Invisible Play - Game Over

Guerra - Sacrifício


Kurokawa chamou por aquela coisa sabendo que ela viria. Algo escuro e disforme começou a se manifestar ao seu lado:

—Vamos fazer um acordo.

Aquilo riu por alguns instantes até perceber que o ódio que corria nos olhos de Kurokawa:

—Desculpa, eu simplesmente não consigo evitar rir quando vejo você vindo implorar por minha ajuda.

Kurokawa imediatamente agarrou o pescoço daquilo e tentou sufoca-lo sem sequer dizer nada. Ele exibia olhos frios e sem vida, toda a bondade e gentiliza havia abandonado aquela casca vazia:

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—Temos um acordo. -Respondeu aquilo. -E já agora, você não pode me matar, eu sou simplesmente uma parte das suas memórias, eu sequer possuo um corpo físico.

Kurokawa afastou suas mãos:

—Eu quero força para matar os pecados, para dizima-los, até não sobrar nada além de poeira..

—Você sabe qual é o preço que vai pagar por isso, certo? -Sorriu aquilo. -Você sabe o que terá que sacrificar para ganhar essa força?

—Não importa, apenas me dê.

Aquilo sorriu uma última vez e estendeu sua mão na direção de Kurokawa:

—Feche os seus olhos...

Kurokawa obedeceu aquela ordem e sentiu sua consciência se dissipar. Entrando em um sono cada vez mais profundo, ele assumia lentamente a posição de observador enquanto perdia o controle de seu corpo:

—Bons sonhos... -Disse aquela coisa desaparecendo.

Ao abrir os seus olhos, o humano chamado Kurokawa já não habitava mais aquele corpo. Ele deixou suas mãos deslizarem pelo seu rosto lentamente enquanto sentia sua pele. Ele balançou seus braços e revirou seus olhos enquanto deliciava-se experimentando todos os movimentos possíveis:

—Fazia tempo que eu não controlava este corpo...

Aquilo era uma existência extremamente complicada, apesar de aproveitar cada gota de sangue do inimigo e ser extremamente violento, ele também perdia tempo com coisas extremamente fúteis. Enquanto pensava sobre sua suposta vida, ele chegou a conclusão de que precisava de um nome:

—Nunca tinha chegado a pensar sobre isso, talvez porque nunca precisei... -Falou ele. -Um nome...

Sua mente trabalhou procurando o nome mais apropriado e finalmente encontrou um resultado:

—Caim....É um bom nome...

Ele rapidamente focou-se no seu objetivo inicial e observou os pecados ao longe:

—Eles parecem ser bem fortes, parece que eu vou precisar daquela espada.

Ele tentou sacar a Eclipse e teve sua mão perfurada pela energia da espada que claramente o recusava:

—Você não é Kurokawa...Você não é digno de usar esta arma... -Afirmaram Hikari e Yami.

Ele sorriu:

—Que lindo, quem deu a vocês o direito de falarem?

A ferida em sua mão curou-se instantaneamente e ele novamente tentou pegar a Eclipse. Sua pele ia sendo rasgada enquanto sua mão se aproximava da espada mas dor não significava nada para ele, após fazer mais força em sua mão, ele finalmente segurou a Eclipse. Ele começou a comprimir a existência de Hikari e Yami no interior da espada com sua energia.

As duas gritavam em dor, demonstrando quão doloroso aquilo era. Ele parou de usar sua energia daquela forma cruel:

—Espero que esteja claro agora, quem tem o controle da situação.

Ele fez um simples balanço de mão com a Eclipse e derrubou metade da floresta a sua volta, o que atraiu a atenção dos pecados:

—Ops... -Riu ele. -Não que faça diferença eles saberem que eu estou aqui ou não...

Ele apoiou seu pé no chão e focou seus inimigos:

—Vamos lá!

A força que ele exerceu em seu primeiro movimento foi grande o suficiente para quebrar seu pé e destruir tudo o que estava a sua volta. Ele disparou na direção dos pecados numa velocidade tão absurda que seu corpo simplesmente não conseguiu parar. Ele perdeu o controle e voou até chocar-se contra uma grande massa rochosa:

—Eu vou demorar um pouco até me acostumar com esse corpo de novo...

Os pecados apenas observavam-no:

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—O que aquele retardado está fazendo? -Perguntou Sodoma.

Caim apoiou seu pé no chão novamente e se preparou para disparar novamente:

—Segunda tentativa.

Mais forte que antes, sua velocidade era absurda ao ponto de parecer que tudo a sua volta havia congelado. Gorman piscou e viu aquele homem reduzir uma distância gigantesca a apenas alguns metros:

—Que merda foi essa? -Pensou Gorman bloqueando o ataque de Caim.

Quando o corpo dos dois se chocaram uma gigantesca explosão formou-se devastando tudo a volta. Quando a poeira baixou, apenas os pecados e Caim estavam de pé. Ele observou seu braço totalmente destruído pelo impacto e reclamou:

—Seu braço é realmente duro, cara.

Os pecados rapidamente dividiram-se e preparam-se para atacar:

—Calma, calma. -Sorriu Caim. -Eu não quero lutar com todos vocês, eu só quero saber uma coisa: Há um bom tempo atrás, vocês caçaram e mataram Lyonel junto de um outro pirralho, eu poderia saber quem fez isso?

Sodoma rapidamente adotou uma postura provocativa:

—Como se eu me lembrasse de todos os lixos que eu mato. Mas mesmo assim, e se eu te dissesse que foi eu? O que você faria, pirralho?

Caim sorriu:

—Nesse caso, eu teria que...

Ele avançou numa velocidade três vezes maior que a de antes e arremessou Sodoma voando centenas de metros para longe dali. O impacto da mão de Caim estremeceu o ar a e voltou a destruir seu pulso:

—Te matar...

Sodoma levantou-se imediatamente ao chocar-se contra o chão, cuspiu uma boa quantidade de sangue por sua boca e projetou duas poderosas espadas em suas mãos:

—Eu vou te matar.

Sodoma avançou na direção de Caim com furia dando cor a seus olhos enquanto Caim sacava a Eclipse. Um grito foi emitido quando as espadas de Sodoma estavam prestes a decapitar Caim, e a Eclipse estava prestes a dividir Sodoma em dois:

—Parem. -Disse o pecado da luxúria.

Sodoma imediatamente retrucou:

—Mas chefe, eu posso dar conta...

—Parem! -Repetiu ele.

Sodoma percebendo a seriedade da voz de seu líder, apenas recuou insatisfeito. O pecado da luxúria caminhou lentamente na direção de Caim, conforme ele se aproximava, a atmosfera ficava mais carregada por sua presença aterrorizante. Caim quase não conseguia respirar:

—Eu sou o líder dos Pecados Capitais, o pecado da luxúria.

—E eu sou...

Antes mesmo de terminar sua frase, Caim expeliu sangue pela sua boca e sentiu suas pernas falharem, o que o fez cair no chão indefeso. Tudo o que o pecado da luxúria havia feito para isso acontecer era ter mandado uma onda de energia naquela direção:

—Não precisa se apresentar. Seu nome não faz diferença porque você vai morrer e ser esquecido aqui.

Caim retrucou enquanto vomitava sangue:

—Seu...filho de uma mãe....arrogante...

Ele ficou pé diante daquela figura e tentou caminhar em sua direção. Conforme ele se aproximava, ele sofria cada vez mais a pressão daquele homem e sua consciência quase desaparecia. Sangue começou a escorrer por seu nariz, olhos e boca quando ele estava a apenas alguns metros do pecado. Ele deu um pequeno impulso para frente e desferiu um soco com as suas últimas forças.

Sua mão ao tocar o peito daquele homem simplesmente explodiu e arremessou seu corpo para longe:

—Patético. -Comentou o líder dos pecados.

Caim ao afastar-se um pouco daquele homem, começou a rapidamente regenerar suas feridas e a entender o que tinha acontecido:

—Esse cara é o absurdo em pessoa...ele tem tanta energia no corpo dele que ela simplesmente escapa e fica flutuando a sua volta. Por isso, é difícil até mesmo respirar perto dele porque o ar fica sobrecarregado de energia. E não só, quando eu toquei o corpo dele, minha mão simplesmente explodiu porque uma pequena quantidade de energia dele entrou na minha mão e meu corpo não foi capaz de suportar. Que monstro...

Caim começou a rir:

—Isso vai ser divertido...

Sua risada foi tornando-se cada vez mais bizarra e sua sanidade lentamente desapareceu. Ele colocou seus braços no chão e adotou a postura de uma besta. Naquele ponto, a Eclipse não era mais útil e por isso ele apenas usou sua energia para criar uma armadura para o seu corpo junto de garras para suas mãos. Ele disparou na direção do pecado luxúria como um animal e tentou corta-lo. Ao aproximar-se, ele perdeu todo a sua velocidade e ao tocar o corpo de seu inimigo sua mão voltou a explodir.

Ele foi arremessado para longe mas levantou-se imediatamente com seus ferimentos curados e disparou de novo. Ele pulou e tentou morder o pescoço de seu adversário. Quando seus dente tocaram a pele inimiga, sua mandíbula foi explodida. Ele regenerou-se instantaneamente e tentou chutá-lo, o que resultou em sua perna sendo explodida.

Caim deu um pulo para trás e se preparou para mais um ataque. Ele avançou muito mais rápido que antes e desferiu um ataque com suas garras. Sua mão imediatamente explodiu mas Sodoma percebeu algo estranho, seu corpo não foi arremessado para longe. Caim balançou seu braço para trás e repetiu o mesmo movimento, só que duas vezes mais forte que antes. Sua mão estava prestes a perfurar a pele do pecado da luxúria quando seu braço for decepado:

—Você não precisa perder o seu tempo com este ser insignificante, mestre. -Disse Sodoma limpando o sangue de sua espada. -Eu posso lidar com ele.

—Nós temos que ir, líder. -Disse Gorman. -Ainda temos que fazer algumas coisas.

O pecado da luxúria acabou por concordar enquanto se retirava:

—Então eu deixo isso com você, Sodoma.

—Eu terminarei isso e logo estarei com vocês, chefe. -Respondeu Sodoma.

Sodoma olhou aquela criatura parada na sua frente e pensou em suas ações:

—Ainda bem que eu intervim, por um segundo, pareceu que aquele ataque dele realmente iria ferir o mestre...Esse cara é um monstro...

Caim reganhou parte de sua consciência ao perceber que a maior ameaça estava indo embora:

—Que pena...eu realmente queria matar aquele cara. -Lamentou ele. -Mas você era o meu alvo inicial de qualquer forma, então vamos ao que importa.

Caim levantou-se e segurou a Eclipse em uma das suas mãos:

—Me entretenha.