Recomeço

Retomando a Vida


Depois que Percy acordou, ele não teve mais sossego. Era um entra e sai daquele apartamento que deixou os vizinhos curiosos. Deuses e semideuses de ambos os acampamentos iam visitá-lo. Aqueles que foram resgatados por ele fizeram questão de conhecê-lo pessoalmente e agradecer por suas vidas.

A filha de Afrodite, July que fora a primeira resgatada junto com seu irmão, correu para os braços do herói que retribuiu o abraço.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Gasparzinho!

- Olá July. Como você está?

- Eu vou bem – ela olha para o herói e diz: - Você é bonito.

Todos os presentes sorriem.

- Obrigado. Você também é bonita – disse o herói corado.

Todos caem na risada ao ver o herói sem jeito.

Thalia chegou e foi logo se jogando nos braços do primo dando-lhe um choque de leve. Deixando os cabelos de Percy arrepiados. Todos se afastaram, seu corpo estava eletrizado.

- Nuca mais faça isso – diz dando-lhe um soco no braço.

- Ai, tudo bem já entendi – falou fazendo cara de choro, o que causou algumas risadas.

O apartamento estava lotado. Percy recebia a todos com alegria. Sally estava feliz, seu filho tinha muitos amigos e era muito querido. Estava limpando as lágrimas quando Hestia se aproxima.

- Algo errado senhora? – pergunta a deusa preocupada.

- Não é nada. É só que.... É tudo tão.... Desculpe, é que eu estou feliz que meu filho finalmente acordou. É tão bom vê-lo sorrindo novamente, rodeado de amigos. Eu quero agradecer muito a vocês por cuidarem dele. Se não fosse por vocês eu teria perdido meu filho.

- Nós olimpianos, devemos muito ao Percy por tudo o que ele fez. Ele se arriscou para nos salvar. Era nossa obrigação ajudá-lo. Não foi nenhum favor. Saiba que seu filho ganhou a admiração de todos nós.

Sally sorriu.

- Ele sempre consegue conquistar as pessoas. Desde pequeno Percy fazia as pessoas sorrirem. Ele nunca me deu trabalho, sempre foi um filho obediente e carinhoso.

Hestia assentiu sorrindo. Ela olha para o sobrinho que estava gargalhando de alguma piada que contaram. Era bom tudo voltar ao normal.

Um mês depois

- Mãe eu já estou indo! – gritou Percy lá da sala.

Sally estava na cozinha fazendo seus biscoitos. Ela corre para alcançar o filho.

- Espere Percy, leve isso – ela entrega um pequeno embrulho para ele. – É para viagem.

- Obrigado mãe – disse o herói guardando o embrulho. – Preciso ir. Tchau – dá um beijo na mãe e sai.

Percy pega um ônibus que o leva até a estação do metrô. Ele entra em um dos vagões e senta ao lado de uma menina de cabelos castanhos dourados. Ela não lhe dá atenção, pois estava distraída lendo um livro que pelo que parece era de medicina. Esse livro era parecido com o qual Daniel esquecera em sua casa.

Ele pega o livro da sua mochila e abre na mesma página em que a menina estava lendo. Ele olha o conteúdo e tenta entender o que está escrito. A menina por sua vez olha para o lado e vê o mesmo livro na mão de um garoto que franzia a testa parecendo não entender o que está lendo. Ela sorri.

- Quer ajuda? – ela pergunta.

- O que? – Percy olha para a garota, espantado. Ele nota que era muito bonita. Olhos azul céu num dia claro.

Ela aponta para o livro.

- Ah, não, é que eu vi você lendo o mesmo livro então eu resolvi investigar o conteúdo. Na verdade não entendi nada.

Ela ri do jeito dele.

- Você também estuda medicina?

- Não, o livro não é meu. É de um amigo que esqueceu em minha casa, vou devolvê-lo – diz guardando o livro.

- Então seu amigo estuda medicina.

- É isso aí. Vocês parecem ter o mesmo gosto pelo assunto.

- Desde pequena eu sempre quis ser médica. Minha mãe diz que está no meu sangue.

- É mesmo? Eu sempre quis ser biólogo marinho. Minha mãe diz que está no meu sangue – diz Percy com uma cara muito engraçada. Os dois acabam rindo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Meu nome é Elizabeth – diz a garota.

- O meu é Perseu, prazer.

- Perseu? Como o herói da mitologia?

- Isso mesmo. Minha mãe gosta de mitologia grega e Perseu é seu herói favorito, por isso o meu nome. Mas eu prefiro que me chamem de Percy, é como todos me conhecem.

- Então me chame de Eliza, é como todos me conhecem.

Os dois se olham e riem.

Foram conversando a viagem toda até chegarem à estação.

- Eu vou descer aqui – disse a menina se preparando para se levantar.

- Eu também – diz Percy.

Os dois saem do vagão e caminham até o taxi.

- Bem, foi um prazer te conhecer Percy – diz ela com um sorriso. – Acho que vamos nos separar aqui.

- O prazer foi meu, Eliza – ele retribui o sorriso dando um aperto de mão na garota. – Tchau – ele entra num taxi e ela no outro.

Percy dá o endereço ao motorista que estranha o local, mas dá de ombros e segue caminho. Enquanto isso Percy resolveu ouvir um pouco de música para relaxar. Ele ficou pensando na garota que conhecera. Bonita, cabelos castanhos dourados, olhos azul céu, pele com um bronzeado dourado, sorriso brilhante. Estuda medicina. Percy abre os olhos repentinamente, como pôde ser tão distraído? A garota é uma semideusa filha de Apolo. Percy se estapeou mentalmente. E agora como poderia entrar em contato com ela?

Nisso o taxi para perto do local onde Percy indicara. Ele paga o motorista e espera ele partir. Suspira. “Perseu, você é uma anta”. Quando ele estava se virando para entrar na floresta outro taxi para no mesmo local onde ele havia descido. Ele espera para ver quem iria sair. Qual não foi a sua surpresa quando ele reconhece a pessoa. Ele sorri e se aproxima dela.

- Eliza?

A menina olha para trás e não esconde a surpresa.

- Percy!

- Se soubesse que viria para cá teria vindo junto com você.

- Você também vai ao acampamento?

- Sim. Eu venho aqui todo verão.

- Então você já é um veterano.

- Exato. É a sua primeira vez aqui?

- É. Minha mãe me falou deste local quando resolveu me falar a verdade sobre meu pai. Confesso que fiquei bastante aborrecida por ela ter mentido.

- Não julgue sua mãe. Ela só tava tentando te proteger. Quando eu descobri sobre meu pai eu fiquei um tanto perdido. Minha vida não foi um mar de rosas, eu fui perseguido, quase morri, lutei em duas guerras, mas sobrevivi.

- Uau, deve ser sido uma aventura e tanto!

- Pode-se dizer que sim.

Os dois entram no acampamento e vão direto à Casa Grande. Percy apresenta a garota e se dispõe a mostrar-lhe o acampamento. Enquanto era apresentada, um símbolo brilha sobre a cabeça da garota. Era o símbolo de um sol.

- Salve Elizabeth Carter, filha de Apolo, deus do sol, da medicina e da música.

Então Quiron e Percy se ajoelham deixando a menina sem graça.

- Como pôde ver, você acabou de ser reclamada pelo seu pai.

- Isso acontece com todo mundo que chega?

- Isso mesmo. Você vai gostar daqui. Vai conhecer seus outros irmãos. Vamos até o seu chalé.

Ao chegarem, Percy apresenta Eliza aos seus irmãos, que sorriem e dão as boas vindas.

- Onde está Daniel?

- Está na enfermaria com Will.

- Guarde suas coisas vamos até lá.

Os irmãos a ajudam a levar seus pertences para dentro do chalé. Depois ela e Percy vão até a enfermaria.

- Com licença.

Daniel e Will estavam coversando enrolando gaze.

- Olá Percy, seja bem-vindo – diz Daniel.

- Bem-vindo – diz Will.

- Meninos, apresento-lhes Eliza sua irmã.

Os dois garotos levantam-se para cumprimentar a mais nova irmã.

- Seja bem-vinda, Eliza. Eu sou Will Solace, conselheiro do chalé de Apolo.

- Eu sou Daniel, seja bem-vinda.

- Obrigada.

Percy entrega o livro a Daniel e depois sai com Eliza.

Ele mostra todo o acampamento, fala das regras e deveres de cada campista.

- Por fim, essa é a área dos chalés. Cada chalé tem o número do olimpiano representante.

- Qual é o seu?

- É aquele ali, o número 3.

- Poseidon?

- É isso aí. Quer entrar?

- Eu posso?

- Claro, vem – ele abre a porta e a convida a entrar.

Eliza fica deslumbrada com o que vê. O chalé era de um azul esverdeado com alguns detalhes lembrando o fundo do mar. Animais marinhos, como os hipocampos enfeitavam a parede, uma fonte de água do mar brilhava num canto do chalé, e uma estátua de Poseidon completava o quadro. Um cheiro de brisa marinha invadia o local. Era lindo e aconchegante.

- O que achou?

- É lindo. Me sinto como se estivesse no fundo do mar.

- Essa foi a impressão que tive quando eu pisei aqui pela primeira vez.

Os dois ficam mais um tempo conversando até que a concha para o almoço soa.