Loucuras À Meia Noite
O trabalho.
P.O.V: James
Assim que eu fui para a aula acabei trombando na Jade, ela tinha olheiras profundas e parecia exausta, eu me senti meio mal por isso.
— Dormiu mal? — eu perguntei, ela me fuzilou com os olhos.
— O que você acha Potter? — eu revirei os olhos.
— Onde foi parar o James? — eu falei e foi a vez dela de revirar os olhos:
– Porque você não me acordou? Eu achei que a sua mente não fosse tão limitada a ponto de não pensar que se você me acordasse eu iria conseguir ir para o meu quarto. — Quando eu ia responder o professor empurrou a gente para dentro da sala de aula, que a propósito é de DCAT, por ironia do destino as únicas carteiras que sobravam era uma do lado da outra, eu me sentei e a Jade também, embora ela tenha fechado a cara.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Hoje vocês farão uma pesquisa sobre o feitiço do Patrono com a sua dupla do lado... — o professor começou e eu e a Jade engasgamos.
— Oi? — a Jade perguntou meio aérea.
— Isso mesmo que você ouviu. — ele deu as costas e continuou a explicar. — Esse trabalho vale trinta por cento da nota, se alguém se recusar á fazê-lo vai tirar zero, se alguém reclamar vai tirar zero. Vocês terão uma semana para trabalharem e me mostrarem, claro que vocês devem praticar e anotar tudo sobre o Patrono. Uma semana, nem um dia a mais e nem a menos.
Ótimo. As coisas não poderiam melhorar.
Pelo menos eu sei que nós não iremos ter problemas com isso, quer dizer, a Jade é bem inteligente e conjura todos os feitiços muito bem. Ela com certeza não terá problemas com um Patrono.
Jade se aproximou levemente de mim.
— O que é um Patrono?
Olhei para ela perplexo.
Parece que nós teremos muito trabalho a fazer...
(...)
Mais tarde nós decidimos que precisaríamos de um lugar para treinar o Patrono dela e fazer as anotações de forma calma, então nós fomos para o campo logo atrás de Hogwarts, eu fiquei de frente para ela para lhe explicar o que eu já sabia sobre o feitiço.
— Como você não sabe conjurar um Patrono? Esteve contando Hipogrifos na sala de aula ou o que? — perguntei a ela ainda perplexo por ela não saber disso.
Jade rolou os olhos.
— Não é da sua conta Potter, vai explicar ou não vai?
Suspirei e subi as mangas do uniforme, pegando a minha varinha e me preparando.
— Conjurar um Patrono é muito mais do que apenas palavras e concentração. É sentimento. Dementadores se alimentam de felicidade não é? Até que não sobre nada de bom? — perguntei para ver se ela estava acompanhando e ela assentiu. — Então, o Patrono vai ser essa fonte. Conjurar um Patrono é basicamente pensar e reviver a lembrança mais feliz que você tem. A mais importante. Precisa ter impacto ou não funciona.
Ela assentiu novamente, como se estivesse entendendo e analisando cada uma de minhas palavras.
— Okay, eu vou conjurar uma vez. — eu falei e me prontifiquei.
Limpei minha garganta e apontei minha varinha.
— Expecto Patronum! — exclamei, deixando aquele dia voltar a minha mente.
O som dos trens, o cheiro de fumaça, as pessoas passando de um lado para o outro apressadamente... O olhar cheio de orgulho do meu pai.
O cervo reluzente apareceu a minha frente e logo estava me rodeando.
Jade parecia encantada. Ela se aproximou lentamente do cervo, estendeu uma mão para tocá-lo, mas antes que pudesse, ele se desfez.
— Isso foi... Lindo. — ela falou.
Sorri levemente.
— Agora você devia tentar. — eu sugeri e troquei de lugar com ela.
Cruzei os braços e a observei, ela tinha uma postura rígida e concentrada.
Ela fechou os olhos e ficou assim por longos instantes antes de abri-los e estender sua varinha decididamente.
— Expecto Patronum! — ela conjurou, mas tudo o que nós vimos foi um brilho intenso saindo de sua varinha e quando ele terminou, ela estava ofegante.
Um Patrono pode ser meio desgastante para iniciantes.
Fui até ela e fiquei de frente para ela, olhando em seus olhos e vendo que ela estava meio desorientada.
— Jade, tudo bem? — perguntei.
— Porque não deu certo? — ela perguntou frustrada. — Geralmente quando eu tento um feitiço pela primeira vez ele sempre funciona!
Eu ri de sua ingenuidade.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Eu já falei, um Patrono precisa de prática. Eu precisei treinar vários dias com o meu pai para aprender. E além do mais, você começou bem, o Patrono corpóreo é sempre mais difícil. — lhe assegurei.
Ela assentiu e nós sentamos na grama para ela descansar um pouco e uma pontada de curiosidade me atingiu.
— Posso perguntar no que você estava pensando? — perguntei curioso.
— Meu primeiro feitiço. Lembro-me vagamente, mas tenho quase certeza de ver a minha mãe muito feliz naquele dia. — ela respondeu.
Neguei.
Eu mesmo sabia que isso não seria o suficiente.
— Você precisa ir mais fundo. Reviver a lembrança como se ainda pudesse sentir o ambiente a sua volta, tem que soar tão real quanto o que vivemos agora, tão real quanto o vento que você sente na sua pele, a grama abaixo de nós, o som dos alunos perambulando por perto... — eu continuaria falando, mas ela olhou para mim firmemente e sorriu.
— O quê? — perguntei.
Ela negou gentilmente antes de falar.
— Eu nunca te vi falando assim antes, tão inspirador. Cadê o babaca que eu conheço? — ela perguntou em um tom brincalhão.
Forcei um riso sarcástico.
Aquele feitiço era mais do que apenas fazer magia para mim. E eu só esperava que quem sabe para ela fosse o mesmo.
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