles virassem o corredor.

— Mal comida — resmungou Marlene.

Sirius riu, com a cabeça escondida no pescoço dela.

— Aqui é o último lugar em que quero ficar, mas preciso comprar esses malditos livros! — ela reclamou.

— Não teria, a senhorita, me chamado aqui para carregar tudo, não é mesmo? — ele afastou o rosto dela, olhando-a suspeito.

— Nem passou pela minha cabeça — sorriu, inocentemente.

— As vantagens estão inclusas no pacote — eles ouviram James brincar.

— Que juízo que vocês fazem de mim — Marlene se fez de ofendida.

— Remus e James acham que você é minha versão feminina, então... Eu seria capaz de uma coisa dessas — confessou Sirius.

— Não creio. Você ia querer exibir sua força, sendo homem ou não — retrucou Marlene.

— É, ela te conhece melhor que você mesmo — disse James, admirado.

— Onde estão as minhas amigas? — ela perguntou, virando-se para ele.

James não respondeu, apenas apontou a direção. Marlene deu um selinho no amigo dele, e foi na direção indicada.

— Você tá amarrado! — ela ouviu James zombar.

Não conseguiu evitar um sorriso surgir em seu rosto. Não sabia o porquê de estar agindo daquele jeito, mas Sirius a deixava diferente. Ela já tinha ficado com muitos garotos, e ele também. Ela não era burra, sabia que ele era um dos maiores pegadores daquele campus, mas era isso o que tornava tudo interessante para ela, a falta de compromisso, sem ilusões.

— Mas você não precisa escolher o campo da medicina? — ela ouviu Alice perguntar, enquanto aproximava-se delas.

— Os primeiros períodos são conhecimentos gerais. Depois é que eu escolherei a área — explicou Lily, medindo o peso de um livro antigo.

— Você vai ter que carregar isso? — Marlene perguntou, abraçando a Alice, de lado.

Apesar da intenção, nem uma das duas se assustou com sua chegada repentina.

— E esse é só um dos livros — Lily suspirou, olhando para o lado — Por que o seu namorado não pode andar sozinho?

— Ele não é meu namorado — retrucou Marlene.

— Tenho que arrumar um jeito de me referir a ele. Amigos não se pegam! — disse Lily, revirando os olhos.

— Chame-o de Sirius — sugeriu Marlene, pegando o livro das mãos delas — Cruzes! Eles descrevem cada milímetro da anatomia humana?

— Ou um glossário de todas as doenças? — sugeriu Alice.

— Se fosse para ser da medicina, eu trabalharia com pesquisas. Deve ser bem mais emocionante — disse Marlene, colocando o livro em cima de uma mesa.

— Isso seria ciências biológicas — disse Alice.

— Acho que você vai ser a que vai se dar melhor nessa matéria — disse Lily — Você vai ter anatomia, filosofia, biologia...

— E tem gente que ainda acha psicologia fácil — interrompeu Alice.

— Não é por nada não... Mas você disse que o cara vai estudar administração? — perguntou Lily a Marlene.

— Sim — respondeu, confusa.

— Você também vai ter administração... Pública, mas é administração — ela deu de ombros.

— Que ótima notícia! — ela deu um sorriso malicioso.

— Bom saber que algumas das nossas matérias da grade vão se bater — disse Alice, rindo.

— Lembra do nosso primeiro trabalho de genética? — Marlene perguntou a Lily — Você deu um ataque! Decidiu que queria trabalhar com aquilo.

Ela deu um sorriso tímido.

— Certo! Já peguei tudo o que precisava — disse Alice, carregando vários livros — Podia ter um daqueles carrinhos de supermercado.

— Vou sugerir isso para a velha — disse Marlene, dando de ombros.

Elas pegaram os livros, que estavam na lista, e, com dificuldade, foram até o caixa. Na saída, Lily esbarrou em James, derrubando a sacola dos livros.

— Olhe só o que você fez! — exclamou, irritada.

— Deixe que eu ajudo — ele agachou-se.

— Não! Saia daqui! — ela empurrou-o, ajeitando os livros dentro da sacola, e levantando-se, com esforço — Não preciso da sua ajuda, Potter! Vamos, meninas! Precisamos enviar a lista de irmandades de volta para a professora McGonagall.

— Garota maluca... — James resmungou, indo para perto de Sirius, já que Remus estava concentrado demais no livro de bioquímica.

— Ela é assim com todos, não pense que é pessoal — Marlene consolou-o — Logo, ela mudará de ideia.

— Não sei, não... — disse Alice, indo atrás dela.

— Ignorem-na! Eu conheço a Lily há muito tempo, ela a conhece faz quase um mês — disse Marlene, sem abalar-se.

— Por que está falando isso? Como se eu me importasse com a doida da sua amiga — disse James, irritado.

— Cuidado, Potter — ela disse, sorrindo — Eu sou especialista em fazer as pessoas engolirem suas palavras.

Ele deu uma risada de escárnio, indo pegar os seus livros.

— Guarde minhas palavras, Six. James e Lily vão ficar juntos — disse Marlene, tranquilamente.