Diário de uma Bruxa

Um Sonho Estranho


Depois do jantar, que ocorreu sem problemas, (além de Draco ter ficado emburrado durante este todo), fomos para os dormitórios, e sem nem ligar para os risinhos e fofocas das minhas colegas de quarto, adormeci, tomada pelo cansaço que o ensaio tinha causado.

Mas não posso dizer que dormi tranquilamente.

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O estranho sumiu misteriosamente, depois daquele clarão de luz verde, porém, eu já não chorava. O bebê ao meu lado, pelo contrário, debulhava-se em lágrimas, que escorriam pelo seu rosto.

Após algum tempo, um outro estranho apareceu, e, temendo que ele fosse nos fazer mal, como o outro fez a mulher de cabelos cor de fogo, fiquei nervosa e acompanhei a criança ao meu lado no choro.

Ele, porém, parecia ser diferente, e quando viu aquela mulher caída no chão, se ajoelhou ao seu lado e desabou. Não entendia porque estavam todos chorando, mas isso me deixava ansiosa e com medo. Depois de algum tempo, ele largou a mulher (mas não sem alguma relutância) e se dirigiu a nós. Quando me viu, pareceu um pouco surpreso, mas quando viu o outro, ao meu lado, lhe lançou um olhar de desprezo.

Ele se aproximou, e o bebê próximo a mim chorou ainda mais forte, mas de alguma forma, sabia que ele não ia nos machucar. Ele me pegou no colo, e descemos as escadas, deixando o outro para trás. Não sabia o porquê, e sentia que deixa-lo lá era errado.

– Isso é impossível! - um homem de cabelos loiros estava na sala. - Lorde das Trevas...foi derrotado?

– Se isso é verdade, temos que terminar o que ele começou. Logo vão descobrir o que aconteceu e vir atrás de nós. - o homem que me segurava falou, sua voz profunda ecoando pelo lugar.

– Quem vai ficar com ela? - Uma mulher de cachos negros e uma cara que me assustou se pronunciou. Ela se aproximou, e com um sorriso estranho demais, tentou encostar sua mão na minha cabeça, mas o homem que me segurava, felizmente evitou isso, recuando.

– Lembre-se do que Lorde das Trevas disse. - ele falou, enquanto ela se afastava de novo. - Temos de deixa-la em segurança. Ninguém pode saber que ela está conosco, e nem mesmo ela deverá ser informada no futuro.

– E por que tudo isso? É um reles bebê. - o loiro franziu a testa. - Porque Lorde das Trevas se importaria com ela? Deveríamos deixa-la aqui...

– Não questione as ordens de Milorde! - a mulher gritou, descontrolada, me fazendo ficar mais ansiosa. Não sabia o que estava acontecendo e nem entendia o que eles falavam, e senti meu rosto ficar vermelho, meus olhos se enchendo de lágrimas.

– Bellatrix! Lúcio! - outros dois apareceram, uma mulher de cabelos verdes (provavelmente coloridos com química) e um homem de cabelos morenos. Quem gritou foi a mulher, que me olhou com curiosidade. - Vão fazer ela chorar.

O loiro e a de cachos (que pela fala da de cabelos verdes eram Lúcio e Bellatrix) pararam de discutir, e a segunda se jogou numa poltrona azul.

– E o que vamos fazer com essa menina? Espero que você tenha uma boa ideia, Samanta.

A tal Samanta franziu a testa e olhou para o homem que me segurava. Depois olhou para o moreno ao seu lado.

– Você não está pensando em...

– Sim, estou. - o homem que me segurava falou. - Temos que cuidar dela. VOCÊS vão cuidar dela.

– Mas... - o moreno protestou.

– Sem "mas", Louis. - Lúcio falou. - Lembra da ordem de Milorde? Se algo algum dia acontecesse, vocês assumiriam o controle da situação. E algo aconteceu, portanto as ordens foram claras, vocês tem que cuidar da criança, e esconder o passado dela de tudo e todos...

– Até ela mesma. - o homem respondeu. Ele parecia estar no comando, mas ainda estava um pouco abalado. - Se alguém perguntar, ela é filha de vocês. - e me entregou a mulher, Samanta.

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– E o outro? - Louis perguntou.

– Não temos tempo. - a mulher raciocinou, e senti seu cheiro: sangue. - Eles vão chegar daqui a pouco atrás do menino. - e se virou para o homem de preto que tinha me tirado do quarto - Qual seu nome?

– Louise.

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Acordei, sobressaltada, e me lembrando do sonho anterior. Tudo se encaixava; era como uma continuação. Não que tivesse muito significado...

Olhei em volta e vi que ainda era muito cedo, e todas as meninas dormiam. Olhei para outro canto e...

– Malfoy? - ele segurou a risada.

– Fale baixo.

Me levantei e o puxei pra fora do dormitório, o levando até a lareira, que a essa altura só abrigava cinzas.

– O que estava fazendo lá? - sussurrei, com raiva.

– Te dei um susto é? - ele deu um sorriso malicioso e lhe dei um soco. - Ai!

– Fale logo o que foi fazer lá.

Ele franziu a testa, aborrecido.

– Cedrico me pediu para te acordar cedo. Ele vai te ajudar a treinar.

– Era só isso?

– Era... - ele voltou a exibir aquele sorriso. - Mas até que não foi uma má ideia ir até o dormitório feminino...aliais, belo pijama.

Dei outro soco e fui me trocar, tirando minha blusa de moletom enorme. Coloquei o uniforme da Sonserina e vi Draco me esperando.

Ele me acompanhou até um dos corredores, onde apenas algumas pessoas circulavam, provavelmente estudando para testes de última hora. Fomos para o lado de fora, onde o sol ainda era fraco. Vitor Krum estava se exercitando, e algumas meninas olhavam, suspirando.

"Provavelmente, essa é a primeira vez que acordam cedo na vida", pensei, com desgosto.

Cedrico estava um pouco mais longe, e quando me viu, seu rosto se iluminou. Assim que viu Draco também, esse brilho sumiu, como água apaga o fogo.

– Não precisava acompanhar ela até aqui, Malfoy. - ele reclamou.

– Não tinha mais nada de interessante pra fazer - ele balançou os ombros. - Irritar você é bem mais divertido.

O lufano o ignorou.

– Então, pronta?

Assenti.

– Então vamos treinar.