That's no love without hate

We are hateful, but we are best friends.


Somente quando conseguiu levantar conseguiu ver quem era. Perplexo, e com os olhos arregalados, somente quatro palavras sairam de sua boca:

–Eu salvei Hermione Granger.

Draco caminhou lentamente com a garota inconciente no colo. E, por Merlin, até toda queimada e desmaiada ela era linda. “O que foi isso? Deve ser o fogo, a falta de oxigênio, só pode.” Concluiu o loiro, irritado. Estavam chegando aos portões. Draco não se aguentava em pé. Suas pernas falhavam.

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Em seus ouvidos, só o barulho da explosão, se repetindo. O portão, finlamente. Draco apareceu na porta, com Granger no colo. Naquele momento, o garoto viu a morena abrir os olhos lentamente, o encarando. Um sorriso escapou da face dele, mas durou pouco. Direcionou o olhar para frente, e a última coisa que viu antes de suas pernas falharem foi Pansy correndo em sua direção.

____

A Escola estava calma, todos evacuaram. Muito tumulto, mas afinal, todos estavam a salvo. Ou melhor, quase todos.

– AINDA TEM GENTE AÍ! – berrou Pansy- Draco!

A menina tentou entrar, mas foi impedida por Hagrid. Seus olhos estavam molhados e sua voz quase falha de tanto gritar o nome do amigo. Ao mesmo tempo, Harry Potter surgiu na frente, notando a falta de mais um aluno.

– Hermione esta lá!- e tentou entrar, se juntando a Parkinson.- O que ela fazia fora da cama??

Todos murmuraram, ninguém sabia responder a pergunta. Draco era rebelde, não era surpresa nenhuma o garoto não estar na cama. Agora, Hermione Granger? A sabe-tudo de Hogwarts? Ah, era muito obediente para sair andando por aí atoa. O motivo de tal ato era incompreensível para todos, menos para um ruivo. No meio da muldidão, Ronald Weasley abaixou a cabeça, pedindo à todos os deuses que Hermione saisse dessa. Ele sabia o que estava acontecendo. Até porque era com ele que a morena passara os últimos momentos no salão comunal.

– Silêncio!- a voz do diretor acoou e calou a todos.- Quem não saiu?

– Draco, senhor- chorou Pansy.- Draco Malfoy.

– E Hermione- completou Potter.

A face de Dumbledore assumiu um tom preocupado, mas ele sorriu.

– Encaminhem os alunos à floresta. Iremos encontrar a senhorita Granger e o senhor Malfoy. Não se preocupe, querida.

Com aquelas palavras, tanto a menina quanto o menino pararam de lutar para entrar. Harry se manteve na mesma posição, concordando com o velho. Pansy se sentou no chão e se pôs a chorar.

Uma explosão foi ouvida. A torre de astronomia. O choro da menina aumentou. Mas logo, ela encarou os portões, e se levantou num pulo. Com os cabelos escurecidos e mancando, segurando uma garota nos braços, lá estava Draco.

– Draco.- foi a única coisa que pronunciou antes de correr até o menino, que caiu de joelhos com a garota, que agora já havia sido reconhecida como Hermione, nos braços.

Ao indentificar a amiga, Harry e Rony correram também, retirando a menina do colo de Malfoy. O rosto de Rony estava molhado, e ele abraçou Hermione forte. Harry encarou Malfoy, e se abaixou.

– Obrigado, Malfoy.- foi o que disse antes de ajudar o amigo a carregar Granger.

– Draco!- Pansy alcançou o menino e o abraçou.- Seu idiota. Idiota. Idiota. Nunca mais faça isso, ouviu?

– Pann- o garoto sussurrou, sorrindo e correspondendo o abraço da melhor amiga.- Vaso ruim não quebra não. Não precisa chorar.

A menina riu em seu ombro, mas não parou de chorar. O medo a havia consumido. Draco sempre tinha sido seu melhor amigo, desde o primeiro ano. Mais do que melhor amigo, ele era o irmão que ela nunca tivera. Todos diziam que os dois tinham um caso, mas isso nunca se concretizou. E, confessando, Pansy sempre tinha sido apaixonada por Nott, não pelo loiro.

– Por que salvou a Granger?

– Eu não sabia que era ela.- suspirou- Só ouvi um grito, e fui atrás. Não teria ido se soubesse que era a sabe-tudo.

– isso não importa agora. Que bom que você está bem. Tive medo de te perder.

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– Isso não vai acontecer, Pann. EU prometo. – e a promessa foi tão sincera que até Draco se impressionou. De toda sua grosseria, não conseguia ser assim com a garota. A considerava uma irmãzinha, e seus pais também a consideravam filha. Ela vivia na casa dos Malfoy do primeiro ao quinto ano, e quando seus pais foram caçados, no final do ano anterior, havia se mudado para a mansão de vez.

– Senhorita Parkinson?- Hagrid surgiu- Me desculpe, mas precisamos encaminhar o senhor Malfoy para a enfermaria, isso é, se ela não estiver em chamas.

Toda a doçura que havia saido da boca dela sumiu em um minuto. Seu olhar arrogante tomou lugar de novo e ela olhou novamente para Draco, sorrindo.

– Te vejo depois.

Ela levantou, limpou a sujeira de seu uniforme e voltou a andar, se encontrando com Nott e Blas.

– Chorando pelo Malfoy,Pansy?

– Calem a boca, os dois.- a voz da garota calou os meninos.- Aposto que vocês dois também estariam preocupados se fosse o quase-irmão de vocês.

– Relaxa, é brincadeira, Parkinson.- Nott sorriu para ela, que amoleceu e sorriu também.

– Brincadeira que ainda vai deixar vocês sem um braço.

_

____

– A enfermaria não está em cinzas. Pode ser usada- Hagrid anunciou, e Malfoy e Granger foram encaminhados para lá. O loiro estava conciente, embora bem fraco. Seu uniforme estava sujo, um pouco molhado no local onde Pansy havia chorado.

Ja a grifinória estava desmaiada. Seu cabelo estava desarrumado e o rosto queimado. Ela respirava tranquilamente.

– O Malfoy salvou ela?

– Pois é.- Harry respondeu o ruivo.

– Ainda odeio ele. – concluiu Rony e os dois riram.- Sabe, eu sei porque Mione estava fora da cama. A gente... a gente brigou. E se ela não acordar, a culpa vai ser minha.

Os olhos verdes do moreno o encararam surpresos, mas logo seu olhar se tornou solidário.

– Ela vai ficar bem, Ron. Relaxa.

E ela viria a ficar, sim. Mas primeiro, Três sonserinos adentraram.

– Onde está o Draco?

– Lá- apontou Harry, com desgosto.

– Você deveria agradecer, Potter. A sua amiguinha só está viva porque ele a salvou.- rebateu Lucas, seguindo para a cama de Draco.

O mesmo estava melhor, já. Seus ferimentos tinham sido limpados, e ele havia tomado um banho.

– E aí, grande salvador?

– Cala a boca, Zabini.- responder ríspido.

– Está melhor? – sorriu Pansy, encarando-o.

– Sim. Nada abate Draco Malfoy.- se gabou o amigo, arrancando risadas do quarteto.

Eles eram malvados, malvistos, sonserinos. Mas acima de tudo, eram amigos. Não eram o trio de ouro, nem os mais legais de Hogwarts. Muitos os temiam, muitos os idolatravam. Mas aquilo era uma simples imagem a ser mantida. Só eles mesmos conheciam uns aos outros, por trás da imagem de popular. E, só eles podiam dizer: aquele quarteto era o melhor quarteto do mundo.