Atordoada, Lucy acordou em um quarto de hóspedes da mansão Eucliffe. E percebeu que não estava sozinha.

- O que faz aqui, Sting?

— Queria ter certeza de que estava bem minha Lu...

— Nada de “minha Lucy”. Você sabia disso? Que nossos pais organizaram um Miai?

Sting se levantou e se direcionou à janela. Suspirou profundamente e respondeu:

— Sim Lucy. Eu sabia.

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— Desde quando? – o tom de voz de Lucy já não era de julgamento, mas de piedade. Ela percebeu que Sting estava sério.

— Alguns dias. Escutei meu pai conversando no telefone. Mas não sabia quem era a garota. Só descobri hoje que era você.

— Eu não posso me casar. Somos muito jovens e tem o Nat...

— Quem? – Sting se voltou par a garota e a segurava pelos ombros.- Te outro cara Lucy?

Apreensiva ela não sabia se dizia sobre Natsu ou não, já que sabia que os dois garotos se odiavam. Mas viu os olhos de Sting e sabia que podia confiar seu segredo a ele. Afinal, estavam noivos agora.

— Natsu. Estamos namorando Sting.

— Aquele favelado? Você gosta dele?

— O Natsu não é favelado e sim, eu gosto dele. Não entendo porque vocês se odeiam.

— Isso não vem ao caso. Você agora é minha noiva Lucy.

— Não sou não. Nunca disse que aceitaria um Miai, mesmo com meu amigo de infância.- Lucy se levantou da cama e saiu do quarto deixando Sting aturdido. O loiro correu atrás dela e a segurou.

— Espera! Eu também nunca disse que queria um Miai. Mas sabe como nossos pais são. Teremos que nos casar.

— Sting, somos muito novos.

— Não acredito que será agora. Provavelmente depois da faculdade. Até lá pode ao menos pensar no assunto? Sabe que não seria tão ruim ser minha esposa, certo?- o garoto sorriu para Lucy, e sabia que se fosse para se casar através de um Miai, Sting seria uma ótima opção.

— Sting, pensarei com carinho, ok? Vou procurar meu pai. Preciso ir embora.

Lucy encontrou o senhor Jude no jardim recebendo os cumprimentos de várias pessoas e decidiu ir embora mais cedo. Sabia que Capri voltaria para buscar seu pai e queria ficar sozinha. Não suportava a ideia de compartilhar o mesmo carro com o pai durante a viagem de volta á sua casa.

A loira entrou em seu quarto e deitou na cama, onde chorou a tarde inteira, até suas forças se extinguirem e dormir.

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O vento começava a soprar frio no início de Setembro e com ele o outono se aproximava. Nastu vestiu seu uniforme e colocou o blazer, achando que ficaria mais elegante. Assobiando, o garoto desceu as escadas e tomou seu café sorrindo.

— Acho que você está muito feliz pra quem vai voltar as aulas- Makarov disse, bebericando uma xícara de chá.

— Estou ansioso pelas aulas, só isso.

— Acho que tem algo mais nessa alegria toda. Ontem você não “ahavaaaa” de dar risadas suspeitas.- Laxus disse, bocejando.

— Aposto que é uma garota.- Mirajane comentou.

— Isso aí, meu irmãozinho tá virando um homem de verdade. – Elffmam disse, colocando um braço no ombro do rosado.

— Acho melhor eu ir logo, não quero me atrasar.- Lisanna saiu da cozinha, um pouco triste. Natsu não percebera a tristeza da albina e comeu seu café da manhã.

Assim que saiu de casa viu o carro de Lucy estacionado em frente à porta. Já era costume o garoto pegar carona antes e ele não se intimidou. Porém quando entrou no carro e viu a loira percebeu que algo estava errado. Lucy não sorrira como de costume por vê-lo e depois do beijo entre eles, pensou que nada poderia estragar a alegria dos dois.

— Lucy, tá tudo bem?

— Sim, tudo bem Natsu, Cadê Mira?

— Ela já está vindo.- o garoto sabia que não estava nada bem.- O que houve? Você parece triste.

— Ah nada não. Olha sua irmã está vindo.- Mirajane entrou no carro e os três foram para o colégio. O rosado preferiu não perguntar mais nada à Lucy naquele momento mas sabia que tinha acontecido algo muito errado.

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O novo trimestre começava e com ele realocações dos alunos em sala. Natsu agora se sentava ao lado de Lisanna, na fileira da porta e Lucy permanecia na janela, porém na última carteira. O rosado podia observá-la durante as aulas quando se sentava de lado e a loira o observava todo o tempo. Ainda sim eram os líderes da sala e continuavam com suas obrigações.

A cada trimestre, os alunos poderiam trocar de clubes e durante a primeira semana os corredores ficavam cheios de cartazes e panfletos de divulgação dos clubes para novos membros e Lucy decidiu participar das líderes de torcida. Ela precisava de algo para ocupar sua mente.

A loira tentava se afastar de Natsu mas não conseguia. Ela sentia que precisava de um tempo sozinha e tentar convencer seu pai a não casá-la com Sting. Quando chegou em casa depois das aulas Lucy procurou seu pai e o encontrou no escritório.

— Papai. Posso conversar com o senhor?

— Oi Lucy, se for rápido. Estou terminando um relatório e preciso sair para uma reunião em 20 minutos.

— Bem, acho que pode esperar então.

— Fale logo.- Jude tirou seus olhos do documento que estava preenchendo e olhou para Lucy.

— Eu queria saber por que decidiu um Miai. Eu...eu não quero me casar.

— Voce deve saber que alianças fazem parte do mundo dos negócios Lucy.

— Eu sei papai mas ... essa aliança não pode ser baseada em amizade? Eu tenho mesmo que me casar com Sting?

— Sim. Esse foi o acordo que Shiro e eu fizemos.

— Mas papai...

— Por que não quer se casar? Sting é seu amigo desde crianças.- Jude se levantou e andava pelo escritório dando voltas ao redor de Lucy.

— Eu ...- Eu não posso dizer ao papai que amo outro. Ele não aceitaria. O que posso dizer? Sting também não quer se casar comigo, ao menos eu acho. Pensava Lucy

Jude suspirou e disse:

— Sei que foi repentino e você chegou a desmaiar, mas é para o seu bem que eu faço isso. Agora vá para seu quarto enquanto eu termino esse relatório. Conversamos mais sobre o assunto depois.

A garota sabia que não conseguiria mudar a opinião do seu pai naquele momento e foi para seu quarto. Lucy pegou uma caixinha onde estava a correntinha de sua mãe e rezava para que o seu pai mudasse de opinião

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Havia se passado dias desde Natsu voltava às aulas e percebera que Lucy estava muito diferente. Algo a perturbava e a mantinha longe dele. Então o garoto teve uma idéia que acreditava que iria funcionar.

— Lucy.- a loira estava terminando de enviar por e-mail as tarefas dos alunos ausentes na biblioteca, enquanto Natsu guardava alguns livros.

— O que?

— Eu gostaria de sair com você, esse fim de semana.

— Ah claro, acho que a turma queria ir ao karaokê amanhã.

— Sem turma.- A loira se espantou com a fala do garoto.

— Como assim?

— É um encontro tá bem? Só nós dois. – Natsu se virou rapidamente e fingiu que observava os livros da prateleira, sumindo da linha de visão de Lucy.

— Natsu?

O garoto se virou e saiu das prateleiras, se aproximando da loira. Sabia que não havia mais ninguém na biblioteca naquele horário e se inclinou ficando bem perto de Lucy. Então inesperadamente deu um beijo nela, que ficou surpresa com a atitude de Natsu.

— Quero poder fazer isso muitas vezes amanhã.- os seus olhos permaneceram fixos um no outro durante um tempo e Natsu acariciou a face de Lucy devagar.- Tenho que ir para o treino do clube. Até mais.

Vendo os cabelos rosados do garoto saindo do corredor da estante Lucy colocou sua mão no peito, sentindo o coração acelerado e sussurrou“ um encontro...”. sem perceber que estava sorrindo, terminou suas obrigações na biblioteca e foi em direção ao ginásio, onde as líderes de torcida treinavam.

A loira encontrou Lisanna se alongando enquanto Cana, Bisca, Levy e Erza estavam sentadas em uma mesa. Haviam muitas garotas do 1º ano querendo uma vaga no clube e Lucy agradeceu mentalmente suas aulas de balé quando criança.

— Muito bem meninas, vamos fazer alguns passos básicos e as que não conseguirem me acompanhar estão fora.

Lucy conseguiu fazer todos os passos mas sempre que fazia algo com o braço direito sentia leves dores. Mas sabia que foi por causa de sua última queda. Lucy pensava se Lisanna fizera aquela rotina de exercícios para prejudicá-la. Depois de várias garotas serem dispensadas as meninas que estavam na mesa pediram uns minutos de descanso e logo voltaram.

— Quando fizeram suas inscrições pedimos para que preparasse uma coreografia. Pois agora é a hora de se apresentarem.- Disse Levy com as fichas de inscrição nas mãos.

Algumas garotas de apresentaram e Lucy ficou impressionada imaginando se sua performance iria agradar. Quando chegou sua vez, a loira colocou uma música clássica e iniciou sua apresentação com passos simples de balé. Cana revirou os olhos, sabendo que aquilo não encaixava com as coreografias das lideres.

Fechando os olhos, Lucy se lembrava de quando praticava a dança quando criança e de como se sentia feliz fazendo aquilo. De repente a musica começa a ficar mais agitada e a garota faz movimentos que vira na tv em clipes de artistas do pop. Todas se surpreenderam com a mudança e aprovaram Lucy para participar das líderes de torcida.

— Mas vocês duas são amigas dela, é óbvio que querem aprovar a Lucy.- Uma voz fina disse alto, fazendo todo mundo do ginásio observar a bancada das integrantes das lideres.

— Eu não sou amiga dela e gostei do que vi Lisanna.- Bisca responde, defendendo a loira.

— Mas essas duas aqui são. Tenho certeza que estão armando.

— Lisanna- Erza disse, se impondo, o que fez todos pararem os cochichos e observarem a ruiva- Eu sou a capitã das lideres e decido pela opinião de todos os integrantes, e também como a nova participante vai se sair no grupo. Mesmo que Lucy seja minha amiga devo considerar o ombro machucado dela.

Lisanna deu um sorriso malicioso o que fez a loira se encolher.

— Mas não posso negar que suas habilidades de dança podem agregar nas nossas coreografias. Lucy, você tá dentro!- concluiu Erza e houveram alguns gritinhos de alegria das pessoas que assistiam a performance das candidatas.

— Obrigada meninas vou fazer meu melhor!- “finalmente algo em que posso me concentrar e esquecer o Miai.” Pensou a garota.