Tudo por ele.

Contato.


— Minha culpa? — Repetiu o garoto. — Bem que eu gostaria mesmo, de enfiar meus dedos nesses olhos verdes! E ainda seria pouco pro problema que me arranjou!

— Você é mesmo abusado, hein?! — Falei ameaçador, me aproximando dele e o olhando nos olhos. — Aquela bolinha de papel pegou bem no meu olho!

— Ai! Deve ter doído.

— Doeu pra porra!

Ele cruzou os braços e olhou para o lado.

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— Bem feito! Para começo de conversa, seu ogro, se não tivesse colado aquela porcaria de papel ali, eu não teria jogado!

Fiquei quieto, sem ter o que falar. Ele me olhou e me viu lacrimejando. Suspirou e levantou as mãos, como se rendendo.

— Tudo bem! Desculpe! — Disse, os olhos culpados. Abriu a mochila e tirou um recipiente azul dali.

— Coloca! — Ele disse, me entregando. Olhei o recipiente e não movi um músculo para pegá-lo. — É um colírio, Dillan! — Revirou os olhos, impaciente.

Peguei o vidro e fiquei admirado com o donaire do nerd.

— Como coloca?

Ele suspirou audivelmente e pegou o vidrinho da minha mão. Ficou nas pontas dos pés, virou minha cabeça pra trás, segurando meu queixo e puxou um pouco a área em volta dos olhos, pingando duas gotinhas em meu olho.