O Recado

Capítulo 9


Pov's Diego

Queria saber o que havia acontecido, se aquele idiota iria mesmo embora e me deixaria em paz, mas como dizem: “alegria de pobre dura pouco”. E olha que nem sou pobre e minha alegria durou tão pouco, que decepção. Depois de mais ou menos meia hora desde a hora que a Tini sai da faculdade, recebi a notícia de que tinha uma visita, Jorge.

—Bom Dieguito, vim lhe informar que para sua infelicidade eu não vou embora, pra falar a verdade não iria. Sabia o que aconteceria e que a Tini não gostaria que eu fosse embora. _ Ele exclamou com voz vitoriosa. -E à propósito... Qual o seu sobrenome?

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—Não te interessa Jorge. _ Falei seco, sem olhá-lo.

—É claro que interessa, afinal preciso saber o sobrenome do padrinho dos meus futuros filhos com a Martina. _ Soltou uma risada sarcástica, que me fez levantar da minha mesa rapidamente e segurá-lo pela gola da camisa.

—Você está muito enganado se acha que isso vai acontecer. _ Já estava super irritado naquele momento, mas me controlei, não iria arrumar confusão dentro da empresa do meu pai.

—Poderia me soltar? Você está amassando minha camisa nova, comprei ela ontem. _ O soltei dando um leve empurrão que quase o fez cair. Ri baixinho. -Depois te mando o convite do casamento.

Ele soltou uma última risada antes de ir embora. Olhei para a paisagem através daquela enorme janela, fazer aquilo me relaxava, esclarecia meus pensamentos e me fazia tomar decisões, até aquelas que nunca pensei que tomaria. Me voltei novamente para minha mesa e peguei o telefone.

—Elise cancele todos os meus compromissos de hoje. _ Falei desligando o telefone em seguida.

Peguei minhas coisas, liguei pra Tini e combinei de me encontrar ela no cinema, eu iria tirar a minha dúvida, saberia se o que o Jorge diz é verdade. Peguei meu carro e fui pro cinema. Estava vazio, pelo fato de ainda ser de tarde, havia apenas uma pessoa. Macarena, a garota que me mostrou aquele vídeo.

Nossos olhares se cruzaram e ela sorriu. Desci do carro e me encostei nele, para meu azar ela se aproximou de mim.

—Boa tarde Diego! _ Ela me cumprimentou calmamente enquanto se aproximava.

Apenas balancei a cabeça em sinal de positivo e sorri, ela foi se aproximando cada vez mais e quando estava quase perto de mim tropeçou em algo e caiu em minha direção, por impulso a segurei, mas pelo jeito que ela caiu nós acabamos ficando muito colados, quero dizer, bem colados mesmo. Quem passasse por ali pensaria que éramos um casal apaixonado e que estávamos prestes a nos beijar, na verdade tenho a ligeira impressão de que ela estava tentando fazer isso. E como parece que aquele ser chamado destino tá querendo ferrar com a minha vida, ouvi uma voz chorosa.

— E depois acha que pode me julgar. _ Virei meu rosto bruscamente, dando de cara com Martina me olhando com os olhos cheios de lágrimas. Soltei Macarena rapidamente e fui até Martina.

—Espera Tini, ela apenas tropeçou e eu a segurei só isso. _ Seguei sua mão, mas ela a puxou rapidamente. – Tini, alguma vez já te dei motivos pra desconfiar de mim?

— Não Diego, mas as coisas mudam. Antes eu te amava mais do que tudo, hoje... _ Ela parou de falar como se houvesse dito algo que não devia.

— Mas hoje o que? Descobriu que ainda ama aquele idiota? Aquele que só te fez sofrer, que te iludiu e acabou com sua vida? E esse homem que você ama? É com ele que quer passar o reto da sua vida? _ Parece que solteira toda a minha raiva naquele momento, por mais que não quisesse jogar tudo em cima dela eu tinha que desabafar, colocar tudo pra fora.

— Para Diego, eu não quero mais te ouvir, acabou! Tudo o que existia entre nós acabou. Me esquece. _ Ela já estava chorando e ouvir aquilo me fez desabar por dentro, senti uma dor no fundo do meu coração. Eu a amo e não sei como seria minha vida sem ela.

Pov's Matina

Me afastei de Diego e comecei a correr em direção a minha casa. As lágrimas em meus olhos embaçavam minha visão, não conseguia ver quase nada, tanto que acabei esbarrando em alguém.

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— Tini? Martina o que aconteceu? _ Ouvi a voz de Jorge, mas não dei importância, apenas continuei correndo e percebi que ele veio atrás de mim.

Entrei em casa e empurrei a porta para fechá-la, mas Jorge foi mais rápido e entrou antes que isso acontecesse. Enfiei meu rosto entre as almofadas do sofá e senti dedos acariciando meus cabelos.

—Vai me dizer o que aconteceu? _ Ele sussurrou em meu ouvido, mas não fiz nada apenas tentei parar de chorar. – Foi ele não foi?

— Por quê? Por que eu sofro tanto assim Jorge, primeiro você agora o Diego, o que ei fiz de errado? _ Me virei para o seu lado e o encarei, recebi um sorriso e em seguida uma resposta.

— Você não fez nada de errado princesa, nós é que não soubemos te valorizar. Eu errei, o Diego errou, todos nós erramos, menos você. _ Jorge fitou o teto antes de continuar. -Você Martina fez tudo certo, talvez certo até demais.

— Mas por que essas coisas acontecem comigo? Será que ninguém nunca vai me amar de verdade? _ Jorge acariciou meu rosto sem retirar seu sorriso do rosto.

—Eu te amo Tini, só que quando percebi isso era tarde demais. _ Involuntariamente dei um sorriso, escutar um “eu te amo” era muito bom, ainda mais vindo dele. – Isso mesmo, é assim que gosto de te ver. Sorrindo, mostrando o sorriso que conquistou meu coração.

Jorge abriu seus braços me convidando para um abraço, que não pensei duas vezes em conceder. Seus braços fortes me envolveram e me senti segura, por um momento esqueci de tudo e me concentrei apenas naquele abraço.

—Tini posso te pedir uma coisa? _ Ele perguntou próximo ao meu ouvido, sem se desfazer do abraço.