Evanna Black

10 - At the Hog's Head


– Nós não estamos aprendendo nada com ela! – Exclama Mione assim que saímos da última do dia, DCAT. Uma semana se passou desde nossa conversa com Sirius na lareira. – Não estamos aprendendo a nos defender, e nem a passar nos NOMs.

– E o que você sugere Mione, contratar um professor particular para nos ensinar DCAT? – Pergunta Ron.

– Bem... mais ou menos isso – Do nada eu fiquei extremamente interessada. Mione parecia prestes a contar uma ideia que quebraria regras. – Eu pensei em formarmos um grupo. Poderíamos nos reunir escondidos e aprender a nos defender de verdade. – Estou chocada. Essa ideia é brilhante, mas quebra regras. Não que eu me importe com isso, é que a ideia veio da Mione!

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– Ta, Mione, mas quem iria nos ensinar? – Pergunta Harry.

– Você. – Ela diz simplesmente.

– Ah, ta, quem iria querer aprender comigo, eu sou pirado, lembram?

– Ãh, deixa eu ver. Como alunos já estão garantidos Eu, Ron, Mione, Fred, Jorge, Gina, Neville e sei que Luna Lovegood também toparia. Não seria uma turma muito grande, mas faria a diferença. – Eu respondo. – Sem falar na Cho.

– Mas por que vocês acham que eu serei um bom professor?

– Harry, você quer mesmo que eu faça outro discurso narrando tudo que você já fez desde o primeiro ano? – Ele pareceu entender à que eu me referia, ao discurso que eu fiz no trem pra explicar a ele o por quê de que ele não seria um bom monitor.

– Mas em muitas dessas situações, senão todas, foi pura sorte ou então eu tive ajuda.

– Mas você conhece os feitiços. – Diz Ron. – E nesse verão você não teve ajuda com os dois dementadores.

– Mas eu...

– Harry, assim parece até que você não nos conhece. Você sabe que vamos insistir até você topar, então poupe o seu fôlego! – Eu digo. Harry suspira.

– Tudo bem. – Eu, Ron e Mione comemoramos. – Mas como vocês esperam se reunir?

– A gente dá um jeito. – Diz Mione. – Agora é o seguinte: precisamos, sem espalhar suspeita, avisar as pessoas de confiança. Amanhã poderemos ir a Hogsmead, podemos nos reunir no cabeça de javali, um pub um pouco mais afastado do povoado. Lá podemos explicar tudo melhor e ver quem topa.

– Então está combinado. – Eu digo, então encerramos o assunto ao entrarmos no salão principal para almoçar.

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Aee, hoje finalmente vamos fazer algo que faça DCAT prestar para algo! Bem, vamos dar a iniciativa, depois tudo vai depender de quem topar ou não...

– Hermione, quantas pessoas vão vir? – Perguntou Harry a Mione. Havíamos acabado de chegar ao Cabeça de Javali e estávamos esperando o pessoal.

– Cerca de meia dúzia. Ah, olha, devem ser eles! – Ela respondeu ao mesmo tempo em que a porta do pub se abriu.

Primeiro entrou Neville com Dino e Lilá, seguidos de perto por Parvati e Padma Patil com (reparei que Harry corou um pouco) Cho e uma amiga dela, então (sozinha e parecendo tão sonhadora que poderia ter entrado por acaso) Luna Lovegood; depois Katie Bell e Angelina Johnson, Colin e Dênis Creevey, Ernesto Macmillan, Justino Finch-Fletchley, Ana Abbott, e uma garota da Hufflepuff, com uma longa trança descendo pelas costas, que o nome eu não faço ideia; três garotos da Ravenclaw que eu acho que se chamam Antônio Goldstein, Miguel Corner e Terêncio Boot, Gina, seguida de um garoto loiro que reconheci como jogador do time de quadribol da Hufflepuff e, fechando a fila, Fred e Jorge Weasley com o amigo Lino Jordan, todos três carregando sacolas da Zonko’s.

– Meia dúzia de pessoas, aham. – Eu digo para os meus amigos. – Sabe Mione, achei que fosse melhor em matemática. Meia dúzia significa seis, e aqui tem 24, que equivale a duas dúzias. – Os três me encararam um pouco surpresos. – Que é? Isso é Matemática básica, eu nunca falei que sempre gostei dessa matéria?

Sim, eu sempre gostei de Matemática, me julguem u-u

As pessoas foram se acomodando nas cadeiras, não pude deixar de reparar que além do nosso grupo havia uma bruxa coberta por uma capa, mas é baixa demais para ser a Umbridge, então não tem com o quê se preocupar.

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Quando todos estão sentados e nos encarando, Mione se manifesta.

– Hum, é... oi! – Ela diz um tanto tímida. Sinceramente, ela deveria deixar que EU falasse, nunca tive problema nenhum em falar com uma multidão. – Bem, vocês sabem porque estão aqui e, bem, nós tivemos a ideia. – Eu, Harry e Ron fuzilamos Hermione com o olhar. – Eu tive a ideia, mas eles concordaram, e isso vocês não podem negar. – Ela diz a última parte encarando nós três. – De criar... um grupo, onde poderíamos aprender, realmente aprender, a nos defender. Porque, creio eu, que ninguém aqui esteja se contentando com aquela maneira patética de ensino da Umbridge. – Houveram vários murmúrios em concordância. – E com isso quero dizer aprender na prática, e não só na teoria.

— Mas acho que você também quer passar no N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas, não? — perguntou Miguel Corner.

— Claro que quero — respondeu Hermione imediatamente. — Mas, mais do que isso, quero receber treinamento em defesa adequado porque... porque... — ela tomou fôlego e concluiu — porque Lord Voldemort retornou.

Alguns arregalaram os olhos, outros exclamaram surpresos, outros se remexeram na cadeira. Aquelas típicas reações ao ouvir o nome de Voldemort. Mas eu sendo eu, claro que tive uma reação completamente diferente, né?

– Oh meu Merlin, Hermione Granger falou o nome de Voldemort pela primeira vez, minha gente, isso é um milagre! – Meus amigos, mais Fred e Jorge, riram do meu comentário. Os outros reagiram novamente da maneira típica ao ouvir a mim pronunciando o nome de Voldemort.

— Bom... pelo menos este é o plano — disse Hermione. — Se vocês quiserem se juntar a nós, precisamos resolver como vamos...

— E cadê a prova de que Você-Sabe-Quem retornou? — perguntou o jogador loiro da Hufflepuff, num tom bem agressivo.

— Bom, Dumbledore acredita que sim... — começou Hermione.

— Você quer dizer que Dumbledore acredita nele — interrompeu o garoto loiro, indicando Harry com a cabeça.

— Quem é você? — Eu perguntei sem nem me importar se estava sendo educada ou não.

— Zacarias Smith, e acho que tenho o direito de saber exatamente o que faz você afirmar que Você-Sabe-Quem retornou.

— Olhe — respondeu Hermione, intervindo rapidamente, pois ela sabia que eu poderia pular em cima desse garoto a qualquer momento — não foi bem para tratar desse assunto que organizamos a reunião...

— O que me faz afirmar que Você-Sabe-Quem retornou? — Harry se manifestou, encarando Zacarias nos olhos. — Eu o vi. Mas Dumbledore contou a toda a escola o que aconteceu no ano passado, e, se você não acreditou nele, também não vai acreditar em mim, e não vou perder a tarde tentando convencer ninguém.

— Só o que Dumbledore nos contou no ano passado foi que Cedrico Diggory foi morto por Você-Sabe-Quem, e que você trouxe o cadáver de volta a Hogwarts. Ele não nos deu detalhes, não nos contou exatamente como Cedrico foi morto, acho que todos gostariam de ouvir...

— Se você veio ouvir, exatamente, como é que Voldemort mata alguém, eu não vou poder ajudá-lo. — Harry estava realmente irritado. — Não quero falar sobre Cedrico Diggory, está bem? Portanto, se é para isto que você veio, é melhor ir embora.

O clima ficou bem tenso, o silêncio foi quebrado um pouco depois, pela garota de trança da Hufflepuff.

– É verdade que você sabe produzir um patrono? – Ela perguntou se dirigindo a Harry.

– Sou. – Disse Harry, claramente na defensiva.

– Um patrono corpóreo?

– Hum... você conhece madame Bones?

– Sim, é minha tia, sou Suzanna Bones. Ela me disse como foi sua audiência. É verdade que você produz um patrono em forma de cervo?

– Sim. – Harry respondeu dessa vez um tanto sem graça. Todos pareceram admirados, menos os gêmeos Weasley, eles assim como Ron, Mione e eu sabiam disso.

— E você matou um basilisco com aquela espada que fica na sala de Dumbledore? — perguntou Terêncio Boot. — Foi o que um dos quadros na parede me contou quando estive lá no ano passado...

— Hum... é, matei, sim.

— E no nosso primeiro ano — contou Neville ao grupo — , ele salvou a Pedra
Teosofal...

— Filosofal — sibilou Hermione.

— Isso... das mãos de Você-Sabe-Quem — concluiu Neville.

— E isso para não mencionar — disse Cho, e Harry se virou pra ela corando, é o amooor! — todas as tarefas que ele precisou realizar no Torneio Tribruxo no ano passado: passar por dragões, sereianos e acromântulas e outros seres...

– É, pessoal, eu sei que ouvindo assim parece até que eu sou uma reencarnação de Merlin. – Alguns riram, e isso inclui a mim. – mas em muitas situações eu tive ajuda, ou sorte.

– Harry, não começa! - Eu disse. – Ninguém está te pedindo pra achar Voldemort e matar ele, só estamos te pedindo pra nos ensinar a nos defender, e disso você entende bastante! – A concordância foi geral dessa vez. – Então, estão todos de acordo com Harry nos ensinar? – Alguns assentiram com a cabeça, outros murmuraram em concordância, outros já quase gritaram que sim. – Ótimo, e você Harry? – Eu conheço Harry, ele não ousaria discordar depois disso.

– Tudo bem. – Ele disse.

– Então ta. – Começou Mione. – Agora... temos que decidir onde nos encontrar.

Todos ficaram quietos. Depois de um tempo vieram algumas sugestões, como a biblioteca, alguma sala fora de uso, até a casa dos gritos. Mas nenhuma das opções parecia ser realmente viável. Até que eu me lembrei de uma coisa.

– Gente, eu conheço um lugar perfeito.