Tudo por ele.

Osculação.


O nerd estava embasbacado.

O tempo estava nublado e caia raios. Ao longe, ouvi uma trovoada.

Subitamente, pude sentir a verdade subir em meu peito e não pude mais adiar algo que era inegável.

Eu sou gay.

Sorri, sem conseguir conter. Não há erro em ser gay. Gabriel tinha razão.

— Na verdade... — Comecei, sendo interrompido pela trovoada mais próxima. — Não quero ser apenas seu amigo.

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— Co-como assim? — ele gaguejou, piscando várias vezes. O trovão soou mais alto.

— Quero te conhecer por completo. Seus segredos, seus desejos, seus medos, seus sonhos. Quero partilhar da sua felicidade.

— Dillan, que merda é essa?! Não estou entendendo nada! Desde quando?!

— Não sei! Desde que vi você consolando aquele nerd, talvez! Senti atração por você desde aquilo. — Confessei.

O céu, completamente fechado, tremeu sob nós numa trovoada ensurdecedora. A chuva caiu, forte, nos encharcando instantaneamente. Gabriel olhou pra cima, o cenho franzido.

Com um passo largo, me aproximei e, assim que ele abaixou os olhos, o beijei.

À principio, assustado, tentou se afastar, mas o seguirei firme em meus braços, sentindo a chuva nos molhar. Logo, Gabriel retribuía o avassalador beijo que eu dava.

Não havia imaginado que perscrutar sua boca seria tão maravilhoso assim.