A nova Guardiã.

Capítulo 9. Desculpas.


Faz cinco dias que Pitch não aparece, acho que ele deve ter sumido mesmo. Hoje minha irmã Anna completa 17 anos, e como sempre vou fazer uma festa surpresa para ela. Passo correndo pelos corredores do castelo e saio no salão principal. Várias pessoas estão arrumando o lugar para ficar o mais perfeito possível, uma delas é Jack.

– O que você está fazendo aqui Elsa? Você não estava cuidando para que Anna não descubra nada. –Disse Jack terminando de fazer uma estatua de gelo.

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– Bem, o fato é que eu a perdi de vista. –Disse não olhando para ele.

– Então vá atrás dela, se ela descobrir vai deixar de ser surpresa. –Dou um selinho nele e saio correndo.

Passei por todos os lugares do castelo, salão principal, quarto, banheiro, sala, jardim, etc. Estava ficando cansada quando ouvi a voz de Olaf perto do rio.

–Ela deve estar perto do rio, é claro. –Corri igual uma doida.

Chegando lá, Olaf, Anna e Edna estavam brincando com uns coelhinhos que estavam bebendo água no rio.

– Oi pessoal. –Disse sentando-me ao lado de Anna.

– Olá maninha, você viu que dia lindo está hoje? –Ela pegou um coelhinho na mão e acariciou as pequenas orelhas dele.

– Está perfeito para uma pessoa que está completando 17 anos... –Disse, e Olaf piscou para mim, além disso, todos já sabiam da festa, menos a aniversariante.

– Oh Elsa, como eu queria que nossos pais estivessem aqui. Meu aniversário estaria completo. –Ela colocou o coelhinho no chão e ele veio ate á mim.

– Eles estão aqui, só que de um jeito que a gente não vê. –Disse Edna pegando uma flor.

– Então eu fico mais feliz. –Ela mostrou um sorriso de orelha á orelha.

– E agora o que você quer fazer Anna? –Perguntou Edna, enquanto ela dava a flor para Anna.

– Eu gostaria de voltar para o castelo, estou cansada de ficar aqui fora. – Todos nos encaramos.

– Ah não... Tem tanta coisa legal aqui fora olha só... –Olaf começa a entrar no rio.

– Olaf, não faça isso! –Anna correu ate ele e o tirou de lá.

– Há, Há! –Edna começou a rir.

– Que isso Edna? E se ele morresse? –Anna começou a se irritar.

– Calma gente. –Disse tentando deixar todo mundo calmo.

– Vamos voltar para o castelo! –Anna sai andando com Olaf nos braços.

– Ok... –Disse tentando inventar alguma coisa.

– Olha lá! –Olhamos para cima e vemos Norte, e os guardiões chegando.

– Olá gente! –Disse Fadinha descendo do trenó.

– Olá! –Disse todos.

– E então Anna, gostaria de um passeio? –Disse Norte.

“Isso, isso.”– Pensei.

– Ok! Eu aceito. –Anna piscou pra mim.

Ela já tinha sacado tudo. Bem também durante 17 anos fazendo festas surpresas...

– Oba! –Disse Olaf.

– Vamos entrando! –Norte ajudou Anna á subir com Olaf ainda nos braços, Edna também subiu.

– E você vem? –Anna me perguntou.

– Ah não... Irei ficar aqui...

– Ok! –Disse Anna assim que Norte começou a pegar velocidade para subir.

Observei enquanto eles iam sumindo entre as nuvens.

– E então, quer ajuda? – Fadinha, Coelhão e Sadman não tinham ido junto.

– Sim. –Fomos até o castelo terminar de fazer os preparativos.

Quando Anna voltou, já era 20h00min, como no combinado. Ela correu ate seu quarto para se arrumar e eu fui junto.

– Ai meu Deus, qual vestido eu visto. –Disse ela tirando uma meia dúzia de vestidos de dentro do armário.

– Esse. –Peguei o vestido que tinha comprado para ela, ele era todo roxo com uns detalhes de gelo e era tomara-que-caia, com um monte de rendinha.

– Uau! –Ela pegou o vestido e foi ate o banheiro para vesti-lo.

Depois de 10 minutos ela voltou toda produzida.

– Nossa que linda! –Fui ate ela e acertei um detalhe do cabelo.

– Estou bonita mesmo?

– Está perfeita!

– Obrigada, agora é a sua vez! –Disse Anna.

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– Não, eu só vou vestir um vestidinho simples e prender o cabelo.

– A não! –Ela me empurrou até o banheiro.

Ela me maquiou, arrumou meu cabelo, e por fim me deixou vestir o vestido em paz. Ele era azul claro bem cheio nas pernas, tinha um laço na cintura. Assim que sai do banheiro, alguém bateu na porta.

– Quem é? –Disse Anna.

– É o Jack, só vim conferir se as madames estão prontas.

– Hum, ainda não! –Anna começou a rir baixinho.

– Nossa... Já faz 1h que vocês estão ai dentro! –Jack deu umas batidinhas de leve na porta.

– A gente já vai, e sua namorada esta linda.

– Anna... –Protestei.

– Ela é linda de qualquer jeito. –Ouvimos Jack saindo.

– Ai, ai não vejo a hora de ver o Kristoff.

– É verdade, ele ainda está nas geleiras.

– Ele tinha me mandado uma carta falando que vinha hoje, vamos ver. –Anna foi ate o banheiro.

– Ele vai vir você vai ver. –Ela voltou com a maquiagem um pouco mais retocada.

– Vamos? –Disse ela.

– Ok.

Enquanto fomos descendo as escadas começamos a ouvir gritos, terminamos de descer correndo e demos de cara com Pitch e Jack brigando.

– Saia daqui imediatamente! –Disse Jack.

– Eu tenho algo para falar!

– Eu não quero saber! –Jack soltou vários raios de gelo em Pitch, ele desviou de todos.

– Jack, dê uma chance para ele! –Fadinha parecia aflita.

– Não! Ele já teve chances demais!

– Jack! – Me aproximei dele, e ele quase soltou raios em mim.

– Elsa, saia daqui você também! Saiam todos! –Jack começou a gritar

– Jack, você não está bem, ouça Pitch. –Norte começou a se aproximar de Jack também, ele num piscar de olhos congelou o braço do pobre Noel.

– Eu disse SAIAM! – Disse Jack, ele realmente estava querendo acabar com Pitch.

– Vamos gente. –Anna estava acabada, bem no dia do aniversário dela estava acontecendo isso.

Todos foram para fora menos eu, eu não ia dar aquela satisfação para o Jack, se ele queria acabar com o Pitch, ele ia acabar com ele comigo perto.

– Eu preciso pedir... –Jack interrompeu Pitch com outra rajada de raios congelantes.

– Jack! Deixe-o falar! –Disse enquanto Pitch me olhava como se estivesse suplicando isso.

– Não Elsa! Saia daqui! –Jack jogou uma nevasca de gelo em mim e eu caí perto da porta.

– Jack pare com isso! Eu só vim pedir DESCULPAS! –Pitch gritou e Jack se encolheu.

– E-Eu não aceito suas desculpas. –Jack jogou Pitch para fora do mesmo jeito que fez comigo.

– Pitch... –Levantei-me. - Você me chateou Jack. –Corro na direção de Pitch.

– Elsa... –Jack começou a chorar.

– Cof, cof. –Pitch estava jogado no jardim, os convidados estavam horrorizados.

– Pitch, eu aceito suas desculpas. –Ajoelho-me perto dele.

– Obrigado E-Elsa... –Ele estava péssimo, o gelo de Jack estava congelando-o.

– Eu também aceito as suas desculpas Pitch. –Norte e Coelhão se pronunciaram.

– Eu também, apesar de você não ter sido anda legal. –Fadinha se ajoelhou também.

–... –Sadman também aceitou as desculpas.

– Sabe? E-Eu nunca me senti tão bem na minha vida, eu irei ver a Andressa. – Pitch olhou para mim e deu um leve sorriso.

Jack saiu de dentro do castelo e viu todos nos reunidos ali, com o inimigo. Ele balançou a cabeça em discórdia e saiu voando.

– Pobre Jack... –Disse Fadinha com pena.

– Ele tem que entender. –Anna não estava mais abalada.

– Pitch, quem era Andressa? –Perguntei.

– A-A garota que eu mais a-amei na minha vida. –Pitch estava começando a ficar todo branco.

– Oh... –Fiquei com certa pena dele, eu nunca imaginei que o “medo” tivesse certo amor escondido.

Ficamos ali parados por um bom tempo, até que Pitch ficou totalmente branco e parou de se mover. Eu nunca imagine que fosse tão doido ver uma pessoa morrendo. Norte pegou Pitch do chão e o levou ate o trenó, ele disse que iria leva-lo para a antiga casa dele, me ofereci para ir junto, tinha medo de como Jack iria voltar de seu “passeio”.

– Só Elsa virá comigo? –Norte perguntou assim que terminou de colocar Pitch no trenó.

– Acho melhor ser só ela, caso Jack volte. –Disse Anna.

– Ok, vamos Elsa. –Subi no trenó assim que Norte falou.

Pegamos impulso e começamos a voar. Olhei para o castelo, não sei se eu teria coragem de voltar ali de novo. Não tão cedo.

– Jack deve estar furioso comigo. –Disse quebrando o silencio.

– Ele não está furioso, apenas confuso. –Decidi ficar quieta durante a viagem.

Norte recomendou que eu dormisse, aliais o caminho ia ser longo. Adormeci, logo em seguida acordei com frio. O que era estranho.

– Norte onde estamos? –Abri os olhos, o trenó estava parado no meio do gelo.

Entrei em desespero. Onde estaria Norte e Pitch? Será que tudo isso era uma emboscada? Será que Jack nos seguiu e fez isso? Minha cabeça girava, decidi sair do trenó e ver se achava alguém.

Norte... –Sussurrei.

–...

Nada aconteceu, continuei andando, cada passo que eu dava me deixava com mais e mais frio. Depois de ter andado um meio quilometro, cheguei á uma casa abandonada no meio daquele gelo. Fiquei aliviada, não era uma emboscada, abri a porta e vários morcegos avançaram para cima de mim, abaixei-me. Assim que eles foram embora, entrei na casa, era tudo muito simples, a casa era composta por cinco cômodos, fui até o quarto mais não tinha ninguém lá, segui para a cozinha e fiquei paralisada. Em cima da mesa, tinha um bolo de chocolate com recheio de morango.

– Espera, era para você estar mofado. –Disse para mim mesma.

– Não, não era. –Ouvi passos atrás de mim, virei-me e dei de cara com uma senhora.

Ela aparentava ter uns 70 anos, mais tinha cara de quem não ia morrer tão cedo.

– Desculpa... Eu não queria ter entrado assim na sua casa. –Disse tentando entender o que estava acontecendo ali.

– Não tem nada, quer um pedaço de bolo? –Ela passou por mim, senti um aroma de morango vindo dela.

– Ah... Não obrigada. –Disse dando um passo para trás.

COMA UM PEDAÇO DE BOLO! –Ela gritou tão alto que o teto ameaçou cair.

– Ok... –Ela cortou um pedaço e eu peguei.

O bolo estava quente, como se acabasse de ter sido feito. Enrolei para comê-lo, comecei a perguntar o que, que ela estava fazendo ali sozinha. Ela me respondeu que esperava por um, tal de “Peter”, perguntei á ela se ela não tinha visto um senhor de idade carregando um homem congelado, ela pensou um pouco e disse que não.

– Você não vai comer o bolo? –Ela tinha certo brilho maligno nos olhos.

– Sim, mais ele está tão bonitinho. –Enrolei um pouco mais.

– Ele está bonito assim para se comer, agora coma! –Ela foi ate á mim, ameaçando me fazer comer á força.

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Levei o pedaço de bolo á boca, quando o mastiguei, ele tinha gosto de chiclete, depois mudou para um gosto de... AREIA! Cuspi o bolo imediatamente para fora.

– O que foi? Está ruim? –Disse a senhora enquanto ela virava de areia negra também.

Olhei para onde tinha cuspido e vi que era areia negra também.

AAAAA! –Gritei nunca na minha vida eu tinha sentido tanto medo.

A casa inteira começou a se desfazer em areia negra. Corri até a porta, mais ela não abria. Entrei em desespero, eu ia ser soterrada por aquela areia se não saísse dali rápido. Comecei a congelar tudo, mais a areia só aumentava.

SOCORRO! JACK, NORTE, ALGUÉM! –Comecei a esmurrar a porta.

–Estou chegando. –Era a voz de Jack.

JACK, POR FAVOR, VENHA LOGO! –A areia já estava em meus ombros.

Jack tentava abrir a porta.

– Está enterrada, não consigo congelá-la. –Jack começou a esmurrar a porta.

JACK... – A areia já estava próxima á minha boca.

– Jack, o que você está fazendo aqui? –Era Norte.

– Norte? Por que, que a Elsa não estava com você, e o que você está fazendo aqui?

– Pitch faleceu, vim trazer ele para á antiga casa.

– A antiga casa não é está? –Jack esmurrava cada vez mais a porta.

–Não! A casa dele é mais adiante, perto da floresta. –Norte finalmente percebeu o que estava acontecendo e começou a ajudar Jack.

– Alguém deve ter criado essa ilusão para Elsa. –Disse Jack.

– Mais quem? Pitch está morto.

A areia agora se encontrava no meu nariz, mais um pouco e eu não iria aguentar.

– Elsa, me ouça crie uma nevasca e prenda a respiração! – Jack começou a soltar raios de gelo na porta.

– Jack... Será que ela está ouvindo a gente? –Norte parecia distante.

– Sim! Ela tem que estar. –Jack jogava cada vez mais raios na porta.

A areia chegou a meus olhos e eu não consegui ver mais nada. Quem será que fez isso comigo? Pitch está morto... Será que é algum inimigo novo?

“...”