Proibido Amar
Capítulo 12
A campainha tocou, e Lily foi em direção à porta, com o dinheiro já em mãos.
— Temos todos esses aparelhos, e não sabemos usar — disse Alice, olhando fixamente para o fogão.
Lily fechou a porta, e voltou para a cozinha, passando por uma Marlene concentrada no seu WhatsApp.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— A Lene já tentou cozinhar, mas é uma experiência que prefiro não repetir — disse Alice, ajudando-a a pegar as sacolas, e colocá-las em cima do balcão.
— Falando em Marlene, ela não desgruda desse celular, desde que fomos ao LC — disse Lily, olhando para a porta, por cima do ombro.
— Quando eles se pegarem, ela acalma o fogo. Até lá... Teremos que suportar — disse Alice — Lily, você sabe mexer na máquina de lavar, né?
— Er... — Lily fez uma careta — Eu vou fazer uma ligação.
Ela ouviu como Alice resmungou, quando afastou-se, com seu celular na mão.
— Mãe? — disse, assim que ela atendeu.
— Oi, minha filha! — ouviu-se a voz de uma Doralice animada — Tuney! Venha! É a Lily!
— Mãe! Calma, mãe! — Lily piscou, surda pelo grito dela.
— Desculpe-me, querida! — sua voz continuava animada — Como está?
— Eu só liguei para saber como uso a máquina de lavar — ela fechou os olhos, ouvindo o suspiro da mãe.
— Ai, filha! Quantas vezes eu já não lhe disse para vir na cozinha, ver o que sua mãe faz? Que seria útil para a sua vida? Mas não! Você tinha episódio de... Série de vampiro para ver — Doralice começou a reclamar.
— Por favor, mãe! Me salva! — pediu Lily, e afastou o celular da boca — Lice! Traz um papel e caneta aí, preciso anotar!
— Qual é a capacidade da máquina? — perguntou sua mãe.
Alice chegou para perto dela, com o que ela pediu, os olhos esperançosos.
— Ai, Jesus Cristo... — murmurou Lily, colocando a mão na testa — O que é capacidade?
— O volume de roupas que aguenta — sua mãe explicou.
— Lice, me diga que essa máquina tem um manual — Lily virou-se para a amiga.
— Teria que ver com o proprietário do apartamento, ele já alugou para vários alunos — disse Alice, mordendo o lábio, nervosa.
— Pequena, média, grande ou extra grande? — Doralice disse, pacientemente.
— Parece ser grande? — perguntou Lily, perdida, para Alice.
— Grande — disse Alice, sem hesitar.
— Grande — repetiu Lily.
— Filha, eu não vou conseguir te explicar por telefone — disse Doralice, depois de alguns minutos.
— É tão grave assim? — desesperou-se.
— Lily! Você não sabe nem conceito da máquina! — ela disse — Eu vou até aí, amanhã, e te explico!
— Certo — Lily deu um sorriso amarelo — Obrigada, mãe! Tchau!
Alice olhou-a com expectativa, o papel e caneta ainda em suas mãos.
— Ela vai vir até aqui — disse Lily, passando a mão pela testa.
— Agora? — Alice largou o papel e caneta em cima do balcão.
— Não! Amanhã! — disse Lily — O problema é que estamos com problemas, né...
Alice teria rido da frase, se não tivesse consciência do grande número de roupas amontoadas, em cima da tampa da máquina.
— Então, o que faremos? — perguntou Lily.
— Por todas as vezes que rondei por aqui... Tinha uma lavanderia, mas ela foi fechada há algum tempo — disse Alice — O jeito será pedir caridade dos vizinhos.
— Odeio isso — confessou Lily.
— Sei disso, mas não temos escolha. E nem adianta pedir ajuda para a Lene. Pedir ajuda para aquela ali, é o mesmo que nada. Vamos! Vamos encher o cesto... Talvez algum vizinho caridoso saiba como fazer.
Pegaram o cesto de roupas sujas, e caminharam para a sala.
— Já voltamos — disse Alice, desnecessariamente, já que Marlene não parecia estar escutado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Deixaram a porta encostada, e entreolharam-se.
— Qual a gente vai? — perguntou Alice.
Lily respirou fundo, antes de tocar a campainha da porta ao lado. Esperaram, mas ninguém respondeu.
— Não era para ser! — decidiu, indo para outra porta, mais afastada.
Essa porta abriu, fazendo com que Lily exclamasse:
— Está de brincadeira!
— O que é isso? Estão nos seguindo? — um dos amigos de Sirius exclamou, um pouco irritado.
— O mundo não gira em seu torno, senhor... Seja lá qual for o seu nome — Lily impacientou-se.
— O que está acontecendo? — Remus surgiu atrás do garoto.
— Remus! — exclamou Lily, aliviada — A lavadora lá de casa deu problema, tem como...?
— Entre! — disse Remus, fazendo com que o outro olhasse-o, indignado — Não faça essa cara, James! Ignorem-no, está de mau humor!
— Esta é Alice, ela vive comigo e com Marlene — explicou Lily, enquanto elas entravam.
Alice sorriu para James, e ele retribuiu, revirando os olhos, e fechando a porta.
— Esperava coisa pior — disse Lily, olhando para o apartamento.
— Remus é nossa faxineira! — disse James, debochadamente, apertando as bochechas do garoto, que revirou os olhos.
— Bom conhecer um garoto organizado, para variar um pouco — retrucou Lily, olhando intencionalmente para James.
— O amor se sente de longe — uma voz irônica soou.
Lily virou-se e viu a Sirius, deitado no sofá, mexendo no celular, como Marlene estava.
— Que casal lindo — murmurou Alice, debochada.
— Venham! Eu mostro para vocês onde fica! — Remus disse.
Elas não hesitaram em seguir-lhe.
— Vão para Hogwarts também? — perguntou Alice, colocando o cesto em um canto.
— Sim. Eu vou cursar medicina — disse Remus.
— Eu também! — disse Lily, aliviada por não estar sozinha na turma.
— Isso é ótimo! — ele também pareceu aliviado.
Alice fez um barulho com a garganta, chamando a atenção deles.
— Sinto interromper, mas... Bem... Nós não sabemos como... — ela pareceu perceber a pequena “falha” do plano, neste momento.
Remus, ao contrário do que esperavam, riu, indo até o equipamento.
— Tanta perfeição não pode ser natural — Alice murmurou, surpreendendo a Lily — O quê? Vai dizer que não é verdade?
Ela apenas riu, aproximando-se, para ver como ele ligava a máquina.
— Você faz parecer tão fácil — disse Lily.
— É fácil! — retrucou Remus, divertido — Minha mãe sempre foi doente, então eu ajudava em casa.
— Sinto muito — disse Lily, sinceramente — Deve ser difícil para você estar aqui...
— Ela sempre quis que eu me formasse, então... Talvez seja por isso que estou cursando medicina, para que a história dela não se repita — ele disse, apertando o botão de ligar — Pronto! Coloquei para a lavagem rápida, daqui a pouco já fica tudo bem.
— Muito obrigada, mesmo! — ela disse — Morar sozinha está sendo péssimo!
— Comida congelada, lavar roupa na casa do vizinho... Sei! — ele brincou.
— Minha mãe vai me ensinar, espero não passar por isso novamente — Lily disse, envergonhada.
— Pode contar sempre conosco — disse Remus — Apesar de acabarmos de nos conhecer. Pode ficar tranquila! Não somos...
— Estupradores? — interrompeu Alice — Quanto a você e o outro ali, eu acredito, mas seu amiguinho do sofá, nem tanto.
Remus deu uma gargalhada, espiando para dentro da sala. Sirius não parecia nem ter ouvido.
— Não sei se serve muito de consolo, mas ele não fará nada que sua amiga não queira! — ele disse, voltando para sua posição anterior.
— Não, não é um consolo — Alice suspirou, risonha.
— Esses nossos amigos nos enlouquecem, não é mesmo? — perguntou Remus.
— Você não faz ideia... — murmurou Alice.
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