Carnaval no Mar da Capital

Primeiro Evento


Carnaval no Mar da Capital

Capítulo 2 - Primeiro Evento

"Nós vamos pular Carnaval o mês inteiro. Não. Fale. Nada. Quando todo mundo acordar, a gente vai dormir, combinado?"

Após receber um belo sorriso como resposta, Amanda me colocou para dentro.

– Quais são seus planos? – Ela questionou, ainda sorrindo, o tom de voz parecia levemente desafiador, como se ela duvidasse que eu fosse capaz de celebrar a vida.

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– Não sei. Quero que você os faça por mim – Pisquei. – Não entendo nada de Carnaval, cara. Não sei aonde ir, pra onde voltar...

– Quer ir em algum bloco? Estou indo pro Galinho com as meninas, semana que vem.

– O.k., então já temos planos para semana que vem. E hoje? E amanhã?

– Relaxa... Vamos vendo o que vai dar pra fazer. Quer mesmo sair todos os dias? Sabe que é inviável!

– Fala sério... Nem me venha com 'inviável'!

– Não, cara! É sério! Estamos de férias, mas não tenho pique de sair farreando toda noite. Vamos fazer uma programação possível... – O celular dela começou a tocar, o ringtone era uma música deliciosa de ouvir, Shiny Happy People. Realmente, a cara dela. Só queria que essa canção fosse uma realidade para hoje.

Meet me in the crowd
People, people
Throw your love around
Love me, love me

– Rapidão, vou atender aqui. – Ela correu para a varanda. Me joguei no peculiar sofá roxo da sala, imaginando o que poderíamos fazer. Amanda voltou correndo e se jogou no sofá ao meu lado, colocando o celular no viva-voz. Sussurrando para mim:

– Acho que já sei o que vamos fazer hoje! – E imediatamente voltou sua atenção para o telefone repousado em sua barriga – Qual é a ideia, Anna? – Ela perguntou para a pessoa do outro lado da linha.

"Vou dar mais uma daquelas festas, sabe? O de sempre. Karaokê, Just Dance, Blue Lagoon e meus amigos, o que inclui vocês dois."

– Ótimo! Mas isso é tipo, hoje? – Perguntei.

"Hoje! Agora! Coloquem roupas decentes, arrumem uma máscara e venham!"

– Certo, vamos ver o que podemos fazer. – Minha irmã chata falou antes de se despedir e desligar a chamada.

– Como assim "vamos ver o que podemos fazer"? – Perguntei indignado.

– Oras, deixa eu colocar uma roupa decente e a gente sai atrás dessas máscaras! – Olhei para o figurino da minha irmã, realmente, não era o melhor para uma festa surpresa de Carnaval. Elas estava usando moletom e boxers de Star Wars, infelizmente, sei que ela atenderia porta de casa até sem roupa. – Me ajuda aqui, vamos! Já estamos atrasados, vai ter uma galera lá!

Apressados e felizes, já estávamos em clima de festa, corremos para o quarto atrás de roupas decentes para Amanda. Ela colocou um vestido preto simples, com um salto quinze preto, coberto por taxinhas e coisas que se tornariam perigosas, caso ela queria chutar alguém. Ela realmente é boa em fazer maquiagens, decidimos gastar mais um tempo em casa trabalhando nas nossas 'máscaras' feitas de tinta. Ela seria o Paul Stanley¹ de vestido e eu o Gene Simmons², como ela disse, 'hipster'.

Prontos, saímos do prédio saltitando, de mãos dadas. Como se fossemos crianças e ela estivesse me levando para brincar no parquinho da escola.