Survival Instinct

Capítulo 2


Não esqueça que somos apenas uma pequena parte do universo, que somos parte de uma mesma fonte de vida, e que se eu destruo você, estou destruindo a mim mesma!

– Dulce Maria

Ally olhou para ele por um tempo. Rick era mais bonito do que as fotos que Carl tinha mostrado para ela. Não que ela tivesse prestado muita atenção nas fotos, ela estava ocupado consolando o garoto. Ally deu os ombros e esticou a mão para ele. Agora de perto, Rick era mais bonito ainda. Tinha intensos olhos azuis. Eles tinham um brilho especial, que chamou a atenção dela. Ally notou também que ele tinha um sorriso charmoso, lindo.

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– Ally Santos, prazer.

– Prazer. – ele disse apertando a mão dela. – Posso te pergunta uma coisa?

– Como posso matar um walker estourando a cabeça dele em uma pedra e grito como uma garotinha ao ver uma aranha? Eu tenho aracnofobia.

– Explicado. – ele disse sorrindo. – Bom, se precisar matar outra aranha, pode me chamar.

– Claro. – Ally sorriu para ele. – Mas já tenho meu matador pessoal, ele apenas não está aqui. E por falar nele. – ela se virou para Morales. – O que aconteceu com Merle?

– Ele ficou fora do controle. – Morales disse. – Ele começou a atirar para todos os lados. Depois quando T-Dog tentou pará-lo, mas ele começou a bater nele.

– Ele também foi para cima de Andrea e apontou a armas para todos. – Rick disse chamando a atenção dela. – Eu acabei algemando ele em uma barra de ferro. Estávamos cercados, eu e Glenn saímos da loja e eu deixei a chave com T-Dog. Ela caiu em um ralo. Não tivemos outra escolha a não ser deixar ele lá. T-Dog trancou a porta para que os errantes não chegarem até ele.

– Daryl vai querer matar vocês. – ela disse passando a mão pelo cabelo. – Certo, ele deve chegar amanhã. Quando forem contar para ele sobre o irmão, esperem eu estar por perto, assim posso tentar controlar ele. E esperem ele tirar a Horton das costas.

– Horton? – Rick perguntou confuso.

– Sim. A besta dele. Uma Horton Scout hd 25. Também conhecida como crossbow. – ela disse dando os ombros. – Bom, vão ficar aqui o dia todo olhando para minha barraca, ou tem outras coisas para fazer?

Aos poucos todos foram se afastando. Menos Carl e o pai dele. Ally entrou em sua barraca e começou a arrumar suas roupas. Ela pegou a aranha com um papel velho e a jogou fora.

– Precisa de ajuda? – Carl perguntou.

– Não. Por que você não vai brinca um pouco? Daqui a pouco anoitece. – ela respondeu dobrando algumas roupas sujas e colocando em uma bolsa. Carl concordou com a cabeça e saiu correndo. – Então, você era xerife, não é?

– Vice. E você?

– Estripe. – Ally riu quando viu Rick arregalar os olhos. – Estou brincando. Eu era garçonete, cantora e escritora.

– Uma mulher de muitas facetas. – ele disse quando ela saiu da barraca e fechou a porta.

– Eu tenho que ser. – ela foi até a barraca de Daryl e começou a pegar as roupas sujas dele. – E você é apenas vice xerife?

– Sei concerta algumas coisas também. – ele disse vendo ela pegar a mochila e levar para sua barraca. – Daryl é seu namorado?

– Não. Irmão. Ou quase. – ela disse fechando a barraca dele novamente. – Sou do Brasil. Quando eu vim para cá, não conhecia ninguém. Ele e eu nos tornando amigos e depois nos adotamos como irmãos. Ele cuidava de mim antes dessa merda toda e cuida de mim agora.

– Ele vai ficar muito nervoso por causa do irmão, não vai?

– Vai. Ele vai querer te matar. – ela disse calmamente. – Mas não precisa se preocupar, eu cuido de você, xerife.

Ally piscou para ele e se afastou. Ela foi até onde seus cachorros estavam. Ally tinha dois cachorros. Uma ela tinha trazido da casa dos pais, outro Daryl tinha dado para ela de presente. Depois de colocar água para eles, ela foi para onde as crianças estavam e se sentou com elas. Eles passaram um tempo brincando. O dia se passou rapidamente. Carl para bem dizer, passou o dia com o pai. Para onde Rick ia, Carl ia atrás. Ally e o xerife passaram bastante tempo juntos já que Carl tinha arrastado o pai para o lado dela, quando ela estava preparando a comida. Carl falava tanto que ela e Rick quase não falaram nada. Depois quando eles estavam comendo ele também ficou falando sobre tudo o que tinha acontecido desde que o pai entrou em coma. No fim, sua mãe veio chamar ele para ir dormi. Ally foi para sua barraca e trocou de roupa. Ela ficou deitada por um bom tempo lendo com sua lanterna, até que cansou. Como ainda não estava com sono, ela pegou sua espada e saiu da barraca. Andou um pouco e se sentou em cima do capô do carro de Daryl, depois se deitou e ficou olhando para as estrelas. Ela ficou assim por um tempo até que escutou passos se aproximando. Ela levantou os olhos e viu Rick se aproximando do carro.

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– Oi. – Rick disse parando ao lado dela.

– Oi. – ela respondeu voltando a olhar para o céu.

– Sem sono?

– É. E você?

– Estava de guarda. Morales acabou de assumir. – ele disse encostando no carro.

Eles ficaram um tempo em silêncio. Uma cachorra chegou perto de Rick e começou a cheira as pernas dele.

– Laica, junto. – Ally disse sem olhar para eles. A cachorra parou de cheirar Rick e se deitou na frente do carro.

– Ela é sua?

– É. Era do meu pai, mas quando vim para o Estados Unidos meu pai me deu ela. – ela respondeu olhando para a cachorra. – Daryl me ajudou a treinar ela para caça. O Poseidon também é meu. Eles ajudam na vigilância. Latem se virem alguma coisa. Vai até o vigilante se sentem algum cheiro suspeito. – ela apontou para o pastor alemão que estava deitado aos pés de Dale na porta do trailer.

Rick olhou para os dois animais. Laica era uma cachorra grande, amarela e tinha o focinho branco e preto. Poseidon era um pasto alemão completamente branco, com olhos azuis e chamativos. Ambos pareciam mansos e a vontade com o lugar.

– Quer se sentar comigo? – Ally perguntou ainda olhando para as estrelas.

– Claro.

Ela se afastou um pouco e deu espaço para Rick. Ele se deitou ao lado dela e eles ficaram um tempo olhando para o céu.

– Por que está aqui? – ele perguntou olhando para ela.

– Eu sempre gostei de olhar o para o céu. Me ajuda a pensar. – ela disse olhando para ele. – Me ajuda a me concentrar em tudo e em nada. Tem vezes que olhou para o céu e penso em mil e uma coisas. Outras, que nada se passa pela minha cabeça.

Eles ficaram em silêncio por mais um tempo. Ally tinha gostado de Rick. Alguma coisa nele chamava sua atenção. Despertava uma curiosidade nela que ela não sabia explicar. Ele, de certo modo, era um mistério para ela. E ela gostava de mistérios.

– Carl, gosta de você. – Rick disse quebrando o silêncio.

– Eu gosto dele também. – ela disse sorrindo. – Ele é um menino muito esperto e me ajuda ás vezes. Ele gosta de quando eu fico inventando histórias para ele e as outras crianças.

– Inventar histórias? – ele perguntou olhando para ela.

– Sim. Eles me dão algumas palavras. Na verdade, cada um me dá uma palavra, e eu invento uma história com todas essas palavras e tem que fazer sentido.

– E o que acontece se você não consegui?

– Eu pago um mico. – ela disse fechando os olhos. – Está me dando sono.

– Sou assim tão chato? – Rick brincou.

– Não. Eu que sempre fico com sono nessa hora da noite. O que acho bem estranho. – ela disse olhando para o relógio. – Bom, eu vou dormi. Nos vemos amanhã.

– Até amanhã. – ele disse vendo ela pular do carro.

– Pessoal, venha.

Laica e Poseidon se levantaram e foram atrás dela.