Natsu e Gray saíram da água e foram se trocar no vestiário. Assim que voltaram pularam na piscina molhando a todos. Os garotos vestiam shorts de banho, e Lucy percebeu que nunca havia visto o tórax nú do rosado, a deixando tímida.

O grupo jogou bola durante um tempo, quando escutaram um barulho alto.

— Natsu, você trouxe o seu gato pra cá?- Gray briga.

— Que barulho e esse? – Levy pergunta

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— Eu acho que tô com fome.- o garoto respondeu, colocando suas mãos sobre o estomago.

— Acho que eu também estou.- Gajeel comenta e seu estomago faz um barulho alto semelhante ao de Natsu.

— Ainda bem que trouxe um lanchinho, está na minha mochila.- Lucy saiu da piscina, sendo imitada por todos.

-Juvia também trouxe um bentô, para o Gray-sama.

— Então vamos comer!- Levy disse e todos atacaram os lanches na mesa.

Depois de comerem, Natsu e Lucy foram comprar um suco para eles e viu que a fila estava um pouco grande.

Lucy percebeu que Natsu usava uma correntinha fina no pescoço, mas não conseguia ver direito a medalhinha. Eles compraram os sucos e voltaram para as mesas. O dia estava bem animado e todos se divertiram muito.

— Acho melhor nos trocarmos no vestiário, daqui a pouco todo mundo estará fazendo isso e ficaremos para sempre na fila.- Levy comentou, se levantando.

— Bem, então também vamos. Nós esperamos vocês perto da lanchonete.- Gray disse.

Assim que Lucy se levantou, ela pisou em algo e escorregou, sendo segurada por Natsu. O rosado a abraçava e Lucy sentiu seu rosto arder em chamas, seu corpo tremer e seu estomago congelar.

- O.. obrigada Natsu.

— De... de nada.

Ainda nos braços do garoto, a loira olhou para correntinha, que balançava diante de seu rosto. Então ela percebeu que conhecia aquela correntinha muito bem.

— Minha mãe.

— O que?- Perguntou Natsu, levantando a garota e se afastando um pouco dela.

— Essa correntinha, é da minha mãe.

— Ah isso? Eu achei no jardim da sua casa senhor Capri me..

— Essa correntinha é da minha mãe! Lucy disse, exaltada.- Me devolva.

— Ei o que aconteceu aqui?- Levy perguntou, curiosa.

— A correntinha. Me dá! Ela não é sua!- Lucy estava muito transtornada. Ninguém havia visto a loira daquela maneira. Alguns nadadores observavam a cena ao lado da piscina.

— Lucy por que está agindo assim? – Natsu não entendia o que acontecera com sua amiga.

— Ei cara, devolve pra ela.

— A garota pediu de volta, devolve!

Algumas pessoas diziam coisas que Natsu não prestava atenção, só observava Lucy abraçada a Juvia, pedindo a correntinha de volta e chorando.

— Me dá Natsu, por favor...

O garoto então tirou a correntinha de seu pescoço e entregou a Lucy, e foi para o vestiário se trocar.

— “Porque ela ficou daquele jeito? Ela nunca tinha brigado comigo assim. O senhor Capri disse que era de um antigo dono e estava jogada no jardim. Porque a Lucy disse que era da sua mãe?”

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— Não acredito que estava com ele. Mãezinha me desculpa. – Lucy sussurrava algumas frases enquanto Levy e Juvia a levaram para o vestiário feminino.

— Lucy, o que você estava falando sobre essa correntinha?

— Juvia também quer saber.

Assim que Lucy saiu do chuveiro e começou a vestir suas roupas, começou a explicar o que havia acontecido.

— Mas parece que o Natsu não teve culpa, Lucy. Ele deve ter encontrado a correntinha no jardim.

— Juvia acha que devia conversar com ele.

— Eh, vocês tem razão. Acho que fiquei surpresa de ter recuperado a correntinha.

— Vamos voltar. Eles devem estar nos esperando.- Seguida por Lucy e Juvia, Levy saiu do vestiário e encontrou com os garotos, mas Natsu não estava entre eles.

— Onde ele está?- a loira questionou, envergonhada.

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— Ele foi na frente, acha que você não iria querer voltar com ele, depois da cena mais cedo.- Gray estava com raiva da atitude da garota.

Lucy correu para a estação, sem se despedir do grupo. Ela sabia que havia exagerado com o rosado e devia desculpas a ele. A garota corria o mais rápido que pôde e encontrou Natsu, entrando no trem.

— Natsu! Espera.

— Lucy!- o garoto se virou. Ele estava dentro do trem e muitas pessoas entravam esbarrando no garoto.

— Me desculpe! Por favor!

— Eu...

— Natsu me desculpe. – a garota então olhou para o chão, e começou a chorar. Ela sentia muitas coisas ao mesmo tempo e não sabia o que era. Raiva, mágoa vergonha, alegria... seus sentimentos estavam embaralhados. Ela ouviu o trem partir e sabia que Natsu havia ido com ele. “ Porque eu fui tão idiota? Não devia ter tratado o Natsu mal. Ele não mereceu! Não fez nada de errado.”. Sentindo um calor próximo a si, ela percebeu que alguém a abraçava. E ao sentir o cheiro dele sabia que o rosado estava junto a ela.

— Me desculpe. Eu não devia ter gritado com você.

— Não quero te ver chorando nunca mais. Lembra?- o rosto de Lucy estava colado ao peito de Natsu e assim que a garota se acalmou os dois foram para a praça em frente a estação de metrô.

— Beba esse chá.- o garoto estendeu a bebida quente a ela e Lucy respirou profundamente.

— Essa correntinha era da minha mãe. Ela sempre a guardava em uma caixinha de veludo azul escura. Me dizia que fora da minha bisavó.

— Uau! Então é uma relíquia.

— Sim. Depois que minha mãe morreu, meu pai guardou tudo que era dela em um lugar escondido na nossa outra casa. Mas um dia eu encontrei seu esconderijo e peguei essa correntinha. Se eu pegasse mais coisas dela, ele descobriria. Mas quando nos mudamos ele percebeu que eu a usava e a jogou no gramado. Fiquei muito tempo procurando mas nunca a achava.

— Sinto muito, se eu soubesse que era sua nunca teria usado.

— Natsu você a encontrou. Fico feliz por isso. E me desculpe novamente, por ter gritado com você.

— Pensei que nunca mais quisesse me ver.- o garoto estava magoado, e Lucy percebeu.- Não tinha entendido o que fiz de errado.

— Como posso querer isso – A loira se aproximou de Natsu e tocou seu rosto fazendo se assustar com o gesto repentino – se você é o garoto que eu amo?

Com a mão esquerda no rosto do garoto, Lucy o aproximou mais de si, o coração batendo descompassado. Ela sentia a respiração acelerada do garoto. Estavam muito próximos e iriam se beijar. Lucy então fechou os olhos, ansiando por esse momento. Natsu não sabia o que fazia e seguia seus instintos, tocando a face da loira e se aproximando. Estava muito perto e sentiam os lábios de ambos se aproximando, quando escutaram duas senhoras conversando alto:

— Assanhados, o que pensam que estão fazendo?

—Na minha época isso era uma vergonha, beijar na frente de todos.

Os dois se separaram e se viraram de costas um para o outro, envergonhados. Assim que as mulheres saíram, Natsu segurou a mão de Lucy.

— Vamos voltar pra casa.

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Por todo o caminho eles mantiveram silencio, tímidos demais pra comentar alguma coisa sobre o que havia acontecido. Assim que saíram do trem e começaram a caminhar em direção à rua de suas casas Lucy tomou coragem:

— Natsu, eu queria uma resposta.

O garoto parou e se virou, encarando a loira.

— Uma resposta? Pra que pergunta?

— Bem, eu...- ela percebeu que nunca perguntara como o garoto se sentia em relação a ela. – Eu posso esperar o tempo que for, mas quero saber o que você sente por mim.

Natsu percebeu a timidez no rosto de Lucy que estava vermelho. Ele se aproximou dela e tocou seu rosto.

— Eu.. eu sinto...eu...- o rosado não entendia porque sempre sentia um arrepio quando ficava próximo a ela. Levantando o rosto da loira com sua mão, Natsu ficou mais perto dela, a menos de 30 centimetros entre eles. Com a sua visão periférica, percebeu que estava sozinhos na rua e ninguém iria se envergonhar com a atitude que tomou a seguir.

Lucy levantava seu rosto para ficar mais próxima a Natsu e então se apoiou na ponta dos pés, querendo alcançar o que tanto queria. O rosado colocou sua outra mão na cintura de Lucy e a puxou para si, lhe dando um beijo leve. Foi uma mistura de sensações. Lucy e Natsu permaneceram assim, com seus lábios encostados durante alguns segundos, mas para ambos parecia que o tempo havia parado, pois nada mais importava.

Lentamente eles se separaram, e Lucy tocou seus calcanhares no chão. Quando abriram os olhos, perceberam o que havia acontecido e timidamente voltaram a andar para a direção de suas casas.

— Aquilo, significa... que você sente o mesmo que eu?- Natsu se assustou com a pergunta, quando Lucy estava no portão de sua casa.

— Acho que sim.

— Obrigada por corresponder aos meus sentimentos. -Lucy repentinamente se apoiou em seu ombro e se esticou, dando outro selinho no garoto.- Boa noite.

Correndo, entrou em casa, sem olhar para trás. Natsu permaneceu observando até o momento em que aqueles cabelos loiros entrassem na mansão.

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Aquele domingo parecia mágico. Lucy havia beijado Natsu e o garoto dissera que sentia o mesmo que ela. No dia seguinte seria a volta as aulas e ela entraria no colégio de mãos dadas com o rosado. Assim que a garota chegou á mesa para comer seu café da manhã o senhor Jude disse:

— Lucy, quero que se arrume apropriadamente, iremos á casa dos Eucliffe, para um almoço com alguns executivos e sócios da companhia.

— Está bem papai.

— Quero que se comporte e usa algo adequado a sua posição. Não se esqueca que você é uma Heathfilia.

— Sim papai.

— Preciso ordenar algumas coisas a Capri e fazer umas ligações, te espero às 11:30 em ponto. Seja pontual.

— Está bem papai.

Lucy terminou de comer e foi para seu quarto. Procurou no closet e encontrou um vestido rodado branco com estampas de flores. Ela queria muito usar sua correntinha mas sabia que seu pai iria brigar novamente então pegou um colar com pequenas pérolas e um par e brincos. Depois de separar sua roupa, foi se arrumar. A loira imaginava que estava se arrumando para se encontrar com Natsu e sonhava em ver o garoto de roupa social.

Assim que chegaram a mansão Eucliffe, Lucy se sentiu incomodada com aquele ambiente. Nunca gostara muito de todo esse luxo e da alta sociedade, nunca fez amigas naquele ambiente, e só Sting era seu amigo. Depois de se cumprimentarem e passear pelo grande jardim, o almoço foi servido debaixo de uma grande tenda de tecido, onde mesas estavam dispostas para os convidados. O senhor Jude conversava com os homens de terno que ela achava entediante.

Lucy via aquelas pessoas com outros olhos e imaginava o que Natsu e seus amigos do colégio diriam se estivessem nessa festa. Já se passava das duas e a garota estava entediada. Sting se aproximou dela.

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— Meu bem, vejo que está sozinha. Vamos dar uma volta.

— Vamos sim Sting. – Assim que saíram da tenda no jardim onde era servido o almoço, Lucy se sentiu melhor. Estava com seu melhor amigo de infância e ambos conversavam sobre as brincadeiras do passado.

- Me diz Lucy, já pensou em se casar?

— Bem, as vezes, mas acho que ainda é muito cedo. Tenho 15 anos apenas.

- Eu também acho. Mas de todos os garotos que você conhece quem você escolheria pra se casar?

— Ai Sting, que pergunta boba.

— Aposto que todos os garotos da sua escola correm atrás de você.

— Não é verdade. Mas você com esse charme já conquistou o coração de todas as meninas ne?

— Não todas.

— Bobo. Olha parece que seu pai vai fazer um discurso. – eles se aproximaram do palco, onde uma banda tocava e onde estava o senhor Shiro Eucliffe se preparando para dier alguma coisa.

— Obrigado a todos por comparecerem a esse almoço tão repentino. – ouviu-se aplausos – Alguns se perguntam o motivo dessa nossa reunião e estou aqui para explicar. Diante de várias reuniões com o meu querido amigo e sócio Jude Hethfilia – mais aplausos enquanto o pai de Lucy subia ao palco- chegamos a um acordo e gostaríamos de anunciar a união de nossas empresas.

A garota observava muitos olhares sobre si e não entendia o que estava acontecendo.

— Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para noticiar o noivado de nossos filhos, Lucy Heathfilia e Sting Eucliffe.

Nesse momento Lucy entendeu o porquê das perguntas de Sting sobre casamento. Ele sabia de tudo! Via-se fotógrafos e aplausos, sorrisos e comentários por todos os lados e Lucy estava tonta com aquela movimentação. “ Como assim noivado? Eu não aceitei nada!” pensava a loira, enquanto pessoas a cumprimentavam durante aquele momento. “ Natsu, eu ... não posso estar prometida. Eu não amo Sting, eu amo Natsu!”. Lucy começou a sentir falta de ar, ela entrou em estado de pânico e sua visão ficou embaçada, se sentindo fraca e só viu escuridão.