A cidade do Vento.

30. O império do vento


Soprou mais uma vez e as janelas tremeram, as cortinas voaram, as portas bateram e as árvores balançaram.

Correu de norte a sul, de leste a oeste. As pessoas viviam suas vidas de forma cotidiana, como em todos os outros dias, salvo alguns que eram surpreendidos pelo "futuro" indomável que tentavam controlar, sem sucesso.

Passou na praça e viu um casal namorando, seguiu a rua e viu uma menina discutindo com a a mãe, enquanto num apartamento vizinho, um grupo de amigos esperavam ansiosos pela pizza de sábado à noite.

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Cortou por dentro de uma casa e viu o filho no videogame num quarto, a filha com o celular na mão em outro, e no quarto do casal, o pai com o computador no colo e a mãe com o livro da mão.

Na parte alta da cidade, enquanto o baile era preparado, os convidados arrumavam-se nos seus próprios closets.

Uma rica senhora fechou a janela por causa do vento e pegou sua roupa mais janota e vestiu-se.

Chegou na festa e sentou-se, numa mesa a céu aberto. Um garçom passou servindo petiscos com molho rosé e o vento fez ele perder o equilíbrio e a bandeja caiu sobre ela.