Hogwarts: uma outra história

Capítulo 32. A César o que é de César


Capítulo 32

Nesse exato momento eu queria arrancar meus cabelos e gritar, porque, MEU DEUS ALGUÉM APAGOU MESMO A MINHA MEMÓRIA, mas não, estou aqui sentado em frente ao diretor (nos sonhos dele) Brenam, do professor Bradbury, da professora Gooding e de outro professor, que por minha vida, não saberia dizer quem é.

—Senhor Westhampton, senhorita Weasley e senhor Fábregas, os senhores sabem o porquê de estarem aqui na minha sala hoje?

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—Na sala da diretora McGon... Sinto muito, não sei porque disse isso, acho que estou nervoso, me ignorem. – Fechei a boca e tapei discretamente para assegurar que mais nada passasse por ela, já que tudo o que eu menos quero é chamar atenção para mim.

—Eu tenho que ser sincera, senhor, eu não faço ideia. – Weasley disse, trocando o peso de um pé para o outro nervosamente. Westhampton fez um sinal de concordância ou poderia ser ele tentando engolir o vômito, foi um sinal bem ambíguo, se querem saber.

—Senhor Fábregas?

—Eu tenho algumas suspeitas do porquê, senhor, mas prefiro ouvir as acusações primeiro, você sabe, apenas para não falar demais... – Tentei fazer graça, mas os professores só fecharam ainda mais a cara. Vou te dizer, se McGonagall estivesse aqui ela teria apreciado meu bom humor.

Provavelmente não.

—Estão aqui porque foram encontrados em vossas posses indícios de participação nas atividades do Ocaso.

—O QUÊ?!?!?

—Céus...

Eu fui o único que não esbocei reação nenhuma, Weasley tendo furado alguns tímpanos e Westhampton, dramático como todo bom corvinal, se apoiou na mesa, parecendo bastante abalado com o fato. Assim como os adultos, esperei ambos se acalmarem e falei o que deveria estar no topo da discussão desde o início.

—Que “indícios”? – Fiz as aspas com as mãos, tendo um estranho déjà vu com o gesto, olhei sem saber bem o porquê para Westhampton que parecia louco para que eu assumisse a defesa de todos. Mal sabe ele que eu sou, ao menos o eu do passado, culpado de todas as acusações.

—Pois bem, senhor Fábregas, vamos apresentar as provas, professora Gooding, a senhora primeiro. – Ela fez um aceno para o homem em seu quase trono, apresentando uma série de pergaminhos muito bem organizados em uma pasta.

—Merda... – Weasley maneou a cabeça de olhos fechados, como se não pudesse acreditar no que estava acontecendo. – Não é o que parece!

Infelizmente sempre é o que parece, Weasley.

—Parece-me que é uma coletânea de todos os textos já publicados no jornal alternativo. – A professora Gooding falou com uma nota de desapontamento na voz, enquanto espalhava os pergaminhos ordenadamente pela mesa do diretor. Uau, olhei Weasley com um renovado interesse, que diabos era aquilo?

—Não todos, faltou o primeiro, fui pega de surpresa e não pude registrar ele. – Ela falou tentando ordenar sua defesa, dava quase para ver as engrenagens trabalhando no cérebro ruivo dela. – Estava tentando err... Não perder uma palavra do que eles diziam, seria um grande furo de reportagem caso eu descobrisse quem eram... Professora, a senhora tem que acreditar em mim!

O pior é que eu acredito nela, mesmo a parte do furo de reportagem não tendo soado de todo verdadeiro. Me lembro vagamente de ter conversado com ela sobre o Ocaso e me parecia que ela gostava da ideia de um jornal rebelde...

—Eu acredito nela, vice-diretor Brenam. – A professora falou em defesa da sua protegida, todo mundo sabia que Weasley era a queridinha da diretora da Grifinória. Brenam apertou os lábios de uma maneira que acentuou as expressões severas de seu rosto, provavelmente porque foi chamado de vice-diretor.

—Confiarei em seu julgamento, professora Gooding, já que a senhorita em questão tem um histórico impecável. – Weasley agradeceu com um aceno cortês, pronta para sumir o mais rápido que suas pernas curtas poderiam correr, mas não sem antes reaver seu trabalho de perseguidora. – Mas isso fica comigo, senhorita.

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O homem pôs a mão em cima dos documentos e a dispensou com o olhar. Rose assentiu novamente, parecendo meio em dúvida entre insistir em recuperar seus pergaminhos ou seguir para um ambiente seguro. A sensatez venceu, como sempre.

—Creio que eu seja o próximo. – Essa pessoa que eu nunca vi mais gorda, possivelmente um indigente se fazendo passar por professor, se aproximou e colocou um pequeno baú negro na mesa do “diretor”, que já tinha guardado os pergaminhos de Weasley. – Senhor Westhampton, pode nos explicar o que é isso?

Todos nós encaramos o corvinal, que respirou fundo e levantou a cabeça assumindo uma postura muito mais corajosa do que vinha tendo até agora. Será que esse cara é o diretor da Corvinal? É possível...

—É uma relíquia de família, senhor.

O professor acenou afirmativamente e se direcionou ao seu superior quando se pronunciou verbalmente. Nossa, essa frase ficou muito chique, queria ter podido falar isso ao invés de só pensar.

—Isso eu percebi pelo brasão, o que não entendi é porque existem tantas runas de proteção, runas antirastreamento e o mais importante, porque não consigo abrir o segredo deste baú.

—Porque é uma relíquia de família, como eu já disse. A menos que você seja um parente distante de meu pai, não imagino como o senhor poderia abri-lo, ele foi feito para proteger tesouros. – Olhei o meu colega de classe com bastante respeito, a insolência de Westhampton é digna de um sonserino, vou te dizer.

—Pode abrir o recipiente agora? Imagino que não haja nada relacionado ao Ocaso, mas seria leviano da minha parte deixar um artefato mágico dessa importância sem ser investigado.

Westhampton me deu um olhar estranho e fora de lugar, o que me fez apenas encará-lo sem entender. O quê? O que estou perdendo aqui?

—Err... Não posso abrir, senhor.

—Não pode abrir. – O diretor falou sem nenhuma expressão, a não ser o movimento das mãos, apenas constatando um fato. A cena me pareceu tão familiar que eu... Meu olhar escorregou para o diretor da minha Casa, mas apenas por um instante, porque não pude sustentá-lo.

Droga, porque eu tô tão assustado? Segui o exemplo de Westhampton e passei a respirar fundo para tentar acalmar meus batimentos cardíacos. Voltei minha atenção para a desculpa gaguejada do corvinal.

— ...estou tentando desvendar o enigma desde então! – Ele terminou seu discurso nervoso e olhou para mim de novo. Para de fazer isso, seu idiota! Tá querendo nos deixar parecendo ainda mais suspeitos?

—Entendo. Infelizmente terei que averiguar isso com seu pai, meu caro. – O loiro fez uma careta para o veredito do diretor, mas teve que aceitar, o que mais ele poderia fazer?

—Professor, a caixa é um presente, meu pai pode confirmar isso por carta, posso levá-la de volta, eu... – O diretor apenas sorriu sem dizer mais nada, mas foi o suficiente para fazer o moleque se calar.

—Entregarei diretamente a seu pai, senhor Westhampton, não se preocupe, ficará bem guardado aqui. – O bruxo fez um simples aceno de varinha, enviando o baú para o topo de uma pilha de livros, no fundo da grande sala cheia de artefatos e quadros de antigos diretores. O lugar parecia-se muito com sua antiga dona, organizado, elegante e cheio de conteúdo até o teto.

Suspirei, sem ânimo. Quão ridículo é sentir falta da velha dama desse jeito?

Depois disso não teve muito o que John pudesse fazer, ele saiu sem dizer mais nada, me dando um leve empurrão com o ombro que deveria significar um “boa sorte”, mas que eu dispensaria sem problemas.

—Acho que só sobra apresentar os seus objetos suspeitos, senhor Fábregas. – O diretor de minha Casa falou, mas eu não pude ver se o sorriso que eu percebi em sua voz era real ou não, porque simplesmente não conseguir me fazer encará-lo.

Qual é o meu problema afinal?

Bradbury tirou de dentro de sua capa um embrulho de seda verde, pouco familiar para mim, devo admitir.

—Isso foi encontrado em sua arca, pode nos explicar o que significa? – Me aproximei da mesa, assim como o diretor, para ver o que a seda guardava e não pude esconder a minha surpresa ao ver do que se tratava aquela palhaçada toda.

—Penas? Suas provas contra mim são penas? – Dei uma risada aliviada, meu Merlin, isso era bom demais para ser verdade! Nada de pergaminhos com textos do Ocaso ou um baú misterioso, eu estava aqui por penas! Consegui até relaxar um pouco, apesar do meu estranho nervosismo.

—Não são penas qualquer, senhor Fábregas, elas estão enfeitiçadas, mas isso você já sabe, não é? – Dessa vez encarei Bradbury, talvez pela dúvida verdadeira que ouvi em sua voz. O pouco que conheço dele me diz que não é de seu feitio deixar emoções transparecerem.

—Bem, sim, mas... – Olhei para as penas, dez penas negras no total com aparência de inofensivas, porém caras. São aquelas penas que não precisam de recarga ou tinteiro. – Nem me lembrava mais delas, usei para treinar alguns feitiços, sei lá.

Dei de ombros, impressionado de não ter que mentir para me safar pela primeira vez na vida. Me lembro vagamente de ensaiar alguns feitiços nessas penas condenadas, mas me lembro mais claramente ainda da frustração de não conseguir muito resultado.

—Que tipo de feitiços? – O diretor falou, enquanto avaliava uma das penas mais de perto.

—Feitiço reverso de segredo, de escrita remot... – Opa. Parei de falar assim que percebi exatamente o motivo das penas terem causado tanto alvoroço. São feitiços bem estranhos para se pôr em penas, ainda mais em dez! Merda. – Err... Sei o que parece, mas na verdade estou tentando... Tentando treinar minhas habilidades em feitiços e encantamentos, para o futuro, a carreira e talz...

—Porque dez penas?– Mordi o lábio automaticamente, Bradbury sempre parece saber minhas fraquezas.

—Pretendia dar a amigos quando alcançasse resultados satisfatórios...

—Mas dez? Porque dez, exatamente?

—Porque foi o que minha mesada deu. Eu tenho mais do que dez amigos, isso é uma coisa absolutamente normal entre os jovens, entende? – Falei com um sorriso inocente, sem querer insinuar com isso que ele não tem mais de dez amigos, longe de mim falar que uma pessoa tão agradável como Bradbury não é amigável o suficiente.

—Sempre entendo bem o que diz.– Respondeu ele - Mas nem sempre me interessa.

Que. Homem. Desagradável.

—Então, senhores, já estou liberado? – Falei coçando desconfortavelmente uma das orelhas, Merlin me ajude, mas não sei mais o que dizer a esses homens.

—Senhor Fábregas, dado seu histórico, temo que não possa te liberar tão facilmente como fiz com seus colegas. – Respirei fundo, me preparando para o que viria a seguir. –Receio que terei que tomar algumas medidas preventivas a seu respeito.

—Compreendo. – Não de verdade, claro. As provas contra mim são tão inconclusivas quanto as outras, pelo amor de Deus!

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Westhampton tem um maldito baú que poderia conter um artefato amaldiçoado com a peste negra até onde sabemos! Mas quem vai ser crucificado? O sonserino com o histórico de um garoto perfeitamente normal, curioso e questionador aqui.

Difícil ser revolucionário de berço, viu?

***

—O que foi que eles disseram? – Scorp me perguntou assim que voltei para o quarto, alguns minutos mais tarde.

—Mfffmmmmm mffmffmmf!

—O quê? – Não estava com espírito para levantar a cabeça que estava enfiada no meu travesseiro melancolicamente. Tony que não tem um pingo de compaixão no corpo levantou minha cabeça pelo cabelo. Isso dói!

—Estou sob observação até segunda ordem. – Ele largou minha cabeça de volta na cama, sem cuidado algum. Filho da mãe.

—O que significa observação exatamente? – Scorp perguntou, visivelmente preocupado e só por isso eu levantei o tronco e me apoiei sob os cotovelos para respondê-lo de um modo mais adequado.

—Significa que minhas atividades como capitão serão reportadas e analisadas, o que eu faço e deixo de fazer nas aulas será reportado e que minha varinha deverá ser levada para análise dos feitiços realizados todo santo dia, tá bom ou querem mais?

—Por Salazar, isso é absurdo! Weasley e Westhampton também vão ter que passar por isso? – Scorp me perguntou indignado e Tony apenas continuou de braços cruzados e cabeça abaixada, como se o assunto precisasse de muita reflexão da parte dele.

—Claro que não, seus respectivos diretores os protegeram, enquanto que o meu só me afundou mais na lama, como sempre... – Me larguei de volta na cama, porque estou exausto mentalmente. Odeio tanto Bradbury.

—Como explicou as penas, Cesc? – Virei a cabeça na direção de Tony, coçando o olho para ganhar algum tempo para responder e porque estava com sono também.

—Disse que estava treinando alguns feitiços nelas e que depois as daria para alguns amigos, ao menos não é uma completa mentira...

—Tão pouco totalmente verdade, não é? – Scorp me disse, o que tomou toda minha atenção.

—O que quer dizer com isso?

Antes que o loiro pudesse dizer qualquer coisa, Tony fez um gesto agressivo com a mão, para interrompê-lo.

—Não diga! É melhor que ele não saiba de nada nesse momento.

—Como assim, Zabini? Já estou muito assustado com a simples ideia de não saber quem, como e porque alguém apagaria minha memória e agora vocês vão me deixar no escuro aqui também, é isso? – Falei me levantando indignado, Tony tem um jeito de resolver as coisas que às vezes me tira do sério.

—Na atual conjuntura sua perda de memória é uma verdadeira benção, se quer saber! – Ele me disse, sentando em sua cama, ainda com a expressão pensativa no rosto. – Está na mira de Brenam agora, quanto menos você souber, mais protegido estará. – Iria contrargumentar, mas ele completou o raciocínio. – Todos nós estaremos mais protegidos.

Bufei em desacordo, não vejo como minha ignorância vai me ajudar daqui para frente, Deus sabe o quanto meu improviso pode ser desastroso!

—E o pergaminho, Cesc? O diretor descobriu o pergaminho de John? – Puta merda, Westhampton também tá no bolo? – Pela sua cara vou entender como um não.

Eu pisquei confuso e Tony me olhou com uma expressão indecifrável no rosto. Sinceramente, estou cansado dessas pessoas que sabem dissimular muito bem suas emoções na minha vida.

—Não se preocupe com isso do pergaminho agora. – Ele me disse em seu tom atipicamente sério. – Nós vamos cuidar dessa história.

—Então talvez deva alertá-los que esse pergaminho aí que vocês falaram provavelmente está no baú misterioso de Westhampton, muito bem guardado na sala do diretor.- Os dois me encararam sem entender.– Esse foi o objeto do corvinal apreendido junto com minhas penas encantadas.

—Merda, merda, merda! – Scorp falou, bagunçando o seu normalmente bem arrumado cabelo platinado. – Estamos fodidos!

—Não estamos não! Disse que o pergaminho deve estar dentro do baú, Cesc? Não tem certeza? – Tony perguntou, levantando subitamente, cheio de uma energia nervosa que estava me deixando ansioso também.

—Não pôde ser aberto por ele, é uma relíquia de família, apenas um Westhampton pode abrir e John disse que não sabe como, que é uma espécie de enigma familiar... O pai dele virá pessoalmente para confirmar a história. – Tentei explicar de uma maneira sucinta, mas sem dar muitas esperanças, não é como se pudéssemos recuperar o baú nem nada.

—Ok. Certo. Tá. O pai de Westhampton é um homem ocupado, quer dizer que provavelmente nós temos uns dois dias... – Tony falou, andando de um lado para o outro, marcando o passo irritantemente com batidas ritmadas na perna.

—Dois dias para quê, Tony? – Falei receoso, Scorp levantou a cabeça parecendo compartilhar o meu medo.

—Temos dois dias para recuperar o maldito pergaminho do Ocaso da sala do diretor interino de Hogwarts, claro.

—Ok, agora sim estamos fodidos. – Scorp disse, emendando a fala com um riso nervoso.

Não acredito que eu me meti nessa merda, onde inferno eu estava com a cabeça para topar criar esse maldito jornal?

***

—Amor, o que tanto olha? – Claire me perguntou e eu só irei responder porque foi ela, já que essa pergunta foi estúpida. Eu estava procurando sutilmente sinal dos meus amigos doidos entrando no Salão, ao mesmo tempo que observava toda a escola me encarando descaradamente.

—Nada. Apenas tentando encontrar alguém na multidão que não esteja ME olhando com um olhar acusador. – Ela apertou meu braço, consoladora. Claire, diferente de mim, consegue ignorar as pessoas sem noção, eu apenas finjo pelo bem da minha reputação, claro.

—Não ligue para eles, são um bando de fofoqueiros.

—Isso eu já sei, o que eu não entendo é o que eles esperam que eu faça para complementar o boato. – Falei, enquanto mexia meu chocolate quente. Logo, logo a primavera chegará e os elfos diminuirão a oferta de bebidas quentes e invernais, então tenho que aproveitar enquanto posso.

Por estar na mesa da Corvinal, pude ver quando Louise chegou no Salão. Ela me olhou rapidamente e fez um sinal de leve para eu acompanhá-la lá fora. Me lembro de fazer um sinal semelhante para ela e receber um não como resposta. Quando foi isso mesmo?

Bebi meu chocolate todo de uma vez, ignorando o ardor quente na garganta e a cara espantada de Claire. Querida, sou quase um engolidor de espadas pegando fogo, o circo de Soleil tá me perdendo!

—A gente se vê depois da aula? – Coloquei minha mochila apressadamente, não sem antes me abaixar para dar um beijo decente na minha namorada. Ela sorriu ao mesmo tempo que franzia as sobrancelhas para o meu comportamento.

—Tá bom então, seu esquisito! – Eu dei uma piscada para ela de despedida e recebi um sorriso mais tranquilo em resposta. Claire com certeza é a parte normal da minha vida.

Segui Louise até próximo à entrada principal e ela me puxou para dentro de um dos milhões de armários de vassoura que existem nessa escola. Sério, para que tanto armário? Depois não querem que os alunos se peguem neles.

—¿Qué quieres, chica? [O que quer, garota? ] – Ela fechou a porta e me encarou de braços cruzados.

—Me enteré de que perdió nuestras plumas. ¿Es verdad? [Soube que perdeu nossas penas. É verdade? ] – Olhei sem paciência para a idiotice da minha irmã, não era como se eu pudesse ter feito muita coisa a esse respeito, eu estou no papel de esposo traído aqui, o último a saber de tudo. - ¿Rebeca llegó a advertirle sobre la búsqueda en los dormitorios? [Rebeca chegou a te avisar sobre a busca nos dormitórios? ]

—No hubo tiempo para eso. [Não houve tempo para isso. ]

—Ah. – Ela não esperou mais nenhuma resposta depois disso, Louise não perde tempo com miudezas. - ¿Vamos a seguir el plan de Antony? De verdad? [Nós vamos seguir o plano de Antony? De verdade? ]

—No te podía decir, él no me contó nada. [Não saberia te dizer, ele não me disse nada. ]

—Sí, sí, por supuesto! [Sim, sim, claro! ] – Ela falou, tirando a importância da pergunta inútil dela, provavelmente já devia ter essa resposta, Tony nunca deixa escapar nenhum detalhe, inclusive se isso significa informar que optou por me deixar no escuro. – Estoy muy preocupada con este plan, Cesc! [Estou muito preocupada com esse plano, Cesc! ]

—¿Quién va a ejecutarlo? [Quem vai executá-lo? ]

—No debería... [Não deveria... ]

—Por favor, Louise, deja de fastidio! [Por favor, Louise, deixa de chatice! ]– Ela olhou ofendida pela minha impaciência, mas sinceramente? Dane-se, não gosto quando as pessoas tentam me poupar das coisas! Não sou água nem dinheiro para ser poupado.

—Vale, vale! Yo, Antony y Albus vamos a hacer el trabajo y el resto se hará cargo de la distracción. [Ok, ok! Eu, Antony e Albus vamos fazer o trabalho e o resto cuidará da distração. ] – Acenei com a cabeça só para mostrar que entendi o que ela disse, mas não pude evitar perguntar.

—¿Albus? Como en Albus Potter? [Albus? Como em Albus Potter? ] – Ela revirou os olhos para mim, sem nem se importar em ser grosseira. Eu não tenho culpa se eu não sei quem são os outros loucos que fazem parte do Ocaso! - ¿Quién más que él? [Quem mais além dele? ]

—Somos yo, usted, Scorpius, Antony, Rebeca, John, Albus e Aidan. [Somos eu, você, Scorpius, Antony, Rebeca, John, Albus e Aidan. ]

—¡Dios mio! Aidan también? [Meu Deus! Aidan também? ] – Louise me olhou seriamente, mas dessa vez sem o desdém de antes.

—Hermano, lo que te hicieron? [Irmão, o que te fizeram? ]– Ela me falou, segurando meu braço da mesma maneira confortadora que Claire tinha feito há apenas alguns minutos. Olhei para ela, pela primeira vez em muito tempo sem sete pedras na mão.

—No sé, pero créeme, chica, voy a averiguar, no importa lo que tenga que hacer para conseguirlo! [Não sei, mas acredite em mim, garota, vou descobrir, não importa o que tenha que fazer para conseguir isso! ]

Sim, amigos. E quando esse dia chegar, vocês descobrirão o que realmente significa uma vingança Sonserina.