Carrossel continuação

Vai ser fácil


POV Zeca

Eu estava com meus amigos escorados na parede ao lado da escola esperando Paulo, quando ele chegou eu bufei.

—-Finalmente. Achei que você tinha acovardado.—o gringo falou. Gringo era o apelido de Spencer.

—-Nunca.—Paulo revirou os olhos.—E então como faremos isso?

—-Mais é um iniciante mesmo—Joe zombou.

—-Deixe-o em paz. Como tu saiu da sala?—perguntei.

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—-Disse que tive dor de cabeça—Paulo deu ombros.—Ainda não responderam minha pergunta...

—-Vamos pular o muro.—disse.

Ele olhou para cima antes de erguer a sobrancelha e perguntar em desafio.

—-E a cerca de arame farpado?

—-Para isso que serve um alicate, relaxa vai ser fácil.—Joe garantiu enquanto mostrava o alicate amarelo que estava no bolso.

—-Vai você primeiro.—Spencer aconselhou.

Paulo pareceu meio assustado, mas tentou não demonstrar. Joe fez pesinho para ele alcançar a grade. Quando chegou lá em cima taquei-lhe o alicate. Ele fez um buraco na cerca de arame e pulou para o outro lado. Sorri, aquele garoto era igual a mim na sua idade.

Passamos fácil pela grade e encontramos Paulo do lado de fora.

—-O que vamos fazer?—Paulo perguntou.

—-Vagar por ai—dei ombros e Joe riu. Saímos andando pela calçada chutando latinhas que achávamos na rua. Olhei para o outro lado da rua e sorri ao ver dois velhinhos esperando para atravessar a rua parei e olhei para Paulo. Vamos ver se ele era mesmo parecido comigo?

Peguei uma pedra e parei meus colegas.

—-Vamos tacar isso—indiquei a pedra.—neles—apontei para os velhinhos e Paulo me olhou com um olhar meio nervoso.

—-O que eles te fizeram?—Paulo perguntou.

—-Só não fui com a cara deles—dei ombros.

—-Isso não é motivo o suficiente, tudo que fazemos tem de ter uma causa. Como a causa de termos pichado aqueles muros.—Paulo me contrariou. O olhei irritado e depois me virei para meus outros dois amigos.

—-Deixa de ser covarde—Joe também pegou uma pedra e Spencer riu antes de seguir o exemplo. Apontei para a bengala do velho, mas antes de tacar Paulo me deu um soco no braço.

—-Eles não te fizeram nada, e se fossem seus avos ali?—perguntou.

—-Pouco importa, aqui e cada um por si.—rosnei e o empurrei na calçada. Peguei a pedra e, junto dos meus amigos, atirei. Acertei o velhinho, Joe a bengala e Spencer um policial. Sai correndo junto dos outros quando eu vi um policial olhar para nos e chamar outros para ajudarem. Deixamos Paulo caído, atordoado com a velocidade do acontecimento. Ele era menos parecido comigo do que eu pensava.