Venice

Capítulo III: Ataque


Colocou um hobby e desceu as escadas correndo.

– Onde pensa que vai mocinha? – ouviu sua mãe gritar – Acabamos de ser roubadas!

– Eu sei! Quero meu colar de volta! – gritou Sakura, saindo correndo. As ruas estavam um verdadeiro caos! Estavam assaltando em massa. Por sorte reconheceu o casaco do maldito pirata que já estava longe. Começou a correr, ignorando o fato de estar descalça, não iria deixa-lo escapar. Viu-o parar e conversar com um pirata loiro enquanto ela parou para tomar fôlego e se esconder.

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Sasuke entrou em um beco e ela comemorou e como uma gata, silenciosamente seguiu-o e esperou o momento perfeito para ataca-lo, segurando-o pelo pescoço fazendo-o cair no chão. Deu-lhe um belo tapa na cara fazendo um estrondoso barulho e pegando o saco de joias que ficara no chão.

Incrédulo no que acabara de acontecer, demorou alguns minutos para o Uchiha retomar à sua consciência e se levantar bruscamente, indo em direção à jovem que procurava seu colar preferido no saco de joias.

– Quem você pensa que é? – ele disse raivosamente enquanto a pegava pelo braço – Você sabe com quem está mexendo?

– Não e nem quero! – ela respondeu chacoalhando-se bruscamente– E vê se me solta! Só quero meu colar de volta!

– Garota. Eu não admito tal ação, eu deveria cortar sua garganta. – ele disse puxando sua espada.

– Faça como quiser, contanto que devolva meu colar! – ela continuou a encará-lo com tom de voz firme, fazendo-o soltar seu braço. Ela mexeu na sacola até puxar seu colar roxo, soltando um suspiro de alívio. Estendeu a sacola para ele e sorriu – Se é isso que você quer, pegue. Vai ficar melhor em você do que em mim. – e saiu andando como se nada estivesse acontecendo.

– Você só pode estar brincando com a minha cara. – Suigtsu ria após ver Sasuke dar um gole em sua cerveja, estava visivelmente incomodado com a situação. – Você intimidado por uma mulher?

– Não creio que vivi para ver isso... – riu Gaara

– Essa mulher é brutalmente irritante. – ele disse colocando o copo na mesa com força

– Você sabe pelo menos quem é ela? – Suigetsu perguntou enquanto eram servidos mais uma rodada de cerveja.

– Não, eu só furtei sua casa. – Sasuke riu com desprezo – Mas ela irá aprender que mexeu com o cara errado.

– Caso queria lhe dar uma lição, temos homens a nível. – disse Gaara

– Preciso cuidar disso sozinho. – respondeu o capitão, secando seu copo e se levantando da mesa.

– Aonde vai? – perguntou Suigetsu

– Vou voltar ao navio.

Precisava pensar em algo que a intimidasse.

Precisava saber quem era ela. E era melhor fazer isso logo. Trocou de roupa e voltou para as ruas de Veneza, trajando chapéu e roupas finas para desviar qualquer suspeita. Achou a mesma casa e não viu movimento além das criadas. Por sorte viu uma mulher mais velha sair de casa com os olhos parecidos com os da moça, a qual deduziu que seria sua mãe. Seguiu-a afastadamente pelas ruas até chegarem ao centro, uma loja de joias. Agora estava explicado por que ela tinha tantas joias de valor... Não demorou muito e a viu, ajudando na limpeza da loja. Estrago provavelmente feito pelos novos piratas. “Amadores...” pensou Sasuke. Após vê-la falar com sua mãe, sorridente, a moça tirou seu avental e saiu da loja, dando um abraço em um homem que deduziu ser seu pai que estava na frente, conversando com um senhor. Voltou a segui-la e escondeu-se quando a viu ser parada por uma figura já conhecida por ele...

– Uzumaki. – o Uchiha cuspiu seu nome ao ver o charmoso capitão cortejar a rosada.

. . .

– Ah, boa tarde capitão! – Sakura sorriu – Como vai o senhor?

– Bem, e, por favor, pare com esse senhor. Temos quase a mesma idade. – ele a advertiu e Sakura riu

– Tudo bem, Naruto.

– Soube que você e sua família foram furtadas... É verdade?

– Sim... Felizmente, nada de ruim aconteceu conosco!

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– Eu estava indo ver seu pai, mas já que a encontrei, peço permissão para acompanha-la até sua casa, o que me diz?

– Está anoitecendo e com esses piratas a solta, é bom ter um capitão por perto! – ela sorriu fazendo-o rir.

–... Eles nos pegaram de surpresa. Nossa previsão para seu ataque foi errada. – Naruto contava sobre a relação entre o exercito e os piratas enquanto chegavam à casa da Haruno.

– Mas vocês não podem simplesmente prendê-los? – perguntou ela revoltada

– Não... – ele riu – Alguns, de cargo superior, são protegidos pelo governo francês, que por sua vez, não pode fazer nada com o passatempo de seus corsários... Prendê-los causaria uma guerra entre governo e é algo de que não precisamos agora.

– O que fazem aqui então?

– Eles são loucos, senhorita Haruno, fazem o mal por diversão. A hora em que menos esperar, eles vão embora, com tudo que conquistaram! – disse ele suspirando – Só estamos investigando se eles não estão aqui por motivos maiores.

– Que motivos? – perguntou ela com um olhar curioso.

– Mocinha, assuntos de exército! – ele riu – Não posso falar agora... Mas quem sabe um dia.

– Entendo. – ela sorriu tristemente – Preciso entrar, estou com um quadro a terminar...

– Tudo bem, espero vê-la em breve! Boa noite. – dito isso ele beijou sua mão e sorriu

– Boa noite. – sorriu ela em resposta. Depois entrou em sua casa.

. . .

– Droga. Droga. Droga. – praguejou Sakura ao trancar-se em seu ateliê. – Ele é tão fofo, por que isso? Eu não quero... Estou ficando louca! – disse enquanto ia para perto da janela vendo uma figura aparentemente conhecida que desapareceu nas sobras. – Eu não acredito que ele ainda está aqui! Argh! – fechou sua cortina com força e desceu para seu quarto, agora sua inspiração fora toda para os ares. – Era só o que me faltava! – Sakura continuava a falar consigo mesma, xingando o pirata de todos os nomes que conhecia.

Voltando para o navio, Sasuke comemorava: intimidar a moça, havia conseguido. Pelo menos ele achava que sim! Logo na sua chegada, percebeu um burburinho entre os piratas no navio, algo que o incomodava muito.

– O que aconteceu? Pra que esse falatório todo, seus vermes? – disse ele, silenciando todas as vozes no convés. – O que houve? Hein? Diga-me! – disse ele ao puxar um jovem pirata pela gola de sua camisa, que nem seu nome sabia.

– U-um oficial está aqui, s-senhor.

– Capitão? – o jovem suspirou ao ser largado por Sasuke e ouvir a voz de Gaara – Você tem visitas.

Sasuke nada disse e seguiu para a popa do navio, onde estava o tal oficial. Fez menção para que ele entrasse em seu “escritório” e desceu as escadas logo atrás dele.

– Kabuto. – cerrou o olhar ao vê-lo

– Bom lhe ver, Uchiha. Continua ótimo.

– Capitão, pra você. – disse ele enquanto sentava em sua confortável cadeira, em frente ao homem fardado de roupas azul marinho e detalhes em vermelho, no seu bolso, via-se a bandeira francesa.

– Tudo bem, capitão. Espero que já saiba qual o motivo de minha visita.

– Não faço a mínima ideia. – respondeu rindo – Mas creio que estão sentindo minha falta.

– Irei expor os fatos brevemente. O capitão precisa de seus serviços. Ele está em Mónaco e quer uma reunião com você e seus companheiros. Os dois ali.

– Sobre?

– Isso já não faz parte de minhas competências. – Kabuto sorriu

– Ah, havia me esquecido que você é apenas o mensageiro. – disse Sasuke, fazendo-o fechar a cara. – Eu irei. – ele levantou-se e abriu a porta para dar passagem a Kabuto.

– Precisamos marcar uma data... – respondeu ele enquanto saíam da sala, recebendo a atenção dos piratas.

– Apenas estejam lá, eu vou e você tem minha palavra. Mas eu vou quando eu quiser. – respondeu Sasuke friamente.

– Passar bem. Até mais. – ele respondeu e acenou para Gaara e Suigetsu que observavam sentados à borda do navio. Após ver o homem sumir de suas vistas, Sasuke olhou para seus piratas, intimidando-os novamente.

– Escutem aqui. Eu não quero ouvir um A sobre o homem que apareceu aqui hoje, caso contrário, cortarei as gargantas de cada um. E outra, nossos planos mudaram; logo pela manhã, iremos para Mónaco.

– Fazer o que lá? – deu de ombros outro jovem que debochava.

– O que iremos fazer, diz respeito a mim. Vocês aceitaram cumprir minhas ordens. – ele respondeu indo em direção ao jovem pirata com um olhar desafiador. À medida que ele se aproximava, um circulo era aberto ao redor do jovem, ninguém falava com o Uchiha em um tom de deboche. – Aliás, não lhe devo explicações, você não trabalha mais pra mim. – disse ele tirando sua espada da bainha e decapitando o pirata rapidamente. – E nem pra mais ninguém! Alguém mais se candidata a me desafiar? – perguntou sem obter respostas, empunhando sua espada e a erguendo à altura do pescoço de muitos – Respondam, seus vermes!

– Não senhor, capitão! – ouviu o coro de piratas intimidados.

– Ótimo! Pois quem entra nesse navio, ou fica às minhas ordens ou sai morto! – gritou ele guardando sua espada – E limpem essa sujeira! – apontou para o corpo que jorrava sangue no chão do convés.