A surpresa part 2

XX: VOCÊ ESTA GRAVIDA KARINA- eu me virei ele estava nos encarando.

KD: pai- a Kah ficou sem reação.

RC: mestre eu posso explicar.

GD: ENTÃO TRATE DE COMEÇAR A EXPLICAR JÁ ESTA HISTORIA...- o Gael nos encarava com um misto de desconfiança e raiva- então quem vai começar a me explicar esta historia de gravidez.

KD: e meio complicado esta historia- eu vi pelo tom de voz da Kah que ela estava apreensiva.- eu to mesmo grávida...

RC: e o filho e meu- não sei como consegui falar aqui, mais do nada a Kah e o Gael começaram a me encarar.

GD: como assim e seu?- no rosto do Gael pareceu um ponto de interrogação.

RC: isso que o mestre ouviu, eu e a Kah ficamos uma vez e ela esta grávida.

GD: mais minha filha você não estava namorando aquele guitarrista.- o Gael encarou a Kah.

KD: e pai mais…

RC: mais ela ficou comigo no dia em que eu voltei de São Paulo.

GD: mais você não tinha pousado na casa da Sol?

RC: a Sol foi só uma desculpa na verdade a Kah estava aqui comigo

GD: e vocês pensavam em esconder esta historia ate quando?

KD: eu... a gente tinha acabado de ficar sabendo.- eu peguei na mão da Kah e ela apertou a minha mão, ali eu pude sentir que ela estava com muito medo.

GD: e como você Cobra pretende lidar com esta situação?- eu senti na voz do Gael que ele estava me testando. - vai abandoná-los?

RC: isso nunca mestre, eu pretendo e vou assumir esta criança.

KD: mais Cobra... - eu apertei a mão da Kah e ela me encarou.

RC: eu reconheço que eu e a Kah ainda somos muito jovens, mais eu também tenho plena consciência que se a Kah esta grávida agora eu tenho uma parcela de culpa. – o Gael ficou por um tempo pensativo e depois me encarou.

GD: eu quero conversar com vocês dois no final do expediente lá na academia.

RC: pode deixar mestre.

O Gael saiu do QG resmungando algo que eu não consegui decifrar, eu ainda segurava a mão da Kah quando ela me abraçou.

KARINA.

Meu mundo estava girando tão rápido que eu ainda não tinha conseguido assimilar o que estava acontecendo.

Em primeiro lugar eu estava grávida do Pedro que foi embora para os Estados Unidos por um ano. Em segundo o meu pai tinha ouvido a minha conversa com o Cobra. E em terceiro lugar o Cobra em alto e bom som disse que o filho era dele, acho que de tudo aquilo era o que menos fazia sentido.

Quando o meu pai saiu do QG, a minha única reação foi abraçar o Cobra.

KD: por que você falou para o meu pai que o filho e seu?- eu estava nervosa e com muito medo do que o Cobra iria me responder.

RC: por que é?

KD: não Cobra esta criança e do P.....- o Cobra não me deixou terminar de falar, ele simplesmente colocou o dedo nos meus lábios me fazendo ficar quieta.

RC: a partir de hoje este vai ser o nosso segredo.

KD: mais Cobra...- de novo o Cobra não me deixou falar.

RC: a partir de hoje este vai ser o nosso segredo, e não importa o que aconteça nada vai mudar isso entendeu.

KD: você tem certeza que quer mesmo assumir esta responsabilidade.- ele simplesmente me abraçou e eu pude entender que ele nunca iria me deixar como o Pedro fez.

RC: já tomou café- eu acenei que não- então você e minha convidada para tomar café comigo.

Eu só sorri e o Cobra pegou na minha mão e nos dois juntos saímos do QG e fomos ate a panificadora que ficava ali perto e tomamos café, depois voltamos para a praça e ficamos ali por um tempo jogando conversa fora.

RC: eu tenho que voltar para o QG.- ele se levantou.- nos vemos depois na academia.

KD: nos vemos depois – o Cobra me abraçou e depois cada um foi para um lado. Quando eu cheguei em casa a Bianca e o João estavam conversando na sala.- oi casal.

BD: oi sumida, onde você estava?

JS: e cunhada você madrugou hoje.

KD: bom dia pra vocês também, pra doce curiosidade de vocês eu estava lá no QG com o Cobra e o papai.

BD: como o papai?- a Bianca se levantou do sofá e me encarou.

KD: e o papai me pegou conversando com o Cobra.

JS: sobre o que?- o João se levantou do sofá e me encarou.

BD: João deixa de ser curioso- a Bianca o encarou repreendo e depois me encarou- mais o que vocês dois estavam conversando?

KD: você e pior do que o João- eu a encarei e ela riu- não importa o que a gente estava conversando.

Eu os deixei na sala e fui para o quarto e me deitei e acabei pegando no sono.

Quando eu acordei eu estava morrendo de fome, a principio eu nem me importei com a hora, a única coisa que eu queria era comer. Então eu me levantei e fui ate a cozinha e assaltei a geladeira. Quando me dei por conta a Dandara estava me encarando.

KD: você quer?- eu apontei o x- tudo que eu estava comendo.

DD: o que tem ai?

KD: tudo que eu achei dentro da geladeira.

DD: não muito obrigada, e como você esta?

KD: o meu pai já falou- ela acenou que sim- eu já desconfiava.

DD: e então com você esta?

KD: e meio esquisito.

DD: vem cá e verdade esta historia do Cobra.

KD: que historia?

DD: que ele e o pai do bebe- eu acenei que sim- mais você não estava com o Pedro?

KD: eu estava, mais agora eu estou com o Cobra.

DD: esta historia não vai acabar bem.

KD: Dandara deixa que eu resolve isso.- eu continuei comendo o meu lanche enquanto a Dandara fazia uma cara de que não estava achando e um pouco legal o que eu estava comendo.

DD: que horas que vocês vão lá na academia falar com o Gael?

KD: no final do expediente.

BD: o que tem no final do expediente?- eu me assustei com a voz da Bianca cortando o ar da cozinha.

KD: o papai quer falar comigo?

BD: então e bom você se apressar por que a hora que eu desci da Ribalta o Duca já estava se despedindo dos alunos.- eu abandonei o meu lanche e foi ate o meu quarto e peguei o meu celular e voltei pra cozinha.

KD: ate mais tarde.- eu me despedi da Dandara e depois me despedi da Bianca.

DD: boa sorte, que vocês vão precisar?

KD: valeu Dandara – eu sai da cozinha e fui pra sala, mais antes eu consegui ouvir a Bianca perguntar pra Dandara o por que de vocês. Quando eu cheguei na rua eu vi que o QG já estava fechado e o Cobra estava me esperando do lado de fora e então eu fui em sua direção, mais quando me viu ele simplesmente veio correndo em minha direção com uma flor.- isso e meio romântico.

RC: você merece.- eu peguei a flor da mão dele.

KD: mais isso não faz o meu estilo.

RC: eu só queria que você relaxasse.

KD: e isso ajudou bastante.

RC: pronta- eu acenei que sim e ele pegou na minha mão e as cruzou e juntos fomos em direção a academia, quando chegamos o meu pai estava conversando com o Duca. Que assim que nos viu estranhou muito.

KD: oi Duca.

DM: oi e tchau- o Duca pegou a mochila dele e saiu deixando eu e o Cobra encarando o meu pai.

KD: oi pai- ele desviou o olhar para o Cobra.

GD: os dois podem, por favor, me acompanhar- o meu pai saiu andando em direção ao escritório e eu encarei o Cobra.

RC: você esta com medo?- ele me encarou.

KD: eu pouco e você?

RC: não importa o que aconteça eu sempre vou estar ao seu lado.

KD: valeu- eu o abracei e juntos nos dois fomos para o escritório do meu pai.