O Recado

Capítulo 10 - Não Posso


—Tini posso te pedir uma coisa? _ Ele perguntou próximo ao meu ouvido, sem se desfazer do abraço. Desfiz o abraço e o olhei ternamente. -Admite que me ama.

—Não posso! _ Exclamei logo depois que ele fez a pergunta, recebi em troca um olhar triste e decepcionado.

—Por quê? _ Perguntou melancólico, mas pude sentir que ele falava com um pouco de esperança na voz.

—Porque amor é muito pouco comparado ao que sinto por você. _ Um sorriso largo brotou em seus lábios.

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— Então viva esse sentimento!

Jorge colocou a mão em minha nuca e me puxou lentamente até colar nossos lábios, num beijo terno que foi se tornando um beijo cada vez mais urgente e mais necessitado. Nossas línguas exploravam cada cantos de nossas bocas. Ele segurou minha coxa e começou a me deitar no sofá.

—Não, Jorge para! _ Exclamei um ofegante e o empurrando um pouco.

—Desculpe-me, não resisti! _ Soltou uma risada tranquila e se levantou. –Tá mais calma? _ Assenti e ele começou a andar em direção a porta.

—Espera... Aonde vai? _ Jorge apontou pra porta. – Não vai, fica comigo, pelo menos um pouco.

Aquilo foi um motivo para ele sorrir novamente, aquele sorriso que me tirava o fôlego, ele voltou e se sentou ao meu lado. Jorge me olhou tão profundamente que chegou a me dar medo, mas de repente ele começou a fazer caretas e barulhos engraçados. Comecei a rir e acabei me deitando no sofá de tanto que estava rindo, Jorge começou a rir de mim.

—É assim que gosto de te ver, rindo! _ Jorge Disse se recuperando.

Ficamos assim, conversando e rindo até que acabei dormindo no seu colo.

Pov's Jorge

“Finalmente... Deus é mais! Finalmente minha Tinita admitiu que me ama!”

Vê-la ali dormindo sobre meu colo me fez lembrar do tempo em que éramos namorados, quando passávamos horas juntos nos divertindo. Ela parecia um anjo que caiu do céu e direto na minha vida.

A peguei no colo e a levei para o quarto, deitando-a na cama e lhe dando um beijo na testa antes de ir embora. Porém assim que abri a porta da casa dei de cara com um certo ser chamado Diego.

—O que está fazendo aqui Jorge? _ Ele perguntou já se irritando, quem esse cara pensa que é?

— Estava tentando concertar a merda que você fez. _ Falei fechando a porta atrás de mim.

—Foi você né? Você armou aquilo pra mim! _ O que? Como ele pode pensar isso de mim.

— Como você pode pensar isso de mim? _ Repeti meu pensamento. – Diego eu não preciso te atrapalhar, você faz isso sozinho. _ Soltei uma risada e me desviei dele para ir embora, mas antes o olhei no fundo dos olhos. – Se afaste dela ou você vai ter problemas.

Pov's Diego

— UI, tô morrendo de medo! _ Gritei irônico vendo ele se afastar.

“Idiota, retardado, imbecil, filho de uma...”

Fiquei xingando ele nos pensamentos até que me lembrei do que queria fazer. Toquei a campainhada da casa da Tini, mas ninguém abriu, toquei de novo e nada. Comecei a ficar irritado, tentei novamente e nada. Soquei a parede e acabei machucando minha mão, isso que dá se irritar facilmente.

—Opa calma ai, não vai quebrar a casa da sua namorada! _ Revirei os olhos assim que ouvi a voz de Lodovica, ela é legal, mas não estou com cabeça pra nada. – O que aconteceu Dih? Brigou com a Tini?

— Não te interessa Lodovica. _ Não foi minha intenção tratá-la daquele jeito, mas a situação tá difícil.

—Opa, desculpa só quis saber! _ Ela se retirou com um pouco de raiva de mim.

— Não tem como esse dia ficar pior! _ Reclamei me afastando da casa da Tini.

Estava andando olhando pra baixo e tão distraído que acabei esbarrando em uma garota, ela estava com um copo de suco e adivinha onde ele foi parar? Isso mesmo, na minha camisa. Eu estava errado tem como ficar pior sim.

—Merda! _ Falei olhando minha camisa toda suja de suco de morango.

Levei meu olhar até seu rosto e me deparei com enorme beleza, ela era morena e tinha os cabelos um pouco ondulados, seus olhos cor de avelã eram impactantes, sua boca estava com um batom vermelho sangue, o que a deixava ainda mais linda. Fui despertado de meu transe quando ela exclamou preocupada.

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— Meu Deus me desculpa! _ Disse ela toda envergonhada e tirando um lenço de dentro da bolsa. – Mil perdões, eu me desconecto do mundo quando escuto música.

— Sem problemas, com certeza isso não foi a pior coisa que aconteceu comigo hoje. _ Falei ajudando-a a tentar limpar minha camisa. Ela sorriu também, seu sorriso era lindo, era como se um anjo estivesse sorrindo pra mim.