A nova Guardiã.
Capítulo 8. A vida de Pitch.
P.V.O PITCH ON.
Enquanto eu afundava cada vez mais naquele lago gelado, eu pensava no meu passado, no meu eu antes de ser quem sou agora. Comecei a me lembrar da época da escola... Criei forças para sair do lago, e ir para a minha toca... Assim que cheguei me joguei em uma cadeira e fiquei fazendo flores de pó negro, passarinhos de pó negro, cachorrinhos de pó negro.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Porque eu nunca posso fazer nada do bem? –Destruí tudo com um assopro forte. – Sempre mal, mal e mal. Por que eu não posso fazer as pessoas felizes?
De tanto pensar caí no sono e acabei sonhando com o meu passado.
FLASHBACK ON.
Lá estava eu acordando na minha antiga casa, na minha antiga cama. Sentei na cama e olhei em volta, avistei meus irmãos ainda dormindo. Como eu sentia falta deles. Levantei-me, e fui ate a cozinha. E lá estava ela, sempre fazendo coisas gostosas e doces, para a gente comer, minha mãe. O nome dela era Amélia, mais todos á chamavam de “Docinho”, pois ela fazia os melhores doces do bairro. Aproximei-me dela bem devagar.
– Eu sei que você está ai Peter. –Levei um susto, vazia anos que eu não ouvia o meu nome verdadeiro. – Você escovou os dentes? Fiz bolo de chocolate, com aquele recheio que você adora.
– Mãe, que saudade que eu estava da senhora! –Corri ate ela, e abracei-a forte.
– O que, que há Peter? Teve uma visão de novo?
Quando eu tinha 6 anos de idade, comecei a ter visões de gente morrendo, de pessoas gritando, de unicórnios se juntando com zumbis para comerem os cérebros das crianças, e o mais inacreditável, eu já tinha sonhado ate com morte da minha professora de Português. Minha mãe me levou ao médico e ele disse que eu estava possuído, mais eu não estou possuído, eu não sei por que mais desde essa época eu sabia que eu iria ser o próprio medo.
– Não, faz tempo que não tenho mais.
– Hum... Isso é bom. –Ela partiu um pedaço de bolo e colocou em um prato á minha frente.
– Mãe, você acha que eu vou ser uma pessoa ruim? –Disse pegando o pedaço de bolo e engolindo-o.
– Peter, eu não sei... –Ela parecia nervosa.
– Mãe, por favor! Diga-me!
– SIM! –Ela gritou e saiu correndo para o banheiro, trancando a porta.
Todos tinham medo de mim, até a minha própria mãe.
"..."
O sonho mudou, eu estava me vendo na escola agora. E lá estava ela, com aqueles cabelos castanhos cacheados, e com os olhos pretos brilhando, “Andressa Wollison”, A garota pela qual eu me apaixonei quando tinha 16 anos. Ela estava sentada em um banco sozinha, lendo um livro (consegui ver que o titulo era, “O medo traz a solidão”). Tentei ficar um pouco próximo do banco, E comecei a odiar a visão de quem vinha vindo “Jhonny Baker”, com aqueles cabelos loiros, e olhos azuis como o céu. Todas as garotas que o viam se apaixonavam por ele, e é por isso que eu o odeio.
– Olá Andressa. –Disse ele alisando o cabelo, enquanto parava na frente de Andressa.
–...
– Andressa?
– Hum?
– Eu disse Oi. –Ele pronunciou o oi como se estivesse dando em cima dela.
– Ah, Olá.
– Só isso? –Ele pegou o livro da mão dela. – Quer sair comigo?
– Me devolve o meu livro Jhonny.
– Troco o seu livro por um beijo.
– Não, agora me devolve. – Comecei a ter uma visão, na visão Andressa estava apanhando do pai.
– Por quê? Você só vive estudando está na hora de se divertir. –Disse ele jogando o livro no chão e pisando em cima dele.
– O que você fez? – Ela começou a chorar.
Minha cabeça girava, eu via o pai de Andressa falando que ela era uma péssima filha, que ela não sabia ler nem uma carta. E por causa disso, ele tinha lhe dado o livro, para ela começar a ler e escrever corretamente. Assim que minha cabeça parou de dar voltas vi que Jhonny tinha arrancado um beijo de Andressa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Me solta! –Gritou Andressa, assim que seus lábios se soltaram do de Jhonny, que levou um, tapa bem dado.
– Por que você fez isso? Todas as meninas querem me beijar!
– Menos eu! Eu não sou todo mundo! –Ela pegou o livro do chão.
– Sabe o que você é? Uma pobretona, uma Zé ninguém que não sabe ler nem escrever.
– Cara, a deixa em paz. – Disse indo em direção aos dois, a metade da escola já estava lá também.
– Peter, fica na sua, depois você apanha e fica ai tendo ataques. – Todo mundo começou a rir.
– Cala a boca...
– Há, Há! Como se você fosse fazer algo comigo. – Jhonny começou a zombar da minha cara. Andressa tentava me mandar embora com sinais e movimentos de olhos.
– Cala a boca...
– Jhonny acaba logo com ele. –Disse um garoto, que se posicionou do lado de Jhonny.
– Gente chega! –Andressa ainda chorava com o livro em mãos.
– Andressa, saía daqui. – Meu corpo inteiro tremia.
– Não, ela fica. –O garoto que estava do lado de Jhonny segurou ela pelo braço.
– Eu não disse que você ia ter um ataque... Há, Há!
–...
– Olha lá gente, ele está todo se tremendo. Ei... Gente eu acho que... –Jhonny parou de zoar da minha cara e começou a ficar com uma cara de espanto.
– Peter? Você está bem? –Andressa também estava espantada, assim como todos os alunos.
– Por quê? – Estiquei a mão e percebi que ela estava toda preta. – O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?
Levantei a mão para cima e o banco que estava atrás de Jhonny ficou envolvo de uma areia preta.
– Ele está possuído. – Jhonny mandou todos se afastarem. – Assim como o meu pai disse.
Jhonny era filho do médico que me atendeu quando criança, desde então ele assim que lembra me chama de possuído.
– Ele não está possuído. – Andressa tentava tirar seu braço da mão do garoto.
– Está sim, saiam todos daqui! –Disse Jhonny demonstrando certo medo.
Demorou 30 segundos e só estava eu, Jhonny seu amigo e Andressa no pátio. Olhei para o meu braço, e ele também estava todo preto, me perguntei então se eu não estava cinza ou preto por completo.
– Me diga Peter, sua mãe fez algum pacto pra você ser assim? –Estourei, agarrei o pescoço dele e o levantei para o alto.
– Peter não faça isso. –A voz de Andressa ecoava em minha mente, eu não estava pensando em mais nada a não ser em acabar com ele.
– Eu vou é meter o pé daqui. – O garoto que estava segurando o braço de Andressa soltou-o rapidamente e saiu correndo.
– Não vou mata-lo, não agora, mais vou mostrar pra ele que com o medo não se brinca. –Olhei fixamente para os olhos dele e comecei a transferir vários medos para ele, e centenas de pesadelos também.
Assim que terminei o soltei e ele se encolheu, olhei para as minhas mãos e elas estavam normais de volta.
– O que você fez? –Andressa me olhava com certo medo nos olhos. Os olhos dela sempre transmitiam alegria, mais neste momento estavam transmitindo muito medo, talvez ate dor.
– Nada demais...
– Andressa, me desculpa eu não sabia que seu pai era Major e podia me matar se descobrisse isso...
– Jhonny, acalme-se, eu não ia contar nada para meu pai.
– Não! Mesmo assim! Ele poderia me matar me matar! –Ele colocou o dedo na boca.
– Nada demais... Sabe Peter, eu a partir de hoje tenho medo de você. Nunca mais fale comigo. –Ela ajudou Jhonny á se levantar e levou-o ate a enfermaria.
De longe eu ainda podia ouvi-lofalar “Me matar me matar”. Então era isso... Meu destino era mesmo deixar as pessoas com medo... Já que o meu tom é esse, eu nunca mais vou parar de usá-lo, vou criar medo em todas as pessoas do mundo, e trazer a infelicidade para as pessoas, por que foi isso que elas me deram “I-N-F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”, destruíram o meu maior sonho, de um dia poder namorar Andressa e ser feliz ao lado dela, não, a partir de hoje, não existe mais Andressa, só existe eu e o medo.
FLASHBACK OFF.
Acordei transpirando e cansado. Eu nunca tinha tido um sonho desses, ele praticamente me mostrou tudo do que eu precisava para acabar com as minhas perguntas.
– E-Eu... Eu queria ser assim... Como eu fui tolo... Um idiota... –Me levanto com a cabeça girando. – “I-N-F-E-L-I-C-I-D-A-D-E”...
Caminhei ate a porta de minha toca.
– Acho que alguém, merece desculpas.
“...”
P.V.O PITCH OFF.
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