Acordo ansiosa, era um grande dia, o dia da colheita. Não gostaria de ser escolhida, mas se eu for, não vou chorar, já cansei de ser aquela menina indefesa que tem medo de barata voadora, quero mostrar a todos que eu sou mais corajosa do que eles pensam.

Levanto da cama e meus pais ainda dormiam, acho que acordei cedo demais, apenas caminho até fora de casa e fico olhando o céu, ele estava lindo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Depois de um tempo entrei para dentro de casa, vi minha mãe saindo do quarto.

–Bom dia, princesa!-diz ela com uma voz rouca.

–Bom dia mãe, hoje é o da colheita, vamos logo.-digo.

–Filha, hoje é um dia péssimo.

Faço que sim com a cabeça e ela me abraça com força.

–Clove, eu te amo, você nunca vai entender o amor que eu sinto por você, o dia da colheita parte o meu coração, morro só de pensar que você será escolhida.

–Mãe, eu não vou ser, não se preocupe.-digo acalmando-a.

Ela me dá um beijo na testa.

–Vá se arrumar, está bem?

–Sim.

Tomo um banho bem gelado, coloco uma roupa nada confortável, eu prefiro o vestido que eu usei no ano passado, mas não cabe mais em mim, então minha mãe me emprestou o seu vestido que ela usou uma vez quando estava na colheita.

–Esse vestido está lindo!- diz minha mãe.

–Não acho, pareço indefesa com esse vestido.

–Como assim?-ela pergunta.

–Quero mostrar a todos que eu sou corajosa, mas com esse vestido não dá.

Ela dá um suspiro e diz:

–Você vai mostrar isso no dia da arena.

Minha mãe faz uma trança em mim e eu tenho que admitir que eu estava adorável, mas não era essa imagem que eu queria mostra-los de mim.

Bem, meu pai já havia acordado faz um bom tempo, ele apenas estava no quarto, ele não é muito sociável comigo, já que não é meu pai biológico, ele é meu padrasto. Meu pai morreu faz 5 anos.

Depois que comemos fomos todos para a praça onde seria a colheita.

Havia muitas pessoas, era apertado, muito mesmo.

Estava na hora de fazer a inscrição, a mulher furou meu dedo e eu fui para fila das pessoas de 15 anos.

Alguns minutos depois, aparece Eileen Lee no palco. Eu não gosto dela, ela é muito estranha e tem uma voz irritante.

–Bem-Vindos! Bem-Vindos... Todos sejam Bem-Vindos para a Septuagésima Edição dos Jogos Vorazes!-Diz Eileen Lee com sua vozinha.

–Antes de começarmos vamos ver um filminho lá da capital- ela da um risinho.

Assistimos o breve filme e prosseguimos.

–Minha parte favorita chega!- grita ela.-Primeiramente as meninas.

Ela mexe todos os papelzinho e tira um, meu coração já estar a mil, esqueci tudo o que eu pensei hoje de manhã, eu não quero ser escolhida.