O Expresso Hogwarts chegou a estação de Hogsmeade quando já era noite, consequentemente, Alvo e Rose nada mais fizeram além de comer e dormir. Na manhã seguinte, porém, foram direto ter com a Diretora Minerva. Estava mais que na hora dela contar exatamente quem fora Coraline Von Ulf.

Pararam diante da porta guardada por um grifo. Rose disse a senha:

– Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A escada começou a girar e subir; eles saltaram para o primeiro degrau, aproveitando o movimento da escada, como se ela fosse uma escada rolante. Eles pararam diante da porta de madeira imensa, hesitando. A professora se recusara a contar a história para eles uma vez. Por que contaria agora?

– Já que já estamos aqui. - Rose disse, conformada com a missão diante deles.

Eles entraram. Encontram-na brigando com o notebook, tentando desvendar os mistérios da internet. Assim que os viu, Minerva guardou-o na gaveta.

– Em que posso ajudar vocês dois? - Perguntou.

– Senhora, precisamos que nos conte sobre Coraline Von Ulf. - Alvo foi direto ao assunto.

– Como disse a sua prima, Alvo, alguns segredos são melhores se mantidos guardados.

– Mas diretora, alguém está tentando abrir aquela porta! - Rose disse um tanto indignada. - E eles estão bem perto de conseguir!

– Minerva - o quadro do antigo diretor, Dumbledore, falou -, conte as crianças o que elas querem saber.

– Mas Dumbledore! - Ela retrucou. - Você sabe o que aconteceu a ela. Se essas crianças tentarem abrir a porta, morrerão. Eu não quero ser responsável por isso.

– Elas não tentarão, Minerva. Elas apenas querem saber, não é?

O quadro olhou para os dois. Alvo achava estranho eles conversarem com uma pintura como se a pessoa ainda estivesse ali, ao invés de morta há vinte anos. De qualquer forma, Rose e ele fizeram que sim, apesar de planejarem fazer alguma coisa a respeito depois de saírem dali.

– Pois bem. - Minerva conformou-se. - Vou contar, mas preciso começar com o que aconteceu um pouco antes:

Belsant Von Ulf foi uma mulher que, durante muito tempo, foi amiga de minha mãe. As duas se casaram no mesmo ano, tendo minha mãe casada com meu pai, e Belsant com Deon. Minha mãe sempre me disse que ele era um tanto estranho, reservado, cheio de segredos. Eu nunca me importei, é claro, até que recentemente descobri umas coisas sobre ele. Indiferente, eles foram os pais de Coraline Von Ulf.

Ela nasceu em 1935, no mesmo ano que eu. Por conseguinte, cursamos Hogwarts nos mesmos anos, de 1946 a 1953. Nós éramos melhores amigas; conversamos sempre sobre qualquer coisa. Uma vez chegamos a gostar de um mesmo menino, mas descobrimos que ele dava em cima de nós duas. (Rose riu nesta hora). Durante nosso segundo ano, encontramos uma entrada secreta, algo que nunca tínhamos visto antes; que ninguém tinha visto antes.

– O que é essa entrada? - Perguntei para Coraline; estávamos diante de uma porta imensa, de ferro e com o escudo da Slytherin muito bem desenhado no metal.

– Não tenho ideia. - Ela me respondeu.

Coraline era dona de uma beleza rara. Ela não tinha simplesmente uma aparência bonita, com olhos azuis de tempestade e cabelos da cor de trigo, mas tinha alma bela. Ela era carinhosa e atenciosa; sempre que um aluno pedia-lhe ajuda com uma matéria que não entendera direito, ela tinha paciência de ensinar sem zangar-se. Eu não sou capaz de me lembrar de uma única vez que ela gritou com alguém.

– Como abrimos? - Eu fui logo dizendo. (Neste ponto, Alvo surpreendeu-se. Não sabia que a diretora fora o tipo de aluna aventureira que quebravas as regras).

– Não sei. - Coraline me respondeu. - Mas talvez haja algum fantasma por aqui que possa saber.

Eu sabia o que de que fantasma ela falava: - Barão Sangrento.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Sim. Ele é o fantasma da Slytherin. Deve saber de algo. - Coraline confirmou. - Vamos.

Enquanto descíamos pelas escadas, discutimos as estratégias de como o faríamos falar. Nós duas pertencíamos a Gryffindor. A possibilidade de ele nos contar era mínima. Encontramos o Barão em um dos corredores.

– Senhor Barão! - Coraline cumprimentou-o com um sorriso tão brilhante quanto o sol. - Que bom que te encontramos aqui. Estava realmente querendo falar com o senhor.

– Senhorita Von Ulf! É sempre uma honra falar com a senhorita.

Notei que ele sorria. Ele realmente gostava de Coraline, sem dúvida iria nos ajudar.

– Eu encontrei recentemente uma porta um tanto estranha no quinto andar, sabe? No corredor dos quadros. - O sorriso do Barão desapareceu.

– Sei que porta está falando. E não, não faço ideia de como abri-la.

– Por favor, senhor Barão. - Ela colocou todo o charme que conseguia na voz. - Eu preciso saber, ou morro de curiosidade!

– Se você abrir aquela porta, irá realmente morrer. - Ela fitou-o com um brilho nos olhos; ele não resistiu: - Um simples Alorromora irá funcionar. Mas por favor, Coraline, não entre naquela porta. Não quero ser responsável pela morte de mais ninguém.

– Não se preocupe! - Ela disse.

Nós voltamos ao quinto andar. Paramos diante da porta e a abrimos. Ela dava no topo de uma escada em espiral de pedra, que descia pela escuridão até um ponto que não éramos capazes de ver. Nós retrancamos a porta, pois ainda tínhamos algumas aulas naquele dia.

Porém à noite voltamos até lá; e nunca me arrependi tanto.

De mãos dadas, descemos as escadas sendo iluminados apenas pela luz de nossas varinhas. Descemos apenas alguns metros e, ao olhar para cima, não mais víamos a luz que entrava pela porta. Continuamos descendo pelo que pareceu uma eternidade. A escada terminava em um corredor imenso, cuja outra ponta estava invisível para gente.

– Tem certeza que quer continuar? - Coraline me perguntou; ela estava com muito medo.

– Sim. - Eu estava muito animada com a aventura. - Vamos!

O corredor seguia em linha reta, virava para direita e esquerda; podíamos sentir que às vezes ele subia e outras, descia. Caminhamos naquele lugar por quase uma hora. Estávamos em uma gruta com desenhos rupestres nas paredes.

– Há magia aqui. - Coraline disse. - Posso sentir. - Ela tinha esse dom especial de conseguir sentir que havia magia em um lugar ou não; Dumbledore possuía esse dom também, pergunte a Harry, se não acredita. - Alguém mudou esse lugar. Esse não era o estado natural dessa caverna.

Foi então que encontramos a porta. Era feita de ferro, três vezes mais alta que nós duas. Havia doze vãos, onde uma pessoa poderia colocar doze varinhas.

– Incrível! - Eu disse.

– Sim. Eu sinto algo muito poderoso atrás dessa porta. - Coraline me informou. - Temos que abri-la.

– Mas como? Não temos pista de como o fazer. - Eu concordei, mas precisaríamos descobrir mais sobre ela.

Os anos foram passando rápido, com o passar do tempo eu fui esquecendo-me da porta e seus mistérios, mas não Coraline. Ela pesquisou em todos os livros da biblioteca da escola; pediu para sua mãe livros da Casa do Conhecimento, da qual ela era bibliotecária. Conversou com diversas pessoas, mas ninguém sabia nada sobre a porta. Nem mesmo seu pai. (Hoje em dia, Alvo e Rose, eu sei que ele mentiu).

Estávamos no sexto ano quando ela descobriu um objeto mágico muito poderoso capaz de abrir qualquer porta conhecido como a Chave do Reino. Tal objeto foi forjado junto com a Inglaterra, e foi dado a Athelstane, o Primeiro Rei da Inglaterra. Tal chave é capaz de abrir qualquer porta dentro do Reino Inglês, e, qualquer território que seja anexado ao nosso, também seria afetado pela magia da Chave.

Coraline, que já estava obcecada em abrir a porta, invadiu o Palácio Buckingham, roubou a Chave do Reino. Ela desceu pela escada e pelo corredor. Assim que eu soube o que ela tinha feito, sabia onde ela tinha ido.

Um time de Aurores foi comigo até a gruta onde estava a porta. Nós encontramos Coraline ali. Ela já estava morta e, como não foi possível descobrir a causa da morte, nós todos concluímos que ela tentou usar a Chave na porta, mas a porta revidou, matando-a com uma Maldição, ou que alguém a matou, mas nunca encontraram prova alguma de que havia outra pessoa com ela naquela gruta.

Um ano depois de sua morte, Belsant suicidou-se, pois vinha lutando contra depressão e não mais aguentou. Deon morreu anos depois de uma doença da qual não procurou cura.

Ela concluiu: - Desde então, eu procurei esquecer a culpa, e prometi que nunca mais alguém iria chegar àquela caverna. Por isso eu mesma selei com um feitiço inquebrável. - Minerva olhou para os dois, tentando ver se eles iriam ou não procurar pela porta; mas é claro que eles vão, ela pensou. - Eu vou pedir mais uma vez a vocês: não procurem a porta. Deixe esse segredo enterrado, como Coraline e a família Von Ulf.

– Sim, senhora. - Eles responderam juntos, mas de cabeça baixa, estavam um pouco envergonhados pelos segredos que desenterraram.

– Eu acho que o fantasma de Coraline está tentando nos mostrar à entrada. - Rose disse, assim que eles entraram na sala de aula.

– Eu também. - Alvo concordou. - Depois da aula, vamos fazer uma visita ao corredor dos quadros.

Um dia nunca passou tão devagar. As aulas foram maçantes, os seus colegas não conseguiam lhe distrair. Nem mesmo a faladeira resolveu seu problema. Foi apenas quando a última aula se encerrou e a Nova Ordem da Fênix estava reunida na Sala Precisa que Alvo sentiu-se bem.

Uma vez reunidos na sala precisa, Rose narrou o que Minerva havia dito.

– Ela não chegou a mencionar o sobrenome de Deon, não? - Rick disse.

– Agora que você mencionou, Rick, não. Ela não disse. - Alvo respondeu.

– Isso porque o sobrenome é Youngblood. - Ele assumiu sua cara misteriosa.

– O QUE?! - Todos perguntaram de uma única vez.

– Eu encontrei isso entre as coisas de meu pai. - Ele tirou com cuidado do bolso um papel muito velho e amarelado. - É a última página do diário de Deon Youngblood. Querem que eu leia?

– Mas é claro! - Respondeu antes de todos.

Ele começou:

... prover a uma alma imortalidade. É um feitiço extremamente complexo que requereria mais de um bruxo, mas acredito que posso eu mesmo conjurá-lo.

O primeiro passo é criar sete Horcrux humanas; escolhi sete bons receptáculos, todos com doze anos. Para se criar uma Horcrux é necessário assassinar pelo menos sete pessoas, para que sua alma seja partida, portanto, eu precisaria de sete sacrifícios. Fui então atrás de meus inimigos, um a um, e os prendi na masmorra do castelo que herdei de Salazar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Depois de preparar uma sala com todos os ingredientes, além também de marcações mágicas, me deparei com um novo conflito: meu filho. Ele tentou me impedir, entretanto eu não podia. Precisava daquilo, precisava viver para sempre.

Então fiz o feitiço e congelei os sete corpos, assim como o castelo, sob milhares de toneladas de neve mágica, que jamais derretia. Estava tudo pronto, no momento de minha morte, a parte principal da minha alma se uniria ao primeiro receptáculo e assim por diante, até que ela estivesse completa de novo, e eu poderia refazer o feitiço.

– Ele se tornou imortal? - Yanka perguntou estupefata. - Demais!

– Sim, tirando a parte que ele matou quatorze pessoas no processo. - Rose retrucou. - O que mais está escrito?

– A próxima anotação está escrita de esferográfica azul. - Rick disse. - E é datada de 1961. - Ele leu:

Meus momentos finais se aproximam. Posso sentir a Morte logo atrás de mim, esperando para ceifar minha alma. Ela é paciente, esperou mais de mil anos para finalmente levar-me. E vou de bom grado. Eu não mais tenho desejo de viver. A imortalidade trouxe-me o amor verdadeiro nos braços de Belsant, mas já faz oito anos que ela se foi. E nove que nossa filha, a amada Coraline, partiu para a outra vida.

Olhei para trás uma última vez, apenas para ver a foice do senhor da Morte cortando minha alma, e a levando para junto das pessoas que amo.

– Uau. - Todos disseram.

– Ele era bem dramático, não? - Rick comentou. - Deon deve ter mudado de nome a cada corpo que tomava, até que revelou-se para a esposa, Belsant. Ele foi enterrado como Deon Youngblood no cemitério de Godric’s Hollow. Meu pai me levou lá durante as férias de inverno.

– O máximo onde meu pai me levou nas férias foi para Londres, onde moro. - Yanka comentou, meio cabisbaixa.

– Certo... - Rick ironizou, o que deixou Alvo um tanto irritado.

– Não estamos discutindo nossas férias. - Alvo repreendeu Rick. - Enfim, agora mesmo estamos indo para o corredor dos quadros.

– Uma aventura! - Yanka soou animada.

– Sim, mas apenas eu e Rose iremos. - Ele olhou para amiga, mesmo sabendo que a deixaria triste se não a levasse. - É muito perigoso.

– E é por isso que eu vou. - Rick disse. - Dentre nós, sou o melhor bruxo. Conheço mais feitiços e sou capaz de nos defender.

– Pois bem, Rose, Rick e eu vamos. - Alvo disse. - Os outros ficarão de guarda.

Chegando ao corredor, onde muitos meses antes, o fantasma de Coraline mostrou a Rose o quadro pintado por ela e Minerva. Era impossível ver a parede por trás.

– Só pode ser o feitiço da Diretora para esconder a porta. - Rose deduziu. - A porta está aí atrás.

– Como abrimos? - Alvo perguntou.

Rose sacou sua varinha e disse: - Alorromora Duo.

Nada aconteceu. Frustrados, eles saíram de lá, e cada um seguiu para seu quarto. Na escada, eles se separaram. Alvo e Yanka seguiram para as masmorras e os outros para a torre da Gryffindor.

Enquanto caminhavam, Rose perguntou a Scorpius o que ele tinha feito durante as férias de inverno, enquanto Rick caminhava alguns passos atrás, entretido no celular. O menino respondeu vagamente, dizendo que viajou com o pai. Ela conhecia-o há algum tempo para saber que ele não era muito de falar e, por isso, era necessário forçar as palavras dele.

Scorpius contou que seu pai o levara para visitar o avô, Lucius. Ele disse que Harry Potter havia telefonado para o pai dele no primeiro domingo (Rose se lembrava do tio fazendo essa ligação da Austrália) e contou onde era a cabana em que Lucius estava. Disse, entretanto, que apenas o faria se Draco e seu filho tivessem suas mentes apagadas da localização. Feitiço que seria executado por Luna Lovegood. Eles concordaram.

O velho Malfoy nunca ficara tão feliz. Ver seu neto crescido, já estudando em Hogwarts. Lucius disse que sua alegria estava completa e que poderia encontrar-se com Narcisa feliz. Ele só não estava satisfeito com o emprego dado a Draco, mas era melhor do que ser jogado em Azkaban.

Rose viu uma lágrima escorrendo pelo rosto de Scorpius, que se recusou a contar o que o incomodava. Ela segurou em seu braço, esperou que Rick passasse por eles.

– O que há de errado, Scorpius?

– Não é nada, Rose. Não se preocupe.

– Eu sou sua amiga, não? - Ela retrucou. - Você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe?

– É minha família. Ela está aos poucos se destruindo. - Ele começou a soluçar; a menina teve um pouco de dificuldades para entendê-lo. - Ninguém mais respeita o nome Malfoy, não que eu me importe com isso, mas meu pai sim. Ele fica cada vez mais tempo no serviço e, quando chega cedo, está bêbado. Felizmente, minha mãe é durona e coloca-o pra dormir num segundo, mas aos poucos eles estão se separando. Eu queria que houvesse algo que eu pudesse fazer.

Rose abraçou-o, o que quebrou um tabu de gerações. Weasley e Malfoy são como água e óleo, não se misturam. Contudo, ali estavam eles, numa clara representação de amizade.

– Scorpius, eu também não posso te dizer o que você pode fazer. - Ela suspirou. - Mas de uma coisa eu sei: você irá limpar o nome Malfoy. Você já começou, afinal, nós somos amigos.

Ele sorriu para ela; seu sorriso aumentou ainda mais quando ela meteu-lhe um beijo na bochecha. Ele ficou estupefato, fitando uma parede sem entender, mas feliz. Rose foi para o quarto e deixou-o para trás; apenas depois de alguns minutos foi que ele realmente se mexeu para ir dormir.

_____________________________

A vez seguinte que o fantasma de Coraline Von Ulf apareceu na Escola foi para Yanka, que descia fora do horário para as masmorras, pois esquecera-se de um livro que usaria na aula. O fantasma estava diante do quadro da serpente gigante. Ela olhou para a pequena e veio em sua direção. Por instinto, Yanka desviou, apesar de Coraline não ser corpórea. A pequena sabia também que precisava segui-la.

Como imaginou, o fantasma foi até o corredor dos quadros, e parou diante daquele que ela e a Diretora haviam pintado. Ela enfiou a mão no quadro, Yanka gritou, pensando que ele rasgaria, mais uma vez esquecendo-se de que fantasmas não são sólidos. Coraline sorriu, e desapareceu.

A pequena foi até o quadro. Fitou-o por um instante no local em que Coraline enfiara a mão. Havia algo de estranho quando a luz tocava aquela região do quadro. Ela pegou sua própria varinha e aproximou a ponta do quadro. Usou o feitiço lumus para iluminar. Notou que, ao contrário do resto do quarto, a luz não estava sendo refletida no centro, mas sim atravessando-o.

Parte do quadro era uma ilusão!

Sem hesitar, ela enfiou a mão. Felizmente, o quadro não lutou contra. Ela sentia como se estivesse com a mão dentro de uma caixa. Tateou até encontrar a ponta de uma varinha. Tirou-a de seu esconderijo. O objeto em sua mão era um tanto diferente, mas era uma varinha. Na ponta grossa dela havia uma proteção circular, que dava a volta na mão dela; na ponta fina havia uma espécie de dente. Era uma chave, ou melhor, ela pensou: “É a Chave do Reino!”

Ela se afastou do quadro, apontou a Chave para porta e disse:

Alorromora.

O quadro desapareceu como uma miragem. A porta estava diante dela e, a melhor parte, aberta. Correu dali encontrar seus amigos. Ela descobriu o túnel secreto de Minerva e Coraline.