A Flor da Carnificina

Capítulo 29 - Ponto para Ermina


O rapaz que outrora teve cabelos longos até o ombro, usava roupas larguíssimas e brincos em cada orelha, havia se tornado um adulto mais magro e com cabelos mais curtos.
Fábio não reconheceu a moça loira que estava na calçada da casa de sua mãe, mas o aquele rosto era familiar, ou melhor, muito familiar.
Por outro lado, Jaqueline sabia muito bem quem era o rapaz fumante. A loira deu dois passos ficou próxima a Fábio, segurando os ombros fortes cobertos por uma jaqueta jeans.
– Eu tinha que te encontrar. - Falou Jaqueline, sorridente e aliviada por ver Fábio ali, o que significava facilitação do caminho até a filha Carolina.
– Eu fiz alguma coisa? - Perguntou Fábio, sem entender nada.
– Fez! Fábio, você não se lembra de mim? Sério mesmo? - Falou Jaqueline, olhando dentro dos olhos castanhos de Fábio.
– Não. Eu deveria? - Jaqueline deu um risinho.
– Eu não queria ser vulgar à esse ponto, mas acho que você deveria reconhecer a mulher que tirou sua virgindade e a que você desvirginou. - Fábio franziu o cenho, e deu uma tragada longa em seu cigarro antes de jogá-lo dentro de um bueiro.
– Jaqueline? - Perguntou Fábio fazendo uma careta de confusão. A loira sorriu balançando a cabeça.
– Eu mesma. Eu vim conversar com a sua mãe, mas já que você está aqui, vou conversar com você.
– Já chamou minha mãe?
– Já, mas ela não está em casa. - Fábio bateu com a mão na testa.
– Acabei de lembrar que ela ia pro tratamento hoje. Bem, eu não tenho chave daí, então... tem um barzinho aqui perto, se você quiser e não se incomodar de beber...
– Pro problema que eu preciso resolver, eu não me importo. Vamos?
– Vamos então. É aqui perto mesmo. - Fábio prosseguiu andando em linha reta e Jaqueline o acompanhou. Ao chegarem no fim da rua, havia uma esquina e nesta esquina uma ladeira. No final da ladeira era o bar sugerido por Fábio.
Por ser manhã, o bar estava quase vazio. Quase, porque havia 3 homens bebendo, e olhando descaradamente para Jaqueline, que tentou ignorar sentando-se de costas para eles.
Fábio pediu um pão com manteiga para ele e Jaqueline se conformou com água em um copo descartável.
– Então pode falar. - Iniciou Fábio.
– Eu vim ver a Carolina. Fábio, depois que eu entreguei a Carolina pra vocês, fui até uma agência de modelos e consegui fazer minha carreira. Viajei para os Estados unidos e me casei com um brasileiro que deu certo lá. Mas eu tenho uma cicatriz, que é mais feia do que a minha cesária infeccionada. Eu quero ver a minha filha, quero cuidar dela e se possível, quero levá-la para os Estados Unidos comigo. - Fábio ouvia tudo imparcial, sem esboçar nenhuma reação facial além de mastigar o pão.
– Você quer conversar comigo pra poder levar a Carolina? - Ele engoliu o pão - É isso?
– Você disse que sua mãe está doente, não disse? - Perguntou Jaqueline, colocando palavras na boca de Fábio.
– Não, eu disse que ela foi para um tratamento. Tá, pra falar a verdade ela tá doente sim. Tá com câncer e tá fazendo tratamento. Mas você não respondeu minha pergunta.
– Sim. Eu quero levar a Carolina pra fora do Brasil. Olha pra esse lugar, ela nunca vai ter um bom futuro aqui. Eu tenho dinheiro, moro em um apartamento maravilhoso e sei que posso dar pra minha filha o que eu nunca tive na idade dela. - Fábio retirou um maço de cigarro do bolso de trás da calça e pegou um isqueiro no outro bolso, acendendo o cigarro.
– Você não criou ela, não sabe nada sobre ela. Foi minha mãe quem criou ela e eu posso dizer que eu não fiz nada para ajudar na criação da garota. Mas não vou deixar você tirar ela da minha mãe. Eu amo minha filha, e sempre que posso fico perto dela e ela me ama muito. Se você queria tanto reconhecimento, por que deixou ela com a gente? Por que só agora voltou? - Jaqueline sentiu sua garganta dar um nó, e algumas lágrimas apareceram em seu olho pequeno.
– Eu quero criá-la agora. Mesmo que ela tenha 8 anos e eu não saiba nada sobre ela. Mas sua mãe está doente, e se ela morresse? Quem seria a figura materna dela? Uma menina precisa de sua mãe.
– Jaqueline, desista. Você não vai levar a Carolina daqui. - Falou Fábio, confiante.
– E se eu envolver o poder judiciário, você vai continuar dizendo que eu não vou poder levar a Carolina?
– Sim. Eu tenho contatos. A minha filha não vai sair do país. Se você quiser vê-la, visitá-la, fique à vontade. Agora, levar a Carolina - Fábio tragou seu cigarro - Não vai não, querida. Mas, me conte mais sobre sua vida. Virou modelo, né? - Jaqueline mordeu seu lábio inferior com força e ficou de pé.
– Pois muito que bem, eu vou contratar um advogado e vou brigar pela menina na justiça, já que é desse jeito. - Falou Jaqueline, aumentando o tom de voz.
– Você não precisa gritar, sabia?
– A menina vai ficar comigo. - Falou Jaqueline, dando as costas para o rapaz fumante e saindo do local com passos largos. Fábio manteve-se sentando, pois estava feliz. Feliz porque ia ver sua filha e mais tarde encontraria Isaac, e se as coisas continuassem daquele jeito, seria o melhor dia do ano, quer dizer, quase melhor, porque a aparição de Jaqueline o deixou irritado. Como alguém some e reaparece querendo tomar o que um dia foi dado à outra pessoa? Fábio nem desconfiava, mas pensava igualzinho sua mãe.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Aline acordou cedo junto com Inácio. O rapaz dormiu sentado no chão, enquanto Aline dormiu em um colchão velho. Assim que acordaram, saíram. Inácio foi direto para sua faculdade e Aline foi até o hospital onde Isaac estava internado.
Ao chegar no grande hospital, deu seu nome na recepção e subiu até o leito onde seu irmão estava. Quando abriu a porta do quarto, viu Isaac penteando seu cabelo liso e negro, que estava cumprido até metade da nuca.
– Se eu não fosse sua irmã, hein - Falou Aline, adentrando no local.
– O médico acabou de passar aqui, e me disse que só está esperando um farmacéutico chegar com meus coqueteis e eu recebo alta. - A garota abraçou apertado seu irmão. - Onde você está? Eu fiquei preocupado demais essa noite.
– O Inácio me levou pra casa do Cristiano. Ele disse que nós podemos ficar lá, então todas as nossas coisas estão lá.
– Ela te expulsou mesmo, né?
– Sim. Mas o Inácio está nos dando muito apoio, Isaac. - O rapaz se soltou da irmã e ficou de pé.
– Nós vamos conseguir dinheiro e alugar uma casa só nossa. Chega de humilhações.
– Você tem dinheiro guardado das coisas que fez com o Inácio?
– Tenho, mas não dá pra alugar uma casa ou coisa do tipo. Eu só quero um tempo de paz.
– Primeiro vamos sair daqui, e você resfria a cabeça. Eu quero tentar ter uma vida normal, então repense a sua vida. - Isaac olhou cético para Aline.
– O que você quer dizer com ''Repense sua vida''?
– Quero dizer que você deve parar com essa sede de matar gente por dinheiro e reveja esse seu relacionamento. - Isaac ficou em silêncio. A culpa dele e sua irmã estarem na rua naquele momento era de Fábio, e eles sabiam bem disso. O outro até havia oferecido sua casa para eles morarem, mas Isaac não mencionou isso com sua irmã.
– Me deixa pelo menos sair daqui. Eu tô aqui dentro, preso há bastante tempo. Preciso respirar ar puro, ver a luz do dia...
A fala de Isaac foi interrompida quando o médico que estava cuidado do rapaz internado, apareceu na porta, segurando caixas de remédios.
– Bom dia, eu vim te dar isso e esse laudo de liberação. A Denise Cavassin já pagou tudo, então você está definitivamente liberado. Mas tenha responsabilidade com os remédios, porque um descuido pode te matar. Você teve sorte.
– Pode deixar, eu serei cuidadoso. - Isaac apertou a mão do médico e saiu do hospital junto com sua irmã. Ouvir do médico que a ''estadia'' de Isaac ali havia sido paga por Denise, deixou o rapaz sentindo-se culpado. Ele sabia que a mulher estava se envolvendo com Fábio e estragou o possível relacionamento dela e a vida que levava na casa de Denise.
– Vamos para a casa do Cristiano? - Perguntou Aline.
– Não temos escolha. Mais tarde eu entro em contato com o Inácio pra ver o que vamos fazer das nossas vidas aqui fora.
Os dois irmãos prosseguiram caminhando até a residência do fornecedor de armas e encomendador de mortes, que jamais aparentaria fazer essas coisas.


Yasmim e Inácio foram almoçar em um restaurante que tinha dentro do campus da faculdade deles. Inácio estava com os olhos rodeados de olheiras e sentia muito sono, enquanto Yasmim estava radiante.
– Inácio, você dormiu bem? - Perguntou Yasmim, passando a mão pelo rosto cansado de Inácio.
– Não. Eu tenho que te contar logo isso.
– Contar o quê? - Perguntou Yasmim, atônita.
– Eu passei a noite com outra garota. - Yasmim abaixou a cabeça e manteve-se em silêncio durante alguns segundos, até Inácio voltar a falar - Ela trabalhou lá em casa, e é amiga minha. A Aline, sabe? Minha mãe colocou ela pra fora de casa e eu levei ela pra casa de um amigo meu e fiquei ao lado dela. Mas eu juro que não fiz nada. - Enfatizou Inácio.
– Não sei o que pensar, Inácio.
– Oras, por favor, eu juro que não fiz nada. Eu só não quis deixá-la sozinha em um local estranho. O irmão dela deve ter recebido alta do hospital e agora ele fará companhia pra ela.
– Se você me diz que não fez nada eu acredito. Mas, não faça mais isso.
– Pode deixar - Inácio sentou ao lado de Yasmim, e colocou seu braço em volta da cintura da garota. - Eu te amo, tá? - O rapaz pegou o rosto da garota e selou os lábios dela - Amo muito e nunca faria nada pra te magoar.
– Tudo bem, eu acredito em você. - Os dois voltaram a se beijar, e a consciência de Inácio estava limpa novamente, mesmo que não tivesse feito nada, queria se retratar com sua namorada, para que ela não ouvisse outro tipo de história.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Aline e Isaac chegaram na casa de Cristiano, e o mesmo recebeu Isaac com o sorriso no rosto de sempre.
– Entrem, eu terminei o almoço agora. - Falou Cristiano.
– O que você fez de bom? Estou morrendo de fome - Falou Isaac, dando uma risadinha no final.
– Batata assada. - Isaac deu um sorriso, e ao entrar na sala, jogou-se no sofá. Já Aline, sentou ao lado do irmão sem atos radicais.
– Você quer ajuda? - Ofereceu-se Aline.
– Relaxem aí, vocês não precisam se preocupar. Vou pegar os pratos. - Isaac reparou na sala de Cristiano. O dono da residência era gente boa, mas ele não queria ficar ali pra sempre, e pretendia arrumar uma casa onde só ele e sua irmã pudessem viver.
– Podem sentar na mesa - Mandou Cristiano, e os irmãos obedeceram.
Aquela mesa era maravilhosa, e Isaac sentiu-se no paraíso dos famintos. Sentou rapidamente e logo pegou seu prato para poder comer. A fome era muita.
– Isaac, eu tô com uma proposta, mas não sei se é o momento pra você. Eu até conversei com o Inácio sobre ela ontem, mas você não precisa aceitar de cara, se quiser.
– Pode falar, Cristiano. - Disse Isaac, dando a primeira garfada. Aline só ouvia o que os dois homens falavam, e sentia-se mal, porque ela sabia o tipo de proposta que se tratava.
–Parece que tem um empresário que anda falando algumas abobrinhas pra alguém e esse alguém quer dar um susto nesse cara.
– Que tipo de susto? Sequestro?
– Ainda não sei.
– Com licença, eu perdi a fome - Falou Aline, indo com seu prato na mão até a cozinha.
A garota lavou a louça não aguentou segurar as lágrimas. Ela não queria que seu irmão fizesse essas coisas, ou falasse essas coisas. Ela queria ter uma vida normal, sem mortes de pessoas inocentes, e aquilo tudo estava fazendo tão mal a ela, que sentir dores no peito se tornou rotina.
Aline perguntou para Cristiano se ela poderia ficar no quarto que lhe foi sedido no dia anterior, e o homem deu livre arbitrio de sua casa para os dois irmãos. Ele iria trabalhar e só voltaria no dia seguinte, então a casa ficaria só para Aline e Isaac.
A morena caminhou até o quartinho e deitou no colchão, iniciando um choro. Aline não chorava com frequência, mas sabia que a única coisa que podia levá-la às lágrimas era ouvir ou ver seu irmão em coisas ruins. Ele era o pai, a mãe, a família que ela tinha.
Não demorou muito, e a porta rangiu, dando espaço para Isaac entrar no quartinho pouco iluminado. O moreno sentou ao lado da irmã.
– Isso te deixa mal, né? - Perguntou Isaac, puxando Aline para ele, acarênciando os fios lisos da irmã.
– Muito. - Falou Aline, quase sussurrando.
– Eu vou ganhar bastante dinheiro e vou conseguir manter alguns meses de aluguel em uma casa bacana, já que os pais do Inácio não nos deram nenhum tustão furado.
– Promete pra mim, olhando nos meus olhos, que você nunca mais vai matar ninguém. Promete - Pediu Aline, olhando dentro dos olhos castanhos do irmão.
– Prometo. Agora, para de chorar. Eu detesto te ver chorando. - Falou Isaac. - Nós vamos procurar nosso pai também, e logo logo tudo vai ficar bem. Mas eu preciso desse dinheiro.
– Tudo bem, mas será a última vez. Eu falo sério. - Falou Aline.
– Combinado.

Fábio buscou Carolina na escola, e como a menina tinha a chave de casa, ficou com ela na casa de sua mãe até que ela chegasse. O rapaz tentou aproveitar todos os momentos com a filha, e não vacilou com ela, trocando-a por cigarros ou outro tipo de distração. Ele brincou, assistiu Tv e almoçou ao lado da menina.
Assim que sua mãe chegou, viu Carolina deitada no colo de Fábio, enquanto este assistia Tv junto com a garotinha.
Marli colocou sua bolsa na mesa da cozinha e ficou escorada no portal que separava cozinha de sala, observando pai e filha, naquele momento íntimo.
– O que estão vendo? - Perguntou Marli, quebrando o silêncio do filho e da neta.
– Um filme sobre um cachorro. Vem ver - Chamou Carolina, sentando no sofá. Marli acatou o pedido da neta, e sentou ao lado dela.
– Vamos conversar, mãe. - Chamou Fábio, ficando de pé e chamando sua mãe até a cozinha. Marli, que havia acabado de se sentar, bufou ao ter que levar, mas seguiu o filho.
– O que você tem pra me dizer? - Perguntou Marli, cruzando os braços.
– A Jaqueline veio aqui te procurar, e como eu pensei em vir ver vocês, acabei me esbarrando com ela. Ela tá decida mesmo de levar a Carolina daqui. - Marli deu um riso sarcástico e pegou a garrafa de café e preencheu um copo vazio com o conteúdo da garrafa.
–O que mais ela disse? - Perguntou Marli, dando um gole no café.
– Que vai contratar um advogado pra tirar a Carol da gente. Disse que o marido dela é rico, etc.
– Essa mulher tá procurando briga, não é possível. Eu vou até a casa da mãe dela e quero ver o que aquela mulher tem a dizer. Ela chegou a dizer que a Carolina era um monstro, e agora quer tomá-la de nós? Não não e não.
– Do que vocês estão conversando? - Perguntou Carolina, aparecendo repentinamente na cozinha.
– Assunto de adulto, Carol. - Respondeu Marli, ríspida.
– Fábio, ou melhor, Pai - Falou Carolina, dando um tapinha em sua testa - Vamos mesmo no cinema? - A garota perguntou com empolgação, mas Fábio não retribuiu a atitude da filha.
– Hoje não, Carol. Eu vou ter que resolver algumas coisas, mas talvez sábado nós iremos. - Respondeu Fábio, enchendo um copo com café.
– Você promete mas não cumpre. - Falou Carolina, desapontada.
– Eu prometo que vou te levar. Vai eu, você e um amigo meu - Carolina entortou a cabeça e franziu o cenho.
– Amigo? Por que?
– Carolina, vai ver televisão, eu tenho um assunto pra resolver aqui. Se ele disse que vai te levar, ele vai. Agora, vai pra lá - Falou Marli, com sua voz autoritária de sempre.
Assim que a menina voltou para sala, os dois retomaram o assunto.
– Se ela procurar um advogado, eu procuro também. - Falou Marli.
– Calma, mãe. Eu tenho influências, te nós ela não tira a Carol. - Carolina escutava tudo atrás de uma parede. Ela não entendi o assunto principal da conversa, mas sabia que era sobre ela, e sobre alguma Jaqueline que queria levá-la. Ela iria retomar aquele assunto com o pai, queria saber realmente do que aquilo se tratava. Mas, por um instante, Carolina lembrou que Jaqueline era a professora da escola onde sua mãe trabalhava. Agora nada fazia sentido na cabeça infantil da menina.

Ermina e Juk saíram para vender drogas. Juk sabia como preparar algumas drogas, então aproveitou sua sabedoria e foi vender junto com a namorada.
Ermina andava estranha ultimamente, parecia distante e mais grosseira do que já era, o que chateava Johny.
– Mina, eu vou vender lá na praça. Você vem comigo? - Perguntou Johny, enquanto os dois estavam no ponto de ônibus, esperando o transporte para se deslocarem.
– Eu acho que vou passar na casa do Cristiano, esqueci um envelope com dinheiro lá. - Falou Ermina, abrindo a embalagem de um chiclete, e mascando-o em seguida. A ruiva queria ir até a casa do amigo para ver se encontrava Isaac.
– Quer que eu te leve lá?
– Não. - Respondeu Ermina, fazendo uma bola com o chiclete que mascava.
– Então ta bem. - Falou Johny, com a voz grossa. Ele estava chateado com a indiferença da mulher, mas não iria fazer nenhuma cena perto dela. Pegou o primeiro ônibus que passou e deixou Mina para trás. A ruiva também não relutou ou foi atrás dele, ficou inerte mascando seu chiclete, e esperou o ônibus que iria passar pela casa de Cristiano, e quando este chegou, ela embarcou.
A ruiva sentiu que sua barriga já era aparente, quando um homem cedeu o lugar para ela. Ermina apenas deu um sorriso sem mostrar os dentes, e negou a ajuda. Não precisava daquele lugar, apenas de ver o belo rapaz que a ajudou.
Quando chegou no ponto da casa de Cristiano, desceu eufórica e caminhou em passos rápidos até a casa de portão de madeira. Deu duas batidas no portão, e gritou o nome de Cristiano. Não demorou muito, e o mesmo apareceu abrindo a porta.
– Ermina! Que surpresa! - Falou Cristiano.
– Eu acho que esqueci uma coisa aqui, e vim buscar. - Falou a ruiva.
– Entra. Eu já tô quase saindo, mas como tem mais gente em casa, você pode ficar à vontade. Cadê o Juk?
– Ele foi trabalhar - Falou Ermina, entrando na casa, mas específicamente, na sala.
– Hm... Pode procurar. Eu vou me arrumar. - Assim que Cristiano saiu da sala, Isaac apareceu, saindo do banheiro. Ponto para Ermina.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!