Ninguém liga pras suas poesias idiotas
Meninos de Prata
Nas praças, nas ruas,
Nos cruzamentos das avenidas,
Nos carros dos metrôs,
Nas estórias não lidas
Meninos se pintam de prata,
Fazem malabares nos farois
E pedem por moedas, trocados.
Negam-lhes, montados em Calois
Pintam-se de prata para esconder
A verdadeira cor que tinge
O sofrimento de gerações
E, assim, o menino finge
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Finge não ser negro
Ao ouvir o tilintar dos centavos
(Não muito diferente do tilintar
Dos grilhões dos escravos)
E mal eles sabem
Que o que reluz dentro
É mais forte que o cassetete
Da PM lá do Centro
Porque a Esperança brilha
Escorre do suor da meninada
Que todos os dias batalha
Batendo perna na calçada
E um dia, ainda hei de ver
As pessoas perceberem
Que a prata d’alma valia
Mais que o ouro de alguém.
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