Londres, Inglaterra

2013.

O lugar era incrivelmente limpo para uma espécie de sala de tortura, o piso brilhando, nada fora do lugar, a iluminação era perfeita, personificava alguém bem perfeccionista. Alguém exatamente como Azazel Friedrich. Aquela era sua primeira vitima em solo britânico, ele observava a mulher pendurada na parede por correntes brilhantes, vestia apenas suas roupas intimas, Azazel estava sentado em uma cadeira a poucos centímetros dela, a esperava acordar, com paciência. Uma boa qualidade para um serial killer. As correntes também prendiam os pés da mulher, que estaria imóvel se não fosse pela respiração.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

A mulher devia ter no máximo trinta anos, era dona de um rosto angelical, cabelos negros e pele clara. Vivia sozinha e não tinha namorado. Típica garota solitária e tímida. Azazel observou minuciosamente ela levantar o rosto e abrir os olhos, se acostumando com a luz, para logo em seguida tentar inutilmente puxar os braços. O mesmo processo que Azazel havia assistido inúmeras vezes. Quando ela voltou seu olhar para ele e sua respiração falhou, ele sorriu.

– O que vai fazer comigo? – ela perguntou depois de algum tempo de silencio. Sua voz era visivelmente trêmula e as lágrimas já começavam a sair de seus olhos. E a calma de Azazel, sua naturalidade, apenas a fazia sentir mais medo.

– Te salvar da sua miséria. – ele levantou para olhá-la mais de perto. Passou a mão pelo rosto dela, que virou o rosto. – Vai virar o rosto para o seu príncipe Branca de neve? – ele segurou com firmeza o rosto dela para poder olhar em seus olhos cheios de medo, que ele adorava.

– Não me mate. – ela implorou desesperadamente. Azazel se afastou rindo, andou até uma mesa branca e pegou uma faca brilhante, a clássica faca, foi a escolhida para tortura-la aquela noite.

– Do que tanto você tem medo? – ele soltou a pergunta ao vento enquanto encarava o próprio reflexo na faca que levantou na altura do rosto, a garota chorava e implorava baixo que a não a matasse. – Ninguém vai sentir sua falta. – ele se virou andando em direção a ela. Segurou seu rosto vermelho e a olhou por um instante, levantou a faca pondo-a na frente de seus olhos para assistir sua reação, a desceu próxima dos olhos castanhos dela e deslizou a faca afiada fazendo o sangue se misturar com as lágrimas que desciam pelo rosto dela. O desespero da garota parecia alimentá-lo.

Ele aproximou sua boca da dela para beijá-la, mas o que lhe deu foi uma mordida forte em seus lábios, tirando sangue deles. Ela gritou de dor... E de medo.