That's no love without hate
De nada, Granger.
Hermione Granger demorou três horas para recuperar a conciência. Seus olhos doiam e seu corpo estava dormente. Seus olhos abriram lentamente, e encontraram os de Harry.
– Que bom que você acordou, Mione.- observou o moreno sorrindo.
– O que... houve?
Flashes passavam pela mente de Hermione. Ela brigando com Ron. Correndo. Atropelando Malfoy e a Parkinson. Chorando na torre de astronomia. E então, fogo. A última lembraça que tinha era de um par de olhos cinzas e um sorriso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Você estava na torre de astronomia de noite, e pegou fogo- explicou o amigo- Ninguém sabe como. Todos sairam da escola, mas o Malfoy te salvou e te trouxe para fora.
Os olhos da amiga se arregalaram e ela esperava ser uma brincadeira de Harry, mas logo percebeu que não. Então os olhos eram deles. E o sorriso para ela? Ah, deve ter sido imaginação.
– Ele fez o que?!
– Eu também não entendi direito. Mas ele chegou no portão com você nos braços. Você se queimou um pouco aqui- ele apontou o pulso da menina- e aqui- o braço- mas está tudo bem. Agora, pode me explicar o que estava fazendo na torre à essa hora, senhorita?
– Não sei se Ron te falou- começou- mas nós brigamos. Sabe, nunca iríamos dar certo. A gente não se ama. E ele explodiu, disse coisas horríveis. Ele disse que eu era um lixo, Harry....- a menina já tinha a face molhada- Então eu saí pelos corredores, sem rumo.
– Vem aqui, pequena.- ele puxou Hermione para perto dele.
Harry era o irmão mais velho que ela nunca tivera. E ela devia tudo, inclusive sua vida, ao testa-rachada à sua frente.
– Eu tenho que ir. Você tem que ficar aqui um tempinho, ok? – ela assentiu- Boa noite, Mione.
– Boa noite, Harry.- e o menino partiu.
Depois disso, a morena passou os olhos pela enfermaria. Só havia uma pessoa. Uma pessoa que ela odiava mas que, por alguma razão desconhecida, havia salvado a sua vida. Draco Malfoy lia um livro na cama ao lado. Ao perceber o olhar da menina sobre ele, sorriu irônico.
– Me apreciando, Granger?
– Não!- rebateu a menina ruborizada, fazendo o loiro rir.- Vai se ferrar, Malfoy.
– Mal agradecida- foi o único comentário antes do garoto pegar o livro novamente.
Hermione não se deu o trabalho de responder, estava cansada demais para brigar. Virou para o lado e caiu no sono.
Ela e Rony andavam pelos corredores de Hogwarts.
– Sabe, Rony, acho que não vamos dar certo.
Os olhos do ruivo se tornaram perigosos e com raiva.
– Como não?!
– A gente não se ama, Ron.
Com essa frase, ele explodiu.
– Sua vaca! Você é um lixo! Tem razão, eu não te amo. E NINGUÉM vai amar!
–Para, Ronald.- choramingou- Você é meu amigo.
– Não sou.- respondeu ríspido- Você não é nada, cachorrinha do Potter.
– PARA, RONALD!
– Granger!
A morena abriu os olhos atordoada, e sentou na cama. Ao seu lado, Draco Malfoy a encarava. Por instinto, a morena se jogou nos braços dele, chorando. Atordoado, o garoto retribuiu o abraço, e falou.
– Calma, Granger. Vai ficar tudo bem, Granger.
A menina logo se afastou de Draco, como se percebendo o que estava fazendo. O menino a deitou, e levantou.
– Boa noite, Granger. Seja mais discreta.- a última cena saiu quase com um tom sínico.
– Hey, Malfoy- a garota o impediu- Obrigada, mesmo.
E na escuridão, ela pode jurar que viu um sorriso surgir no rosto do loiro.
– Por que você me salvou?- ela soltou. Essa era sua maior curiosidade, afinal.
Não houve resposta. O menino deitou novamente, e ficou calado. Se dada por vencida, Hermione virou para o outro lado, e quase caindo no sono, ainda pode ouvir.
– De nada, Granger.
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