Chamem os Bombeiros

A Guerra que abalou a Terra! - Capítulo extra!


Sugestão de trilha: Death Work – Code Geass R2 – OST

— Avance mais um pouco. Mande disparar os dois mísseis!

E todos respondem:

— Sim, senhor!

— Capitão Ernesto, não é possível atacar o lado noroeste da base...

— COMO NÃO? – grito com um dos comandantes da equipe.

— Eles estão em número muito maior que nós! – me diz o magrelo cinzento que sempre discorda das minhas ordens.

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— Dane-se!

— Mas, senhor!

— Então, vamos partir para o plano B!

— Senhor! Quer que coloque biscoitos no meio da munição?

— Guarde-os por enquanto, Maria Ângela. – digo para a minha secretária. Uau, ela está bem perfumada hoje. Preste atenção, idiota! Não posso perder desse peludo! Não desta vez!

— Tropa, plano B!!!!

— Sim, senhor.

Sou Ernesto Stradivarius, o herói que uniu todos os felinos do mundo. O meu plano é dominar a Terra, onde humanos e cães nos sirvam. Aliás, eles serão nossos escravos. Muaaaaaaaaaaahhhhhh (risada maligna). O plano está indo a contento.

E como cheguei até aqui? Contarei brevemente a minha história...

Ninguém aguentava mais escutar: “Gatos são do mal”, que somos interesseiros, perversos. Aos poucos, através das minhas visões e as benções Dela, fui reconhecido como o ser mais poderoso entre os felinos!

Em um dos meus sonhos, Ela disse:

— Ernesto, você é meu escolhido para unir todos os gatos dessa Terra e fazer desse mundo só nosso!

— Mas como? Sou um simples gato de apartamento. – desabafei.

— Chegarás o momento que seu chamado será tão contundente que não terá como escapar!

E sumiu.

Naquela manhã fria, a humana ficou compadecida comigo quando me viu com olhar choroso quando levava aquele saco peludo para passear.

— Venha também, Ernesto! Vou te colocar em um cestinho e você vai passear conosco.

Mas algo no caminho aconteceu... O cestinho se abriu e sai correndo. E em alta velocidade! Não sabia o porquê estava fazendo, mas que era o certo. Vi a humana e o saco peludo correrem atrás de mim. Deveria ir longe deles, mas não sabia o porquê. Em um beco escuro, Ela apareceu. A Senhora dos Gatos, Bastet.

— Receberás um dom, que se não for bem usado, poderá se tornar uma maldição, Ernesto.

Senti-me como fosse invadido por um raio e assim meu poder se multiplicou ao ponto máximo. Quase desmaiei, mas Ela me segurou e disse:

— Teste com aquele rato!

Então, fiquei ereto e encarei o bicho no fundo de seus olhos:

— Dance Drum’n’bass!

De repente, aquele bicho fazia passos estranhos, como tivesse em transe e em uma rave.

— Muito bem! Agora corra o mundo e una todos os felinos!

— Sim, senhora. – e fiz uma reverência.

E parti. Parti para o mundo. Hoje, estou à frente de uma legião de gatos para atacar a base suprema dos caninos que tem como líder...

****

Sugestão de trilha: All-out atacks – Code Geass R2 - OST

— Gato impertinente! – vejo-o com aquela nave tranqueira investindo contra a minha base pelo noroeste.

— Capitão Mozart, o que faremos? – pergunta o meu segundo secretário.

— Não é para se desesperar, entendeu? Joguem sardinhas frescas...

— O QUÊ? – grita a minha equipe.

Francamente, será que tudo tenho que pensar?

Eu, Mozart Wolfgang, o líder dos caninos não deixarei passar esse bando de comedores de peixe. Além de proteger meus companheiros, a humanidade também conta comigo. Sou um majestoso golden retriever, vestido de forma magnífica. O único porém: tenho apenas um olho. O vácuo do globo ocular é disfarçado pelo meu tapa-olho. E sabe como o perdi? Por causa desse gato imbecil! Em uma das nossas lutas corporais, quando a minha frota estava ferida e cansada, como um bom traiçoeiro, ele me atacou por trás. Aquelas garras afiadas apoiaram dentro do meu olho. Maldito seja! Ernesto, você irá perder bem mais do que um olho!

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Voltando ao momento crucial de nossa batalha, revido a minha equipe e grito:

— O QUE ESTÃO ESPERANDO?

— É para já, senhor! – e todos batem continência para minha pessoa. Aliás, para mim.

Estou no centro da base, comando tudo e todos. Tenho à disposição várias câmaras que me dão todos os ângulos da minha base. Hoje, ele não me esca...

Mas o que é isso? Então, só posso ver os integrantes da minha equipe correndo e trombando como loucos e entre si por... ração?

— É para jogar as sardinhas, malditos! Como vocês podem ficar tão transloucados por... RAÇÃO?

— Pois é! - fala o meu subsecretário, o fila mal-humorado, Beethoven. – Eu disse, Capitão... – ele se vira para mim e completa: - o senhor só reuniu os integrantes mais esfomeados.

— CALE-SE! Vá lá agora e os ordene para soltarem as sardinhas! AGORA!

— Capitão Mozart... - me chama o meu mais fiel conselheiro, Haydn, o velho São-Bernardo que viu tudo nessa vida. – Se fosse o senhor colocaria algo mais perigoso que sardinhas...

— O que seria, sir Haydn?

— Caixinhas de papelão... É impossível um gato não ficar indiferente a uma caixa de papelão... – e finaliza com um sorriso enquanto alisa sua barba.

Suspiro e penso: “Cacete, por que não pensei nisso antes?”.

— Cavaleiros Caninos! – todos param e ficam atentos ao que vou dizer. Continuo: - Disparem caixas de papelão! De todos os tipos!

A trupe arregala os olhos! E dizem ao mesmo tempo:

— Sim, senhor!

*****

Sugestão de trilha: States of Emergency – Code Geass R2 - OST

Rio de forma sinistra. Vejo aquele bando de peludos famintos se tropeçarem entre si por uma simples porção de ... ração! Hahahahaha! (risada maléfica).

— Capitão Ernesto! Seguimos para qual caminho? – indaga o subgeneral, Adoniran.

— PARA O NOROES...

E para meu desespero, caem do céu, milhares e milhares de caixas de papelão. E como são lindas... Quero aquela que tem bolinhas! (olhos vidrados) Veja aquela quadriculada. Oh, meus olhos ficam até úmidos quando fito a retangular.

— Capitão, podemos pegar?

— Mas é cla... NÃO!

— Isso é uma armadilha, imbecis! Recuem e vamos atacar pelo sudeste!

— SIM, SENHOR!

— Capitão? Há uma chamada na tela principal.

— Quem é? Chamada a essa hora?

— Até ele tem assistido o Jailson Mendes. – escuto um dos escudeiros dizer baixinho.

— Calado, rapaz! – viro-me para minha secretária e indago: - Diga quem é Maria Ângela.

— É uma chamada exterior...

Silêncio na sala de comando. Respiração presa. Só pode ser ele... Aquele maldito que tenta tirar toda a minha dignidade! MALDITO SEJA!

— Aceite. – digo com a voz quase sumindo.

E então, no monitor central vejo aquele que nunca gostaria mais de encarar na minha vida...

— Ernesto! Se renda!

É o capitão Mozart Wolfgang.

— JAMAIS! – digo. – Tenho uma tropa que é o suficiente para acabar com a sua!

— Rá! Isso que você pensa, seu energúmeno!

Subo na minha cadeira e grito:

— Que saiba o único energúmeno é VOCÊ!

E para o meu desespero, todos os monitores são invadidos pela sua imagem.

— Hahahahaha! Hahahahahah – ri com gosto e em todos os lados que viro só dá ele!

Como isso é possível?

— Será praticamente inviável escapar de mim!

— Isso é que você pensa! – pulo da cadeira, tropeço e caio rolando pela sala de comando.

******

Sugestão de trilha: Across the bordeline – Code Geass R2 OST

— Ernesto?

“Abro os olhos sonolentos. Meu corpo está pesado. E não sei muito bem onde estou”.

— Ernesto? Você está bem?

“E quando viro a minha cabeça dou de cara com a humana. Ela apresenta uma feição preocupada e sabe-se lá o que está pensando. Olho para os lados e aí entendo que foi tudo um sonho... infelizmente! Mas sinto um cheiro insolente, como invadisse meu nariz sem pedir permissão! Ele e aquele maldito espaguete vermelho! Com aquela língua para fora, arfando como estivesse debochando de mim”.

— Você caiu da sua árvore, meu amor? – indaga a humana.

“Droga! Como isso é possível? Logo agora que poderia tomar todo o mundo só para mim!”.

— Ernesto, querido, você precisa tomar mais cuidado.

’Viu, idiota? Viu isso? Ela me beija e me abraça porque sou cheiroso! E você?’, mio. E ele continua olhando com uma cara tão debochada. E daí late. Como é estúpido! Até o modo que eles se comunicam é tosco! Já viu algum cachorro latir bonito? Eu nunca! Em todos esses anos felinos!

Ele chega mais perto de mim e tenta se amparar no braço da humana. Ciumento! Invejoso! Faço fizzzz para o fedorento! E me descontrolo, a tal ponto, que por pouco faço um estrago com os braços e o rosto da minha dona”.

— Ernesto, o que isso?

“E numa tacada só pulo para o alto da minha árvore! Ao menos, tenho algo que só eu posso dominar.

Ele se levanta e faz uma cara que como dissesse: ‘Você está fodido... ainda te pego!’.

Corro para a minha casinha e fico lá na espreita. ‘Você que pensa... antes vou arrancar o seu olho direito!’, mio. Olha! Acho o imbecil entendeu, porque rosnou para mim!”.

— Mozart! Para de provocar o Ernesto. Ele é amigo!

*****

Suspiro, resignada... Preciso pensar alguma forma de fazer esses dois ficarem amigos. Será que consigo algum dia desses? Ah, Giovanna, habilidade para fazer reportagens cabeludas e perigosas, você tem, mas para dominar um gato e um cachorro, acho que não.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.