Puppet

Pilot - Order of War


Puppet- Capítulo Piloto – Order of War

O pequeno ser, centralizado em meio a palha e panos, finalmente mostrava um sinal de vida, chacoalhando-se para lá e para cá.

Não se levantava por ter amanhecido – não tinha- mas sim por um barulho, seguido de choro, e soluços.

Mas a pequenina criança que saia de dentro de seu precioso esconderijo, estava calma como nunca, afinal, quem em seus quatro anos entenderia a seriedade de um assunto tão “crescido”?

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Caminhando com os pés gélidos sobre o chão limpo, porém lotado de marcas pretas, como se o mesmo insistisse para ficar sujo, mesmo após ser usada toda a água do banho matinal para sua limpeza, se dirigiu para o lugar de onde vinha o barulho, não sem antes se assustar com o som de uma porta sendo arrebentada, e mais choro.

Ao chegar na sala, não pôde reparar muito, estava desorganizada organizadamente, sua mãe na poltrona velha, localizada no canto esquerdo do pequeno cômodo, com seu costumeiro vestido rasgado, porém para se fazer de contra à comum cena, o sorriso que era tão natural de Layla, não se fazia presente, e nem outra peça nesse pequeno quebra cabeça.

-Mãe. – se prounciou a pequena ao lado da pia.

-Sim meu amor? – disse a loira mais velha tentando enxugar lágrimas de seus olhos, mas ainda tendo-os vermelhos e inchados.

-Onde está papai?

A cara de tristeza da Heartfilia mais velha não deixou de ser notada pela criança.

A loira bateu no seu joelho como em um gesto para a mais nova sentar lá, e acanhada, Lucy se aproximou.

Ao chegar perto, pôde ver os lábios sempre secos, úmidos pelas lágrimas da mulher, seus olho castanho-chocolate, que tinham um brilho encantador, opacos como uma nuvem de chuva, e sempre depois da nuvem, vem a tempestade.

- Papai... ele teve que sair... – explicou delicadamente, tanto para não ferir a filha, como que para não se ferir.

-Quando ele volta?

Foi a pergunta mais coerente formada na cabeça da criança, afinal, pelo que via da mãe, parecia que uma palavra errada podia derrubá-la.

-Não sei meu anjo... Não sei... – disse Layla, agora sem conseguir prender o choro, segurando os fios loiros da menor e empurrando a cabeça da mesma contra seu peito, como se quisesse colocá-la lá, para nunca mais sair.