Rosie,

Eu espero de verdade que você pegue e leia essa carta, exatamente como fez da última vez, porque era esse mesmo meu objetivo. A gente sempre pode usar velhos comportamentos a nosso favor, certo? Mas se você não for Rose – ou se for uma Rose, mas não tiver cabelos flamejantes que brilham de um jeito encantador sob a luz do sol poente ou sardinhas delicadas que me fazem lembrar todas as constelações do céu –, por favor, ignore tudo isso e pare de ler agora. Você definitivamente não está interessado em uma declaração de amor de um adolescente meio perturbado de dezesseis anos.

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Sei que deveria te dizer essas coisas pessoalmente, seria o mínimo, mas depois que terminei de ler Persuasão (um dos seus presentes de Natal), achei que a ideia soaria promissora, mesmo que eu não seja nenhum Frederick Wentworth. Também achei que seria divertidamente irônico se você encontrasse a carta por acaso e a lesse por curiosidade, porque foi bem assim que nossa história começou e eu provavelmente não estaria apaixonado por você agora se não fosse por isso. Talvez ainda estivesse, porque sempre te achei adorável, mas as coisas certamente seriam muito diferentes.

O fato é que eu gosto de você, Rosie. E sinto muito se não fui muito claro com relação a isso, Alvo sempre diz que eu não sou a pessoa mais inteligente do mundo. Eu queria ter te dito isso quando nos beijamos debaixo do visgo, queria ter te dito que você é especial para mim de um jeito que ninguém mais poderia ser. E nem quero ter que pensar em como nossas famílias provavelmente vão nos odiar por causa disso por enquanto. Então, se existe uma possibilidade remota de eu também ser especial para você, me encontre amanhã à meia-noite na Torre de Astronomia.

Com amor,
Scorpius