The Gamer

Capitulo Dois - Mudança repentina


Minhas mãos começaram a tremer entrando em um estado de abstinência jamais conhecido antes, eu não sabia para que lado olhar e estava começando a ficar ociosa. Eu realmente no fundo do coração achei que a minha avó estivesse brincando quanto a aquela atitude, mas eu estava errada, ela cortou minhas opções e cá estou eu vestida como uma patricinha com os cabelos penteados apenas esperando a minha amiga para ir pro colégio por que tive que acordar seis horas da manhã pra me arrumar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Eu tinha que sair dali, aquela velha era louca, doidinha da silva, achava que eu estava me isolando dos outros, diziam que meu jeito de viver era prejudicial e pior ela realmente queria que eu fosse como as outras garotas.

–Bo...—Lesley parou de falar assim que colocou os olhos em mim perplexa me olhando dos pés a cabeça, puxei o braço dela de uma vez saindo dali.—...Hey calma aí!!—Não dava para ser calma, a megera poderia estar nos observando, olhei para os lados assustada.

–Shh.... A minha avó é uma psicopata Lesley... Olha no que ela me transformou!—Sussurrei apressada pra ela que me fitou sorrindo.

–Você está ótima, devia agradece-la, até passou perfume!—Rangi os dentes não gostando do timbre gozador dela.

–Não tem graça! Ela jogou meus vídeo games fora... Falando nisso... Pode me emprestar seu celular?—Pedi, com certeza o celular dela tinha jogos, isso eu poderia jogar no celular dela!!!

–Pra que!?—Procurei em todo canto e a única coisa que tinha ali era sudoku e um tal de quis.

–Não tem jogo descente aqui?—Perguntei desesperada.

–Não! Mas você ganha imagens se responder o quis das celebridades!—Argh! Não acredito, respirei fundo agora vendo o estupido do Greg ao longe que vinha em nosso rumo já não correndo e sim andando um pouco espantado, mas é claro aquela cobra me fez usar um vestido curto que deveria mostrar até meu útero.

–Qual é a pegadinha?—Perguntou ele sorrindo pra mim.—Não, espera, Olivia está afim de alguém que não é 2D?!—Curtiu com a minha cara, eu mereço.

–Fecha a matraca e me passa o celular anda!!!—Retruquei furiosa e ele mirou a Lesley que agora estava com um semblante surpreso.

–Pra que?

–Ela quer jogar, a avó tirou todos os jogos dela.—Contou sorrindo, esperai, eles estavam achando que isso era brincadeira? Eu estava em um estado de abstinência como viciados em drogas e eles queriam brincar com a minha desgraça?

–Neste caso lamento, mas meu celular é de pobre, só tem snake.–Me respondeu sorrindo, que droga!

–T-t-tanto faz! Eu não jogo nada desde ontem, se quer vi um gráfico legal, preciso disso!—Ele me entregou e eu me deleitei jogando aquela coisa sem graça até chegar ao colégio.

Eu fiquei um pouco sem graça ao entrar ali e todo mundo ficar me olhando como se nunca tivesse me visto antes, sem os jogos pra afundar a cara fui obrigada a perceber isso. Peguei no braço da Lesley que riu de mim. Tentei me concentrar no celular, mas logo alguém o puxou de mim.

–Aqui não é lugar pra isso!—Era o tão do Erick bem sério.

–Eu sei, eu sei, me devolve, eu só vou jogar mais um pouquinho....—Ele sorriu de lado negando.

–Não mesmo e se não quiser ter ele confiscado, não me deixe vê-la jogando novamente.—Greg acenou dizendo que era dele e o chato entregou.

–Está de marcação comigo cara do...—Eu ia dizer computador, quando notei a resposta pra todos os meus problemas, o cara do computador, é isso! O puxei pelo uniforme animada.—Você é o manda chuva da sala de informática, não é!?—Perguntei e estranhando acenou que sim me fazendo soltá-lo.

–Auxiliar, eu cuido da sala sim.—Eu ia dizer algo, mas o sinal tocou. Computadores tem jogos, como não pensei nisso antes! Eu digo pra vovó que vou ficar estudando e ao invés fico jogando no computador da escola!—A aula vai começar, entrem.

Eu sei que parece exagero, mas eu nunca fiquei tanto tempo longe de qualquer coisa jogável. Sempre, sempre tinha algo pra eu fugir da realidade e agora com minha avó dando a louca eu me senti perdida sem saber o que fazer.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Rasguei um pedado de folha e escrevi para o presidente do grêmio e mandei passarem pra ele.

“O que eu tenho que fazer pra poder usar os computadores da escola?”

Assim que ele leu me olhou com desdém, escrevendo alguma coisa me mandando de volta e eu li.

“Você quer jogar neles?”

Do jeito que ele era certinho com certeza não me deixaria mexer no computador se dissesse sim.

“NÃO! Só quero fazer umas pesquisas! =P ”

Escrevi de volta e assim que leu sorri falso pra ele que me fitou desconfiado, escrevendo algo.

“Você precisa marcar tempo, o máximo é duas horas. Pode tirar suas duvidas no recreio.

Ps: vou te dedurar pro professor se continuar me mandando bilhetinho. ¬.¬”

Engoli seco sorrindo sem graça pra ele que ficou me olhando enquanto eu lia, que cara frio.

Pelo o jeito eu virei o assunto do momento por que pessoas estranhas não pararam de vir até mim e perguntar por que eu estava vestida daquele jeito. Eu me irritava com aquilo, não gostava de atenção e acho que isso irritou a Lesley também que logo já não queria ficar perto de mim.

–Olivia escondendo o diamante de todos nós...—Disse uma garota perto de outras que sentaram na mesa da cantina com a gente. Eu a fitei seca.

–Não estava escondendo nada! Eu já disse eu fui obrigada a me vestir assim, parem de me encher o saco!—Revidei elas riram junto com a Lesley.

–Nunca vimos você assim, por isso a surpresa.—O tal do Edward se aproximou delas com um smartphone na mão, eu literalmente tremi na cadeira surpresa.

–T-t-tem jogo?—Perguntei apontado e ele sorriu fazendo que sim.

–Um monte!—Pisquei varias vezes entrando em um estado de felicidade tão grande que bati palmas sorridente como uma criança querendo um brinquedo.

–Deixa eu jogar?! Por favor, por favor, por favor, por favor, por favor!—Supliquei o que fez um monte de gente rir.

–Desculpa, é que está descarregado.—Fiz careta quase chorando, bom demais pra ser verdade, Lesley pigarreou do meu lado me chamando atenção.

–Você não ia falar com o presidente do grêmio?—Ohh! Bem lembrado!

–Ohhh sim!—Dei um tchau correndo, uma coisa boa minha avó me deixou usar, o tênis.

Corri ligeira para a sala de informática e tinha uns quatro alunos la dentro e o Erick curvado perto de um deles apontando pro monitor explicando alguma coisa. Acenei pra ele que assim que me viu venho até mim.

–Olá!—Sorri falsa e ele me imitou, carinha antipático.—Onde eu assino pra mexer em algum?—Pigarreou cruzando os braços.

–Você quer jogar, não é?—Engoli seco negando fazendo cara de séria.

–Não! Claro que não, eu tenho uma pesquisa pra até segunda que vem!

–Estudamos na mesma sala, esqueceu?—Ohh droga! Tremi os lábios buscando outra mentira, mas que se dane.

–Tá legal eu confesso! Olha minha avó é uma megera que tirou tudo que eu mais amo, eu não jogo desde ontem e veja meu estado...—Mostrei minha mão a ele que estava tremendo.—....Por favor me deixe jogar só um pouquinho? Eu prometo que não conto pra ninguém!—Ele sorriu de lado nenhum pouco surpreso.

–Eu concordo com a sua avó e vai ficar surpresa ao saber que ela está me pagando pra vigiar você pra não permitir que jogue.—Fiquei boquiaberto, primeiro quem era ele pra me vigiar? Segundo como assim que concorda? O fitei muito zangada.

–Como assim concorda? Desde quando ela menosprezar meu jeito é algo bom!—Ele negou no mesmo instante.

–Olivia eu estudo com você a um tempão e essa é a primeira vez que olha nos meus olhos! Você se afunda em uma vida virtual que não é sua e esquece de tudo ao seu redor, sua avó está coberta de razão em se preocupar com você!—Neguei.

–Mentira! Eu tenho uma vida completamente normal mesmo com os jogos...-Ele me interrompeu apontando pra mim.

–Mesmo que tal um trato?—Ele me mostrou três dedos.-Três chances pra você acertar meu sobrenome, isso por que estudamos a cinco anos na mesma sala, se você acertar te deixo jogar no meu computador até a hora de ir embora!—Ohhh isso seria incrível, mas eu não tenho ideia de qual era o sobrenome dele. OMG isso era impossível.

–Smith!—Apontei e ele sorriu abaixando um dedo.— Martin!—Sorriu negando de novo.—Harris?!—Ele franziu o cenho.

– Harris é o seu!—Fiz careta sem graça.

–Eu disse o que veio na mente! Por favor, me deixe jogar só um pouquinho!—Negou.

–Nem pensar, mas se serve de consolo, está muito bonita.—O fitei seca, preferia que ele dissesse eu deixo você jogar, mas ele me imitou me fitando seco apontando pra porta.—Agora saia da minha sala.—Um elogio e uma grosseria, ele sabia bem como agir com garotas.

Eu estava sem opções, mas lembrei do Edward com o smartphone e isso me deu uma ideia meio maluca. Se eu estava realmente bonita isso queria dizer que eu poderia usar isso contra homens como algumas mulheres. E homens tem vídeo games e com vídeo games Olivia fica feliz!! Só espero que esse doido não me atrapalhe.