O Lago do Cisne

Phoenix, O Soldado Imortal


Phoenix tinha uma origem humilde. Era filho de serviçais do Santuário, sua mãe faleceu de doença, deixando-o sozinho com sua irmã e seu pai, o mesmo também veio a morrer poucos anos depois em um assalto, restando apenas ele e sua irmã. Sendo o mais velho e sabendo que um dia o pouco dinheiro deixado por seus pais se esgotaria, na primeira oportunidade que viu, Phoenix abandonou sua amada casa e se aventurou no exercito ateniense.

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Não demorou muito para se adaptar, sabia que naquele mundo só os fortes sobreviviam, sentiu isso na pela em muitos momentos da sua vida. Se tornou um soldado, como o planejado, a guerra era sua vida, seu sustento, não só o seu, como o de sua irmã, que ficou em casa, em uma pequena vila perto do Santuário.

Passou anos no exercito, chegando ao cargo de General e no ápice de sua carreira militar recebeu uma maldição com a faceta de bênção. Em uma batalha muito importante, em que as cidades-estado de Atenas e Esparta estavam em jogo, Phoenix colocou tudo a perder para salvar a vida de fiéis e bravos soldados, que ao serem resgatados, fizeram uma diferença hercúlea na batalha. Phoenix liderou seus guerreiros na vitória, mesmo que a poucos instantes os tivesse liderando na derrota. Ares, deus da guerra, observava tudo e decidiu dar um presente ao guerreiro.

Phoenix se tornou imortal, um homem que jamais teria a morte como inimiga, não importava a forma com que julgavam tê-lo matado, ele sempre voltava são e cheio de ódio. Nada o atingia, nada o matava, nem mesmo nas horas em que ele mais desejou a morte, ela veio buscá-lo. O que um dia foi considerado uma bênção, se tornou uma maldição aos olhos do jovem general, chegou a se perguntar se era alguma espécie de castigo por algo que fez. Nem morrer gloriosamente ao lado de seus subordinados e amigos lhe era permitido.

O General Phoenix se tornou famoso por nunca morrer, não importava o quão grave eram suas feridas ou o quão perto a morte estava, ele se curava e prosseguia no campo de batalha, geralmente com chamas o envolvendo. Tais relatos chamaram a atenção daqueles que residiam no Santuário, que partiram a sua procura.

Meses se passaram até que Phoenix voltasse a Atenas e, consequentemente, voltasse ao Santuário. Uma amazona de cabelos castanhos, estranhamente esverdeados, foi designada para mostrar-lhe o local, sentiu que a conhecia, só não lembrava quando e onde. Foi apresentado a cada um dos Aspirantes e Cavaleiros, acabou descobrindo que, com o treinamento certo, ele seria o próximo Cavaleiro de Leão, pois seu antecessor havia falecido meses atrás em um anoitecer. A Amazona ditou regras, normas, costumes e lembretes, por fim calou-se e virou-se de frente para ele.

¬ Muito bem, Ikki. - Phoenix não acreditou por um momento. - Seu treinamento começa amanhã cedo com Leander, o filho do falecido Cavaleiro de Leão.

¬ Andrômeda!? - se a Amazona não usasse máscara, o homem a sua frente veria seu sorriso.

¬ É bom lhe ver bem, meu irmão. - a Amazona o abraçou sem pudor e foi retribuída.

¬ Você cresceu, se tornou uma mulher. - disse com uma alegria muito mal contida. - Mal lhe reconheci e com essa máscara então. - a Amazona riu e se afastou.

¬ Continua protetor e amoroso em demasia.

¬ Sou seu irmão! - ditou o óbvio. - Tenho que ser protetor e amoroso!

Ela riu. Os dois passaram o dia juntos, faziam tanto tempo que não se viam, só quando voltaram para casa é que a Amazona se deu o luxo de retirar a máscara. Não tirou no Santuário por respeito, mas ele Phoenix era seu irmão, tirar a máscara na frente do rapaz não mataria ninguém, só seu irmão, que ficou preocupado em quão bela sua irmã ficou, devia ser cortejada a todo instante e isso não o agradava. Sua irmã era tudo para ele, não gostava de dividi-la com ninguém, a moça não gostava muito do comportamento do irmão, mas era impossível não amar o jeito protetor e rabugento de Phoenix.

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¬ E então? - perguntou a mesa onde jantava com a irmã. - Como se tornou uma Amazona? O que tem acontecido desde que fui embora? Alguém lhe cortejou? - a última parte saio meio ácida.

¬ Bem... - engoliu o alimento antes de responder. - Eu não queria ficar dependendo de você, então comecei a trabalhar como serva no Santuário e devo dizer que me meti em muitas brigas, brigas que me deram experiência, não gostava do modo como os “Aspirantes” tratavam os servos. - Phoenix estreitou o olhar. - Não me olhe assim! - exigiu a menor. - Eu sei me cuidar. Enfim, em uma dessas brigas, eu não recuei, mesmo o Aspirante fazendo uso da cosmo-energia, eu não me intimidei, continue a enfrentá-lo e o Cavaleiro de Virgem, que assistia o pequeno teatro, viu potencial em mim, então decidiu me treinar como sua sucessora.

A moça contou tudo sobre seu treinamento e convivência com o Cavaleiro de Virgem, contou que enquanto a Armadura de Virgem ainda tivesse dono, ele seria uma das muitas Amazonas sem armadura.

¬ Como assim? - questionou o mais velho. - Não são 88 Cavaleiros?

¬ Você conhece a história. - ela o fuzilou. - Foram 88 homens que juraram proteger Atena, ela os ensinou a controlar o cosmo, as armaduras foram surgir mais tarde e mesmo assim ainda falta armaduras para todos. A tradição dos 88 Cavaleiros seguiu e as armaduras foram surgindo conforme as constelações se formavam.

¬ Não me venha passar sermão. - cortou a discussão. - Estou conversando, não brigando. - a moça pareceu brava. - Mas não respondeu minhas outras perguntas. - e ele tentou arrumar.

¬ Respondendo-lhe, sim, muitos já me cortejaram, mas eu sempre respondi que só aceitaria qualquer tipo de afeição quando você voltasse, que assim você veria quem era bom o bastante para mim. - viu seu irmão sorri

¬ Essa é a minha garotinha. - ela riu. - Mas me diga, o que aconteceu em minha ausência?

¬ Nada de importância. - respondeu dando de ombros. - Só fomos proibidos de chegar perto daquele lago que fica atrás do Santuário, algumas histórias fizeram o lugar ser abandonado.

¬ Que histórias? - questionou verdadeiramente interessado.

¬ Nunca prestei muita atenção nelas, mas parece que envolve algum tipo de monstro e uma maldição. - disse coçando a nuca. - Não sei ao certo... Mas! - sorriu brincalhona e infantil. - E tu?

¬ O que você já sabe. - respondeu desinteressado. - Me tornei general e fui amaldiçoado por um deus. E não diga o contrario! - falou sério. - De início foi bom, mas agora só vejo desgraça. Agora vamos terminar de comer e vamos dormir, afinal tenho treino amanhã, certo?

A Amazona confirmou e obedeceu o irmão, mas logo o ambiente voltou a ser preenchido pelas vozes alegres dos irmãos.