Todos os piratas saíram para caminhar em direção ao navio de Comodoro, pensei que pelo menos assim o Capitão Bench pagaria pelo que fizera ao meu navio, mas depois pensei que Constance ficaria sozinha e isso me fez arrepender um pouco de ter dito para o matarem. Ficaram com a gente uns três piratas, ficando no total sete pessoas ali.

Jack começou a ver os tesouros que eles haviam saqueado e eu fiquei em pé em uma pedra no meio do pequeno lago dentro da caverna que era feito pela água do mar. Barbosa estava sentado em um monte de ouro.

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– Devo confessar Jack - Barbosa começou a dizer -, achei que o conhecia, mas você é um homem difícil de prever.

– Eu sou um desonesto. E a um homem desonesto sempre se pode confiar na desonestidade - disse Jack. - Honestamente, são os honestos que devem ser vigiados, porque nunca se pode prever... - ele estava se aproximando de um pirata distraído que contava alguns tesouros - quando farão alguma coisa incrivelmente estúpida - então Jack puxou a espada do pirata distraído e o empurrou com o pé para que ele caísse no monte de ouro.

Jack então jogou a espada para Will e Barbosa começou a desconfiar do que aconteceria. Eu tirei a minha espada. Will socou o cara que o segurava e eu lhe dei um soco do outro lado, o que fez com que ele caísse na água. Me aproximei das costas de Will e passei minha espada nas cordas que prendiam suas mãos.

– Obrigado - ele disse rapidamente.

– Por nada - eu disse e ficamos de costas um pro outro, prontos para lutar.

Jack estava lutando com Barbosa.

– Então, qual é o plano? - Will perguntou.

– Eu não faço ideia - eu respondi. - Mas até então deve ser sobreviver.

Um pirata veio na direção de Will e outro na minha e então começaram os duelos de espada. Eu investia e me esquivava com frequência, até que então consegui pegar e desviar a espada dele e lhe dar um chute no estômago. O pirata cambaleou para trás.

– É impressão minha ou está facilitando as coisas por eu ser mulher? - eu disse com a mão na cintura e girando a minha espada.

O pirata ficou nervoso e dessa vez investiu com mais força, agora sim as coisas estavam divertidas. Ele era mais alto que eu e apenas investia sem pensar, eu me defendia facilmente e até fazia poses e ria e isso o deixava mais puto e menos ele pensava ao atacar e eu me sentia a melhor espadachim do mundo. Novamente foi fácil girar a espada dele, o que me deixou com duas espadas.

– Ahá! - me animei e virei a espada da mão esquerda, a que eu tinha acabado de pegar, de maneira que ela fazia parte do meu braço, ou seja, a lâmina estava para trás. Me posicionei com a espada da esquerda na minha frente como se eu tivesse pegando uma capa.

Investi contra o pirata, raspando a espada esquerda em seu rosto, fazendo um buraco enorme e depois enfiei a espada da mão direita em seu estômago. Ele olhou para mim e riu, ele andou de costas até a luz da lua e se transformou em um esqueleto. Eu havia me esquecido que eles eram imortais. Então, senti atrás de mim uma espada que atravessou o meu estômago. Doeu pra caramba, tenho que admitir.

– Kay! - Will gritou e o pirata tirou a espada de meu estômago para lutar com ele.

O pirata que eu tinha cortado o rosto começou a rir, fui cambaleando em direção a ele e despenquei nos braços dele quando cheguei na luz da lua. Comecei a rir e o esqueleto ficou sem entender. Me levantei rindo e olhei para minhas mãos e para onde ficava meu busto, que... estava meio que vazio, eu não ficava tão linda de esqueleto, mas...

– Espera... você... - o pirata começou a dizer.

– Parece que eu também sou imortal - eu disse rindo e investindo contra o pirata com mais força e sem medo.

Fui contra ele com tanta fúria e lhe dei tantos socos que ele estava com dificuldade para reordenar seu olhar e foi aí que eu aproveitei para usar a espada da esquerda para arrancar sua cabeça. Ele tentou pegá-la mas eu a chutei para um espaço sem a luz da lua e comecei a lutar com seu esqueleto para não pegá-la e para ficar longe dela. A cabeça foi ficando raivosa lá atrás e eu continuei a lutar com o corpo, levando ele até onde Will estava. Passei a espada da direita nos pés do corpo do pirata e ele caiu no lago da caverna. Onde Will estava, não tinha a luz da lua, então eu estava normal. Então um pirata investiu contra ele e eu sabia que ele não ia conseguir sobreviver, entrei na frente e coloquei meu braço esquerdo no caminho, a espada atravessou meu braço esquerdo, novamente doeu pra caramba. Girei meu braço, fazendo com que ele não conseguisse segurar a espada, tirei das mãos dele e lhe dei uma coronhada com a parte de segurar da minha espada da mão direita. Entreguei a espada enfiada em meu braço para Will.

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– Você não...

– Pega logo Will! - Will pegou e eu andei até a luz da lua. - Eu estou bem - sorri, mas provavelmente ele não viu, afinal, esqueletos sorriem o tempo todo.

Will ficou espantado. Olhei para Jack, que acabara de revelar à Barbosa que ele também era um imortal e ele estava com a espada atravessada no estômago. Isso era bem interessante de certa forma e agora tudo estava claro na minha mente, sem Jack precisar falar nada. Olhei para Will e indiquei para andarmos até o baú de medalhões.

O pirata de quem eu roubei a espada estava muito nervoso e pude notar o corpo do outro tentar sair da água. Will e eu fomos lutando até chegar no baú, mas estava muito difícil, aqueles dois não deixariam tão fácil. Então, um deles começou a jogar uma bomba.

– Kay! - Will se jogou em mim e nós rolamos para longe da bomba, que explodiu no meio do ouro, fazendo chover ouro em nós.

– Will, você é louco? Eu não morro - eu disse tirando ele de cima de mim.

– Mas se desfaz em pedaços.

– Vou ensinar a vocês dois o significado de dor - disse o pirata das bombas chegando com uma espada perto de mim e Will. Comecei a me levantar para atacá-lo.

– Você gosta de dor? - gritou Elizabeth e lhe deu uma... coisada na cara. Sim, coisada porque não tenho ideia do que era aquilo na mão dela, só sei que era uma coisa longa e de ouro e devia ser um pouco pesada. - Então usa um espartilho.

– Concordo - eu disse.

Will se levantou, eu também me levantei sozinha e ele e Elizabeth se olharam com um sorriso, podia jurar que iam se beijar naquele momento, mas não, Will e seu respeito estúpido. Beija logo a mulher! Ush... Eles então ficaram parados olhando Jack lutar.

– De que lado está o Jack? - Elizabeth ficou confusa.

– Neste momento? - disse Will.

Pobrezinhos, não conseguem entender nada. Jack está do lado do Jack, vocês só estão usufruindo de ele estar contra quem vocês também estão, simples. Então me virei e comecei usei a espada da mão esquerda para socar a cara do pirata das bombas e acabei deslocando seu maxilar. Elizabeth deu um soco do outro lado, fazendo ele ficar tonto e cair no chão.

– Nada mal - eu disse para Elizabeth.

Elizabeth deu um grito ao olhar para mim e eu saquei que eu estava debaixo da luz da lua.

– O que você... você também...

– É... não resisti em pegar um medalhão pra mim. Era tão brilhante - eu disse e sorri, o que novamente ela não pôde ver.

De repente Will veio gritando e eu e Elizabeth abrimos caminho para que ele passasse com a coisa longa de ouro. Will enfiou a coisa longa entre os dois piratas restantes e os prendeu um ao outro. Eles puxavam de um lado para outro, sem saída e eu achei aquilo engraçado. Will pegou uma das bombas do pirata e colocou em seu tórax e então os empurrou para longe da luz da lua, o que tornou impossível tirar a bomba de lá. Fomos correndo em direção ao baú e só ouvimos a explosão, que transformaram aqueles dois idiotas em milhões de pedaços. Parei Will e peguei o medalhão. Joguei a espada da mão esquerda no monte de ouro e com a espada da mão direita cortei a minha mão.

– O que você está fazendo? - Will perguntou.

– Você vai entender - eu disse a ele entregando o meu medalhão com sangue e pelo rosto dele, ele realmente entendeu. - Eu preciso ir.

– Onde você vai?

– Fazer a minha parte do plano - eu disse e saí correndo esperando que tudo desse certo.

Guardei a minha espada e fui até a saída da caverna e lá estavam dois botes. Peguei um deles e comecei a remar em direção ao Pérola Negra, que estava em movimento. Com a distração que Bench e os da companhia estavam passando, com certeza eles não me notariam. Comecei a remar com mais força para chegar ao Pérola e em uma distância razoável, comecei a gritar.

– Kyle! Rato! - eu gritava cada vez mais alto e estridente.

Então percebi que um deles me olhava por um monóculo. Comecei a balançar os braços e quando me aproximei do navio, eles me lançaram uma corda e por ela eu subi à bordo do Pérola. Kyle me pegou pela cintura me abraçando e me tirando do chão e eu o abracei pelo pescoço. Rato veio e também me abraçou emotivo.

– Pensei que perderíamos você Pequeña Capitana.

– Nunca vão me perder - eu disse começando a ficar emotiva. - Nunca mesmo.

Kyle me colocou no chão.

– Temos que partir o mais rápido possível, antes que o navio da companhia lembre da gente.

– Espere, desde quando você dá as ordens? - disse a mulher para quem Jack dera o Interceptor.

– Desde quando Jack Sparrow me colocou no comando desse navio.

– E onde ele está? - perguntou o Sr. Gibbs.

Onde ele está? Boa pergunta Sr. Gibbs, pensei. Olhei para a caverna e lembrei do que Jack dissera, eu tinha que salvar o Pérola.

– Vamos para longe do navio de Port Royal - eu disse.

– Sim Capitã - disse Sr. Gibbs. - Arrumem as velas! Vamos seus molengas!

Jack, o que aconteceu com você?, fiquei pensando e olhando para a caverna da Isla de Muerta. Olhei para minhas mãos e eu estava como humana de novo, olhei para o céu e lá estava a luz da lua, tudo deu certo, eu espero.