Lilian e James - o 7°ano
Capítulo 18
Lílian.
Os dias se passaram bem depressa, tanto que quando percebi, já estávamos voltando para casa para passar o natal com minha família. Minhas malas já estavam prontas e estavam sendo carregadas à caminho do trem, junto de Dorcas.
– E como vai ser seu natal, Dorcas?
– Bem, eu vou passar o natal com minha família e mais tarde Marlene disse que apareceria por lá, já que ela sabe aparatar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Hum, por falar nela...
– Você conhece ela, Lily, deve estar namorando com o Nick.
– Claro.
– Ei meninas – gritou uma voz conhecida atrás de mim. Me virei e vi James andando a passos largos em nossa direção.
Eu sorri, ele me deu selinho e pôs um braço em volta dos meus ombros.
– Então, James, preparado para conhecer minha mãe?
– Então, Lily, preparada para conhecer minha mãe?
– O que de tão estranho tem sua mãe?
– O que de tão estranho tem sua mãe?
– Dá para pararem de fazer isso? – disse Dorcas.
– Desculpa Dorcas, e você, o que vai fazer no natal? –disse James.
– Eu? Nada. Vou ficar com minha família, fazer umas tradições idiotas e depois conversar com a Marlene.
– Sabe, não é muito diferente das nossas famílias – disse ele.
Dorcas deu de ombros.
– Mesmo assim. Eu queria ter uma natal um pouquinho mais emocionante.
– Você poderia aparecer na minha casa. Almofadinhas mora lá e Aluado virá dar um olá. E a Lily vai um dia em um jantar com nossos pais.
– Eu não sei ainda aparatar, James. E sua casa fica um pouquinho longe da minha.
– Eu vou lhe buscar.
Dorcas torceu o nariz pensando. Era uma boa idéia.
– Eu acho que não, mas obrigada mesmo assim.
– Você quem sabe.
Entramos no trem e ficamos em um dos primeiros vagões. Ficamos conversando sobre assuntos diversos. Aluado e Almofadinhas apareceram logo em seguida, somente Marlene demorou a chegar. A desculpa dela era que estava conversando com outros amigos, mas ela estava mesmo era se agarrando com o Nick.
O trem chegou à estação e todos nós desembarcamos. Nos despedimos de nossos amigos e eu, James e Almofadinhas ficamos juntos.
– Ei Pontas, ali estão tio Charlus e tia Dorea.
Virei a cabeça e vi um casal acenando para nós. Estavam longe, mas era perceptível que eram pais um pouco mais velhos que o normal. Deviam ter por volta de cinquenta e poucos anos.
James acenou e pediu um momento com um gesto de mão.
– Vamos começar pelos seus pais.
Sorri travessa.
– Nervoso?
– Um pouquinho.
Avistei meus pais e conduzi James até lá. Abracei fortemente mamãe e papai. Mamãe estava com mais fios grisalhos em seu cabelo castanho, papai também não estava longe disso. Seus cabelos ruivos escassos estavam opacos e tinha uma aparência um pouco doentia. Ele estava doente do coração há muito tempo.
– Mãe, pai, esse James Potter, meu namorado. James, minha mãe Annelise.
– Oh, como é bom conhecê-lo – sorriu minha mãe e tinha certeza que ela estava aliviada por ele não ser hippie – Ouvi falar muito bem de você, principalmente nesses últimos dias.
– Muito prazer – sorriu James.
– Olá, eu sou John – disse meu pai – Então você é o Potter.
– Eu mesmo. Prazer em conhecê-lo – disse James e estendeu sua mão, que foi apertada pelo do meu pai.
– Desculpe a pergunta, mas você não arruma seu cabelo?
Eu admito que ri um pouco antes de repreendê-lo.
– Pai.
– Tudo bem, Lily. Desculpe senhor, mas é algo genético, meu pai tem o mesmo problema. Isso aqui – ele apontou para o cabelo – Nunca fica no lugar.
– Alías, soubemos que querem nos convidar para conhecer seus pais também.
– Sim, com certeza é bem melhor que uma apresentação no meio da estação de trem. O que acham? Depois do dia de natal?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Fechado – disse minha mãe sorrindo.
– Agora, mãe, vocês esperam um minuto? Vou conhecer os pais dele.
– Claro, pode ir.
– Então, a conversa foi bem mais fácil do que achou não foi? – perguntei quando já estávamos longe.
– Curta e rápida. Adorei, apesar de seu pai não ser exatamente amistoso.
Quando chegamos perto de seus pais, Almofadinhas não estava mais por perto e a mãe de James foi mais que educada.
– Então você é a Lily de quem James tanto fala? Oh me dê um abraço.
Ele não me abraçou, me sufocou. Mas foi um sufoco bom. A mulher era alta e tinha um casaco de pele sobre os ombros.
– Não sabe o quanto estou feliz por conhecer a pessoa que mudou o meu filhinho.
– Mãe!
– Eu mudei seu filho? – perguntei divertida quando nos separamos. A mulher era, como já tinha percebi, um pouco velha, mas ainda sim bonita. Seus olhos eram azuis e tinha cabelos ruivos ondulados.
– E como.
– Ok, ok, não precisam ficar discutindo sobre quem me mudou ou não. Bem, Lily essa é minha mãe, Dorea e meu pai Charlus.
– É um grande prazer conhecê-la, senhorita Evans.
– Muito obrigada, o prazer é meu.
O pai de James não era o parecido tão com ele. Ele tinha os cabelos pretos, grisalhos, espetados e olhos castanhos, verdade, mas sua aparência era mais robusta.
– Eu espero que seus pais gostem da ideia de nos conhecermos – comentou senhora Potter.
– Ah, eles gostaram muito senhora.
– Ah, aposto que eles devem ser ótimas pessoas.
– São sim, mamãe, só que agora ele tem ir, os pais estão esperando – lembrou James.
– É mesmo, desculpe senhora Potter.
– Claro, querida, eu sou muito tagarela, se começar a falar não paro mais. Pode ir.
– Até mais senhor e senhora Potter.
– Não foi tão ruim assim – comentei depois de estrarmos longe.
– Porque eu impedi, se não ela começaria a falar e falar e falar e te deixaria constrangida com algum comentário impensado.
– Que besteira, ela parecia ser uma boa pessoa.
– Ela é, mas eu conheço ela há mais tempo que você, então acredite em mim.
– Ok.
Paramos e olhamos um pro outro. Ele ficava bonito quando a luz do sol batia nos olhos dele.
– Agora eu tenho que ir, Lily, desculpa. Ainda tenho que encontrar Almofadinhas.
– Tudo bem, te escrevo depois.
– Até.
Ele sorriu e me beijou em seguida. Não importa quantas vezes ele faça isso, sempre vai ser ótimo.
Quando voltei para os meus pais, eles estavam discutindo uma coisa.
– Eu não sei não, Annelise, viu os cabelos do garoto, parece um rebelde. Ele deve ser horrível nos estudos.
– Na verdade – me intrometi – Ele é um dos alunos mais brilhantes que já teve em Hogwarts. Pergunte ao diretor.
– Ele ainda não me parece confiável.
– Deixe de ser ranzinza, John, você só quer pôr um defeito no menino por ciúmes.
– Humf, eu gostava mais do Wibler.
– Não gostava não, lembra de como implicou com o nome do menino, dizendo que não era sobrenome de gente.
– Ah, que seja, não gostei do garoto.
– Ok John, vamos logo para casa. Petúnia deve estar louca para experimentar os vestidos.
– Quando eles não se casar? – perguntei.
– Queremos que seja no verão do próximo ano, para que você possa vir. Vai ser maravilhoso.
Fomos para o carro e demoramos para chegar em casa, mas eu não estava com pressa. Estava matando a saudade que sentia deles e não estava exatamente animada para ver Petúnia sendo toda melosa com Válter. Sinceramente aqueles dois não tinham nada a ver, mesmo assim combinavam. Petúnia era ossuda e Válter bastante gordo. Petúnia tinha um pescoço longo, Válter mal tinha um. Apesar disso, ambos eram chatos e não pareciam apreciar minha companhia. Fazer o quê?
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