Tudo por ele.

Patético.


Me engasguei feito petiz recém nascido, tossindo violentamente e sentindo arder o nariz.

— Merda. O Milk-shake subiu pelo nariz! —Reclamei.

A garota que o roqueiro puxara se desvencilhara dele e dera um tapa em seu rosto, o chamando de louco. Ele não pareceu se importar com isso.

— E então? — Ele questionou, sorrrindo. — Convencido?

— Sim! — Disse. — CONVENCIDO QUE VOCÊ É MAIS GAY QUE EU.

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— O que?!

— Porra, que hétero faria isso? Nenhum hétero precisaria provar nada, meu filho! — Revirei os olhos. — Foi patético!

— Isso é ciúmes!

— Ciúmes? Que ciúmes, seu gordo?! —O fuzilei com o olhar, sem parar de tomar meu milk-shake.

— Gordo?! — Ele ficou de pé e mostrou sua barriga tanquinho, toda definidinha. — Onde tem gordura aqui?

— Nessa sua cara de pau! Seu ridículo! — Me levantei, prestes a sair com meu shake.

Ele deixou dinheiro na mesa e veio atrás de mim. Todos dentro da lanchonete nos olhavam e cochichavam entre si. Já era a segunda vez que eu era alvo de olhares e cochichos no dia e, de novo, por culpa de Dillan.

— Gabriel!

Me virei subitamente pra ele.

— O que foi?

— Eu… Quero ser seu amigo…

— Por que? — Questionei, cruzando os braços.

— Acho você interessante. Quero te conhecer.