Proibido Amar
Capítulo 9
Carregar as malas, e a nova caixa de Padfoot, pelos quarteirões não era fácil. Se o porteiro desconfiou da caixa, não disse nada. Pelo menos, ajudou-os, abrindo a porta do elevador de serviço.
— Eu acho que perdi todos os quilos que me sobravam nessa vida — Sirius largou as malas no chão, aproveitando o tempo para tomar um ar.
— Pegue de volta! — ralhou James — Vai sujar tudo!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— São malas, James!
— Você apertou o botão do elevador?
— Ai, que droga...
Sirius contorceu-se, por baixo da caixa, e apertou o botão do 4º andar.
Para sair do elevador, foi outro sacrifício.
— Deveríamos ter aceitado a ajuda do pai — resmungou James.
— Não precisa nos lembrar que fomos trouxas — reclamou Sirius, soltando as malas novamente, e procurando pelas chaves.
— Estão comigo.
— Pega aí!
— Pega você! Estou com as mãos ocupadas.
Uma idosa, saindo de um dos apartamentos, gritou, ao ver Sirius colocar a mão no bolso traseiro de James.
— Não é nada do que está pensando! — Sirius afastou-se, rapidamente, com a chave na mão.
— Jovens pervertidos — a mulher começou a resmungar, batendo nele com a bengala.
James abaixou a cabeça, tentando segurar a risada, para não ser também alvo da bengala.
— Por que ela bateu em mim, e não em você? — indignou-se Sirius.
— Você está com a chave — disse James, simplesmente — Abre logo a porta!
Sirius encaixou a chave na fechadura e girou, destrancando-a. Girou a maçaneta e empurrou-a, ao mesmo tempo em que um balde de água caía em cima de si.
— Mas o que... — ele paralisou, olhando para um fio de barbante suspenso.
Ouviram gargalhadas de dentro do apartamento, e desconfiaram que fosse o outro proprietário. O esperto chegou antes que eles, e ainda aproveitou para aprontar com eles, como planejavam fazer.
— Eu não devia ter me levantado da cama hoje — Sirius cobriu o rosto com as mãos.
— Foi mal, cara, não aguentei ficar parado — uma voz masculina disse.
O garoto de cabelos e olhos castanhos, ria abertamente, ao ver o resultado da sua pegadinha.
— A gente ia fazer pior — James deu de ombros — Então você não é um nerd.
— Não se engane com a aparência — ele deu de ombros também — Sou um pouco de tudo, acho. Remus Lupin.
— James Potter, Sirius Black — ele apontou para o amigo.
— Ele está chorando? — Remus olhou incrédulo.
— Que chorando que o quê! — exclamou Sirius, afastando as mãos do rosto, indignado — Eu lá sou homem de chorar?
— Sei não... Estou vendo uns olhos vermelhos aí — provocou James.
— Cale a boca, viado — reclamou Sirius, pegando as malas, e indo para dentro.
— Ignore, ele é meio mal humorado — James disse a Remus, apoiando a caixa em cima do sofá, e indo fechar a porta.
— Nem esquento com isso! — disse Remus, olhando curioso para a caixa, que começava a se mover.
— Então... — James bagunçou o cabelo, nervoso — Estivemos procurando por um apartamento desesperadamente, mas não conseguimos, por causa de um lance... Como vamos morar contigo, não tem como esconder isso.
— Vocês sempre enrolam para falar? — perguntou Remus, revirando os olhos, e destampando a caixa.
— Esse guri é abusado, né? — perguntou Sirius, surgindo novamente na sala, ainda molhado.
— Considerando essa expressão de vó que você usou... — provocou James.
— Sério que não deixaram ficar? Por causa de um cachorro? — perguntou Remus, sentando-se no sofá, e pegando o filhote no colo.
— Nem tentamos a sorte aqui. Já decidimos esconder — disse James.
— Certo! Sou tranquilo com isso — disse Remus.
— Vai cursar o quê? — perguntou Sirius, mais calmo.
Era incrível como eles já se falavam como se fossem conhecidos desde sempre.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Medicina — disse Remus, um pouco encabulado, como se esperasse que debochassem dele.
— Pegamos administração — James sentou-se em uma poltrona, jogando a cabeça para trás.
— Cruzes! Fazer contas matemáticas? — perguntou Remus, franzindo o cenho.
— Medicina também — disse Sirius, mas Remus negou com a cabeça — Droga! Escolhemos uma péssima...
— Eu nem sei o que quero fazer, sinceramente. Escolhi porque meu pai indicou — James deu de ombros.
— E eu fui na onda dele — completou Sirius.
— É, seus objetivos estão bem traçados e evidentes — Remus ironizou, mas os outros dois riram.
Eles não ligavam para o futuro, o que importava era o presente. E eles queriam aproveitar o melhor da universidade, não sendo, necessariamente, as aulas, ou o diploma que ganhassem.
— É o primeiro da sua família a entrar? — perguntou Sirius.
— Sim — respondeu Remus, com uma careta, parecia já saber sobre os “sangues puros”.
— Ignore os sangues puros, eles são uns idiotas — disse James.
— Sim, vocês são meio retardados — brincou Remus.
— Vai ter retorno, a sua brincadeirinha — Sirius alertou, sério.
— Estarei esperando por isso — Remus disse, sem abalar-se.
James riu, pensativo.
— Eu devia ter perguntado se expulsam os alunos, se fizerem algumas brincadeiras indefesas — murmurou, mas foi escutado mesmo assim.
— Capaz — disse Sirius — Só que não.
Padfoot saiu do colo de Remus, descendo do sofá, e começando a cheirar toda a casa.
— É melhor irmos arrumar as coisas — disse James, levantando-se,
— Essa é a pior parte de fazer malas: ter de desfazê-las — reclamou Sirius, indo atrás dele.
Arrumaram as coisas em seus quartos, depois de decidir, no par ou ímpar, quem ficaria com qual dos quartos restantes. Conforme o dia foi tornando-se tarde, eles continuaram socializando com Remus, e decidiram que precisariam comprar as coisas restantes de Padfoot, inclusive os jornais.
— Parece que alguém está enlouquecido para passear — observou Remus.
— Padfoot, você é um cachorro sedentário. Supere isso — Sirius agachou-se para falar com ele, afagando suas orelhas.
— Só pra avisar, Sirius, você quem vai cuidar das “surpresas” dele agora, viu? Não tem mais a minha mãe agora — disse James, batendo a palma no ombro dele.
— Vamos sair muito, Pads — Sirius sorriu amarelo para ele.
— É falta de educação deixar as fezes dele soltas pela rua — disse Remus, adquirindo uma pose mais “nerd”, pelo ponto de vista dos outros dois.
— Ele está certo, Sirius! Pare de ser fresco! Tá parecendo uma menininha — disse James, pegando a chave em cima da mesa — Vamos!
— Vocês tem a guia dele, ou levam-no apenas na caixa? — perguntou Remus.
— Ele é novo demais para andar sozinho nesse mundo cruel — disse Sirius, abraçando o filhote.
— Depois eu sou o “viado” — disse James para Remus, que riu, concordando.
Sirius colocou Padfoot na caixa, olhando feio para os outros dois.
— Vamos logo — disse, irritado.
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