The Stupid, The Proud.
What Happened and What's Going On
Natasha P.O.V.
Termino meu hambúrguer enquanto Clint atende seu telefone. Sua cara fica esquisita e alguma coisa que me diz que boa coisa não é.
— Eu já estou indo. — ele fala e ouço uma voz feminina e desesperada. Feminina e desesperada? Com certeza é da Danvers. – Vou levar a Natasha.
— O que foi, Clint? – pego minha arma e coloco por trás da minha jaqueta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— A Carol falou alguma coisa sobre um Anjo na cobertura. Temos que ir pra lá agora. – ele abre a porta e o sigo.
— Anjo? Achei que já tínhamos passado dessa fase.
— Eu também, Nat. Eu também. – ele balança a cabeça.
[...]
Chegando a cobertura, consigo ver uma Carol assustada. Passos se aproximam de eu e Clint, viro-me rapidamente dando de cara com Steve e Tony.
— Ela chamou vocês também? – Steve fala, mas não tira os olhos de mim.
— Sim. – Clint fala.
Carol nos ver e corre quase sem ar. Chegando até nós, coloca suas mãos nos joelhos e não consegue falar. Ela aponta para uma onda grandiosa de luz. Todos ficaram confusos, mas ao me concentrar e a onda desacelerar, a ansiedade veio à tona em minha mente.
Thor.
O mensageiro de Asgard apareceu de repente, pairando em frente a nós. Por um momento ele permaneceu em silêncio, mas desenrolou um pergaminho, e começou a ler.
— RAGNAROK CHEGOU. FUI ENVIADO PARA AVISÁ-LOS SOBRE O DESTINO DO DEUS DO TROVÃO. VOCÊS NÃO O VERÃO MAIS.
Surpreendo-me por aquelas palavras e olho para cada um. Carol deu um passo para trás e Clint arregalou os olhos. Tony vira o rosto e Steve dá um passo à frente.
— Diga-nos onde ele estar. Nós vamos encontra-lo. – Steve fala num tom autoritário.
— NÃO. ACABOU. RAGNAROK TROUXE DESTRUIÇÃO A TODA ASGARD.
Tony também dá um passo à frente.
— Olha, cara...
— THOR FOI DERRUBADO EM UMA BATALHA. NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS.
Ao ouvir a imensidão das palavras, sinto-me tonta e querendo vomitar o hambúrguer de mais cedo.
— ESTOU AQUI SENDO MANDADO POR ODIN, POIS O DEUS DO TROVÃO TINHA UM GRANDE RESPEITO E CARINHO POR VOCÊS. MAS A PARTIR DE AGORA NÃO HAVERÁ MAIS CONTATO COM SEU REINO E O NOSSO. ACABOU. A ERA DOS DEUSES ACABOU. THOR ESTÁ MORTO.
E com um estrondo enorme, o mensageiro se foi.
Todos ficam em silêncio. Tony sai sem falar nada, assim como Steve, tento para-los, mas em vão. Seguro no ombro de Clint, que está se segurando para não chorar. Olho para onde o Mensageiro estava e tento achar algum vestígio de pegadinha, mas não acho nada. Que merda tá acontecendo ultimamente?
— Sinto muito pelo amigo de vocês. – Carol parece desconfortável e analisa Clint. – Ele foi um grande Vingador.
Clint não se segura e me abraça forte. Tento me conter, mas envolvo meus braços ao seu redor. Sinto a mão de Carol pousar sobre mim. Fecho meus olhos e tento imaginar a nossa grande batalha contra Loki, irmão de Thor, outra vez. A coisa mais esquisita é que eu não me lembro.
[...]
Passou-se duas semanas e tudo estava uma loucura. A morte repentina de Thor abalou a todos nós. Foi como se tudo estivesse prestes a explodir, e isso sua morte foi à pólvora que deu inicio a explosão.
A confusão abrangeu nos últimos dias. Steve e Sam encontraram um lugar para morar e continuaram a buscar do Soldado Invernal, sem Tony saber. Tony e eu estávamos ocupados resolvendo assuntos do governo. Os novos Vingadores estavam presos sem nenhuma missão até que tudo seja resolvido.
— O governo não está nada satisfeito conosco. – digo para Stark.
Estávamos em sua sala, revirando papéis e mais papéis, tentando encontrar uma saída.
— Eu sei. – diz. – Droga! – joga a papelada no chão.
— Como está seu braço? – pergunto.
Tony machucou o braço depois se saber que Thor tinha morrido. Ele ficou tão perturbado que conseguiu derrubar uma televisão em seu braço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Tá melhor. – dá de ombros. – Tem visto o Cap?
— Não, ele está esquisito ultimamente. – digo, apenas omitindo a parte da buscar por Bucky.
— Uh... – ele me observa. – Sabe, Natasha, o governo está nos perturbando demais sobre aquele Soldado Invernal. – ele pausa e não digo nada. - Aquele amigo do Capitão, que está desaparecido. Estamos ferrados por causa dele também.
Fico sem falar nada e me levanto indo pra janela. Sinto Tony chegando mais perto e ficamos lado a lado.
— Natasha, eu só espero que você não brinque com isso, e não me esconda nada. Isso será pior.
— Eu sei.
— Estão vindo atrás de você. – ele me olha cautelosamente, mas sinto o peso nas minhas costas.
— Não sou quem precisa tomar cuidado. – saio furiosamente e bato sua porta.
Sinto-me sufocada. Não foi culpa de Tony. Uma guerra está vindo. Eu pressinto. Minha conta está no vermelho, preciso limpá-la. E pra fazer isso preciso tomar a atitude certa. Preciso falar com Steve.
[...]
— Danvers! – grito para uma loira com uma blusa de Star Wars.
— Oi Nat. – ela sorri e pega um sanduíche da geladeira. – Quer um pedaço?
— Não, valeu. – ela senta e acompanho. – Você viu a Wanda?
— Eu a vi saindo muito cedo.
— O que fazia acordada muito cedo? – pergunto.
— Pesadelo! – falamos em uníssono, ela ri e dou um sorriso fraco.
— Ah, mas ela disse para onde ia?
— Não, ela não me viu. Mas parecia bastante apressada. – fala pensativa. – Não acha estranho?
— Sim, bem estranho. – mordo meus lábios.
— Natasha Romanoff! – uma voz fininha entra em meus ouvidos.
— Olá, Grayer. – dou um sorriso.
Olho para a pequena figura em minha frente, seus olhos parecem tristes e selvagens.
— Carol Danvers! – Carol ri e pisca um de seus olhos. – Natasha Romanoff, eu não sei descongelar picolé.
— O que quer dizer com isso?
— Eu tentei, mas não consegui. – ele abaixa a cabeça. – Eu encontrei um passarinho, mas ele estava machucado. Então, tentei ajudar, mas ele congelou todinho e se despedaçou.
— Oh. – olho para Danvers, que parece assustada. – Tenho certeza que não foi por mal.
— Na verdade, foi até melhor ele morrer logo. – Grayer fala.
Pisco meus olhos várias vezes e não falo nada. Que merda tá acontecendo ultimamente?
— Não fale isso, Grayer. – Carol fala, um pouco mal-humorada.
Olho para ela e fico confusa com tudo aquilo. Carol morde os lábios.
Wanda aparece e se assusta ao ver nós três no momento. Ela sorri e senta devagar. Sua respiração está a mil e seus dedos estão nervosos. De repente, eu me lembro da conversa com Carol.
— Onde você estava? – pergunto, enquanto Carol dá um pedaço de sanduíche para Grayer.
— Natasha, eu...
— Precisamos conversar. – pego seu braço e puxo para longe da vista de qualquer um. – Cadê o Steve?
— Não sei do que você tá falando. – ela dá de ombros.
— Não minta, Wanda. – suspiro. – Ele achou o Bucky, não foi? – digo, temendo a resposta.
— Sim. – abaixa a cabeça.
— Merda. – sussurro. – Eu quero falar com o Steve.
— Não sei se é boa ideia. – ela me olha com suplica. – Mas tudo bem. O endereço tá aqui.
Ela me entrega um papel e suspiro alto.
— Obrigada. – dou um sorriso torto.
— Cuidado, Natasha. – ela pega na minha mão. – Muito cuidado. Espero que o Steve saiba o que está fazendo.
— Eu também, Wanda.
Por fim, pego minha jaqueta de couro e saio velozmente ao encontro de Steve.
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