CAPITULO 07

— Você parece ficar nervosa ao redor dos homens. – Ele pergunta olhando diretamente nos meus olhos.

— Depende dos homens! – Digo erguendo as sobrancelhas. — E eu acho você um pouco intimidante. — Ouço seu profundo suspiro.

— Você deve me achar intimidante, — ele acena concordando. — Você é muito honesta.

Oh. Eu olho para ele, e ele me dá um sorriso encorajador, mas irônico.

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— Você é um mistério, Senhorita Clark.

Misteriosa? Eu?

— Não existe nada misterioso em mim Grey.

— Eu penso que você é muito autossuficiente, — ele murmura.

— Sim eu sou! – Concordo.

— Exceto quando você ruboriza claro, o que acontece frequentemente.

Eu só gostaria de saber por que você estava corada. — Ele joga um pequeno pedaço de bolinho em sua boca, e começa a mastigá-lo lentamente. Como se fosse uma sugestão. Droga eu não ruborizo. Só fico excitada.

— Você sempre faz este tipo de observações pessoais? – Pergunto.

— Eu não percebi que fosse. Eu ofendi você? — Ele parece surpreso.

— Não, — eu respondo.

— Bom.

— Mas você é muito arrogante, — eu retalio calmamente.

Ele levanta as sobrancelhas e, se não me engano, ele ruboriza ligeiramente também.

— Eu estou acostumado a fazer as coisas do meu jeito, Louise, — ele murmura. — Com todas as coisas.

— È eu pude perceber – Falo com franqueza. — Eu tambem curto fazer as coisas do meu jeito! — Ele não falou nada.

—Por que você não me pediu para chamá-lo por seu primeiro nome? — Pergunto curiosa.

— As únicas pessoas que usam meu nome de batismo são a minha família e alguns amigos íntimos. Este é o modo que eu gosto.

Por Deus, ele é um controlador não existe nenhuma outra explicação.

Me pego olhando pra ele distraidamente.

Ele franze a testa para mim.

— Você não está indo muito longe, não é? — Ele diz secamente, coçando seu queixo, como se estivesse pensamento profundamente.

— Nem você.

— Você já me entrevistou uma vez, e eu me lembro de algumas questões bastante comprometedoras. — Ele sorri afetuosamente para mim.

Rá. Ele está lembrando a pergunta do “gay”. Só de lembrar á cara dele me da vontade de rir.

Mudo de assunto.

— Fale-me sobre seus pais, — eu pergunto.

Ele encolhe os ombros.

— Meu papai é um advogado, minha mãe é pediatra. Eles vivem em Seattle.

Oh… ele teve uma educação cara. E eu me pergunto sobre um casal bem sucedido que adota três crianças, e uma delas se transforma em um belo homem que assume o mundo dos negócios e o conquista sozinho. O que o levou a ser deste modo?

— O que seus irmãos fazem?

— Elliot está na construção, e minha irmã mais nova está em Paris estudando arte culinária com algum renomado chefe de cozinha francês. — Seus olhos nublam com irritação. Ele não quer falar sobre sua família ou ele mesmo.

— Paris é adorável, — eu murmuro. Por que ele não quer conversar sobre sua família? É porque ele é adotado?

— É bonita. Você já esteve lá? — Ele pergunta sua irritação esquecida.

— Sim!

— Você gostaria de ir?

— Para Paris? — É claro, — eu concedo. — Mas no momento não posso, muitos projetos para finalizar! — Balanço a cabeça.

Ele dobra sua cabeça para um lado, correndo seu dedo indicador por seu lábio inferior… oh meu.

Uma Lembrança de Paris me fez rir.

— Está rindo de mim, senhorita Clark?

Inclina a cabeça e acredito que parece divertido, mas é difícil sabê-lo.

Ruborizo e desvio meu olhar para meu café da manhã.

— Eu gostaria de morder esse lábio — sussurra perturbadoramente.

Não estou consciente de que estou mordendo meu lábio inferior. É a coisa mais sexy que me disse até agora. ALELUIA.

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— Por que não o faz? — O desafio em voz baixa.

— Porque não vou te tocar Anastásia... Não até que tenha seu consentimento por escrito — diz-me esboçando um ligeiro sorriso.

O quê?

— O que quer dizer? – Precisa da minha permissão? È louco.

— Exatamente o que falei. — Sussurra e move a cabeça divertido, mas também impaciente.

— Tenho que lhe mostrar isso Louise. A que horas sai do trabalho?

— Mostrar o que? – Pergunto totalmente curiosa.

Ele não me responde.

— Bem, poderíamos ir jantar na minha casa em Seattle, na sexta que vem, onde lhe explicaria isso. Você decide. Á que horas sai do trabalho.

— As oito! – Respondo. — Por que não me pode dizer isso agora?

— Porque estou desfrutando o meu café da manhã e de sua companhia. Quando você souber, certamente não quererá voltar a me ver.

— O que significa tudo isto? Trafica com meninos de algum recôndido fundão do mundo para prostituí-los? Faz parte de alguma perigosa gangue mafiosa?

Isso explicaria por que é tão rico. É profundamente religioso? É impotente? Seguro que não... Poderia me demonstrar isso agora mesmo. Incomodo-me pensando em todas as possibilidades. Isto não leva a nenhuma parte. Eu gostaria de resolver o enigma de Christian Grey, o quanto antes. Se isso implicar que seu segredo é tão grave que não vou querer voltar á velo, então, a verdade será um alívio.

Não te engane! Terá que ser algo muito mau para que saia correndo.

Levanta uma sobrancelha.

— Como Eva, quer provar quanto antes o fruto da árvore da ciência.

Solta uma risada maliciosa.

— Está rindo de mim, senhor Grey? — pergunto-lhe em tom suave.

Olha-me apertando os olhos e saca seu Black Berry. Tecla um número.

— Barney, vou necessitar do Charlie Tango! — Charlie Tango! Quem é esse? — Desde Portland. A... Digamos às oito e meia... Não, fica na escala... Toda a noite.

Ui, Toda a noite!

— Sim. Até amanhã pela manhã. Pilotarei de Portland a Seattle.

Pilotará?

— Piloto disponível ás dez e meia. — Deixa o telefone na mesa. Nem por favor, nem obrigado, que isso.

— As pessoas sempre fazem o que lhes manda?

— Eles devem fazê-lo, se não quiserem perder seu trabalho, — ele responde-me inexpressivo.

— Deveria terminar o café da manhã. Logo a levarei para casa. Passarei para te buscar as oito, quando sair. Voaremos à Seattle.

— Não estou com fome. — Se ele estiver achando que vai me tratar como ele trata seus empregados, esta muito enganado. — Então vamos de helicóptero.

— Sim. Tenho um helicóptero!

— Legal, comprei o meu no ano passado! — Ele não perguntou, mas, eu falei. Já que é para fala de nossas riquezas.

Vi que ficou surpreso.

— Você pilota? – Pergunta.

— Sim, comecei a ter aulas de Voo aos dezessete anos, peguei pratica, mas raramente voo. Olho para ele, Deus ele é tão bonito. Lou quem diria hein, de uma entrevista, para um passeio de helicóptero com o Grey.

— Iremos para Seattle de helicóptero?Por quê?

Ele sorri perversamente.

— Porque posso. Termine o café da manhã! — Há, que idiota.

— Coma, — ele diz bruscamente. — Louise, não suporto jogar comida fora... Coma.

— Eu já disse que não vou comer, — digo olhando o que ficou na mesa. — Se você quiser, pode ficar com esse pedaço do bolo, não me importo! ­— Ele me olha com cautela. Ops. Acho que chateei alguém. Aperta os lábios. Parece zangado.

— O que parece tão engraçado? — pergunta-me.

— Não posso mais rir? – Revido.

Levanto-me da mesa. Por um segundo me pergunto se deveria lhe pedir permissão, para ir ao banheiro, isso seria hilário.

­— Vou ao banheiro!

— À vontade! – Respondeu pegando o celular.

Saio correndo, caralho vou para a casa dele na sexta.

Lavo meu rosto e volto para a mesa.

— Querem dois...? Quanto vai custar...? Bem, e que medidas de segurança temos ali...? Irã pelo Suez...? Ben Suam é seguro...? E quando a Darfur...? De acordo, adiante. Mantenha-me informado de como vão às coisas.

— Está pronta? — ele pergunta-me.

Confirmo. Pergunto-me sobre o que era a conversa. Pega uma jaqueta azul marinho, agarra as chaves do carro e se dirige à porta.

Nós andamos de volta para o hotel, e eu gostaria de dizer que estamos em um silêncio sociável. Ele pelo menos parece em sua habitual tranquilidade introspectivo. Quanto a mim, estou desesperadamente tentando avaliar como foi nosso café da manhã. E sim foi produtivo.

— Você sempre usa calça jeans? — Ele pergunta inesperadamente.

— Geralmente. — Que pergunta estranha

Chegando ao Hall do hotel ele abre a porta.

— Você primeiro, senhorita Clark, — murmura.

Tem um aspecto elegante, embora informal. Fico olhando-o por um segundo mais. Cruzo a porta recordando suas palavras: "Há algo em ti...". Bom, o sentimento é mútuo, senhor Grey, e quero descobrir qual é seu segredo. Percorremos o caminho em silencio até o elevador. Enquanto esperamos, levanto um instante à cabeça para ele, que está me olhando. Sorrio e ele franze os lábios. Chega o elevador e entramos. Estamos sozinhos. De repente, por alguma inexplicável razão, provavelmente por estar tão perto em um lugar tão reduzido, a atmosfera entre nós muda e se carrega de uma excitante antecipação. Acelera-me a respiração, ele olha um pouco para mim, com olhos totalmente impenetráveis. Olha-me o lábio.

— Foda-se a papelada! — Encosta-se a e em mim e me empurra contra a parede do elevador. Antes que me dê conta, me sujeita os dois pulsos com uma mão, levanta-os acima da minha cabeça e me imobiliza contra a parede com os quadris. Minha mãe. Com a outra mão me agarra pelo cabelo, puxa-o para baixo para me levantar o rosto e cola seus lábios aos meus. Gemo o que lhe permite aproveitar a ocasião para colocar a língua e me percorrer a boca com perita perícia. Minha língua acaricia timidamente a sua e se une a uma lenta e erótica dança de sensações, de sacudidas e empurradas. Levanta a mão e me agarra a mandíbula para que não me mova. Estou indefesa, com as mãos unidas acima da cabeça, o rosto preso e seus quadris me imobilizando.

Sinto sua ereção contra meu ventre... Isso mesmo quero você bem aqui. Deseja-me aqui... Agora, no elevador.

— É... Tão... Doce, — ele murmura entrecortadamente.

O elevador se detém, abre-se a porta, e em um abrir e fechar de olhos me solta e se separa de mim. Três homens trajados de ternos nos olham e entram sorridentes. Pulsa-me o coração a toda pressa. Sinto-me como se tivesse subido correndo por um grande morro. Quero me inclinar e me sujeitar às risadas, mas seria muito óbvio.

Eu o olho. Parece absolutamente tranquilo, como se tivesse estado fazendo palavras cruzadas do Seattle Time. Que injusto. Não o afeta o mínimo a minha presença? Olha-me de esguelha e deixa escapar um ligeiro suspiro. Valeu isso o afetou.

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Seus lábios esboçam um meio sorriso.

— Ai, Louise Clark, o que vou fazer contigo? – Tudo que de prazer. Penso.

As portas se abrem no vestíbulo, agarra-me a mão e sai comigo.

— O que terão os elevadores? — ele murmura para si mesmo, cruzando o vestíbulo em grandes pernadas.

Eu quero este homem, desesperadamente, e ele me quer. Pelo menos é o que parece.

Olho-o. Christian está como de costume: correto, educado e um pouco distante.

Tão confuso.

— Gostei do que aconteceu no elevador, obrigada pelo chá e por ter concordado com as fotos. — Murmurei.

— Anastásia… eu… — Ele para e a angústia em sua voz exige minha atenção, então eu o olho, de má vontade. Será que esta com dor? Seus olhos são como o deserto enquanto ele corre a mão pelo cabelo. Ele parece destruído, frustrado e todo o seu controle evaporou.

— O quê, Christian? — Eu fico irritada porque ele não fala. Credo.

— Nada. - Eu preciso levar meu frágil e ferido orgulho para longe e de alguma maneira curá-lo. Por que estando perto dele não penso em nada.

— Boa sorte em seus projetos e até sexta, — ele murmura.

Huh? Isto é por que ele parece tão desolado?

— Obrigada. — Eu não posso disfarçar o sarcasmo em minha voz. — Até sexta Grey. — Eu giro nos meus saltos, fico vagamente espantada quando tropeço, e sem dar a ele um segundo olhar, eu desapareço em direção à suíte.

...

Quando voltei para a suíte Ana resmungou da demora.

— Daqui a pouco vai preferir sair com ele do que comigo! – Que atrevida.

— Eu só fui tomar um café com ele filha não precisa ficar chateada comigo! – Pego-a nos braços. — Não te troco por nada no mundo.

Olhando para o canto da cama vejo Mia, ela soletra umas coisas que não entendo.

— Depois eu te falo. — Sussurrei. — Foi mais que surpreendente, só não posso falar agora!

— Você sabe como me magoar! – Choramingou. – Tchau!

— Tchau Mamãe, te amo! – Ana á agarrou pelo pescoço.

— Tchau vida, se cuida e cuida da sua mãe por que ela hoje esta nas nuvens! — Mia diz num tom amigável.

— Haha. Estou morrendo de rir com as piadinhas de vocês. Ana vem logo minha filha, e você — Disse apontando pra Mia — Se comporte.

— Sempre.

...

Já no carro seguimos para o clube, um dia perfeito para pegar um bronze.

— Mamãe você esta gostando mesmo dele? – Pergunta Ana.

— Eu acho que sim amor, mas, ele é tão diferente, estranho, sabe filha – Tento disfarçar.

Olho pelo retrovisor e ela esta me encarando.

— O que? – Pergunto.

— Nada mamãe, só cuidado — ouvir esse Mamãe me enche de orgulho. — Sonhei com o papai ontem.

Will.

Novamente olho no retrovisor e pego olhando distraidamente pela janela.

— Foi bom?

— Ham?

— O sonho foi bom? – Pergunto.

— Sim, queria que ele estivesse comigo! – Oh meu Deus.

— Ele sempre vai esta filha. Sempre! – Sorrio. O dia esta bonito demais pra ficarmos triste.

— Chega desse assunto, vamos ouvir uma boa musica e curtir nosso dia!

— Uhu! – Responde ela com alegria.

...

Foi tudo maravilhoso. È incrível como Ana e eu nos divertimos juntas. Senti-me com dez anos de idade.

Mas, por Deus minhas costas estão acabadas!

...

Mia está na minha sala de estar, mexendo na estante dos livros.

— Você voltou. Onde está Ana? — pergunta-me em tom febril, nervoso. Vem para mim, agarra-me pelos ombros e examina minuciosamente meu rosto antes mesmo de me dizer olá.

— Vou pra casa dele na sexta depois do trabalho! – Disparo.

— Oh meu Deus, eu não acredito! – Ela diz gritando.

— Agente se beijou no elevador Mia, e droga ele é gostoso, muito macio, muito chato, mandão! —Tudo na verdade. — Ela diz em euforia.

— Aham acho que você, se deu bem Lou, mas me diz como rolou o pedido? Alias me conte tudo! — Tudo? Puta merda.

Sentei na cama e comecei a falar tudo sobre essa manhã muito produtiva.