Venice

Capítulo IV: Mônaco


Acordou irritado, era a terceira vez que sonhava com a dona dos cabelos rosados, aquela que o intimidara. Vestiu suas roupas e logo foi se encontrar com Gaara e Suigetsu para traçar a rota para Mônaco. O tempo estava bom, pelo visto não teriam complicações ao partir à tarde.

– Já que está tudo certo, arrume tudo para sairmos logo... Antes preciso fazer uma coisa. – disse Sasuke saindo rapidamente do navio.

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– Uma coisa... Sei. – Suigetsu riu.

Estava começando a ficar irritada com o baixo movimento da loja... Já considerava a hipótese de voltar para casa e pintar ou fazer algo produtivo. Sua atenção voltou para o sino que anunciava a entrada de um cliente, arregalou os olhos ao lembrar quem era. O pirata.

– Boa tarde. – disse ele a vendedora que correu para recepciona-lo. – Vocês compram ouro, estou certo?

– Sim. – ela respondeu sorridente

– Quero que avaliem o valor disso urgentemente. – ele entregou um cordão conhecido pela rosada para vendedora que foi a procura do pai de Sakura.

– Vendendo um colar roubado para a própria dona. Muito bonito. – Sakura disse baixinho saindo de trás do balcão.

– Senhorita, acho mais justo ele pagar pelo colar do que pelo resgate da filha. – Sasuke respondeu sorrindo, deixando-a sem palavras.

– Cara de pau. – Sakura pigarreou ao sair da loja revoltada.

. . .

Considerando que estava guiando seu Sutton Hoo para Mônaco e com uma bela quantia de dinheiro, a cara de desconfiado do pai de Sakura ao comprar o colar roubado nem lhe fazia cócegas. Nem considerou o quanto demorariam a chegar, estava ocupado demais contando seu dinheiro. Claro que a viagem teria durado menos que duas semanas, se Gaara não os fizessem parar em Gênova para cortejar uma dama de histórias passadas.

Mônaco, o paraíso fiscal de Orochimaru. Já estava acostumado a encontra-lo por lá, afinal, depois que foi banido do exercito francês, era em Mônaco que ele se escondia e ordenava o exército por trás. Chegaram na praia de Larvotto ao anoitecer, ou seja, visitar um bar era o mais coerente. Por mais que os barris de chopp o chamassem, Sasuke convocou Gaara e Suigetsu para irem até o “esconderijo” de Orochimaru para saber do que se tratava a tão esperada reunião.

– Podíamos ter esperado até amanhã. – praguejou Suigetsu por estar perdendo a bebedeira.

– Prefiro saber agora. – Sasuke bufou cavalgando na frente dos dois.

– Curioso como sempre... – Gaara riu e logo se aproximaram da casa de Orochimaru. – Ele se esconde nessa mansão?

– Tá brincando... – riu Suigetsu – Capitão, que tal me banir assim também?

– O dia em que eu te banir, será para cortar sua cabeça! – Sasuke disse e ele arregalou os olhos. – Que bom que entendeu meu recado.

Deixaram os cavalos (roubados) no estábulo e logo foram recepcionados por um empregado que os acompanhou até o cômodo em que ele estava.

– Jogando xadrez, pra variar. – Sasuke riu ao vê-lo.

– Venha... – ele apontou para a cadeira em sua frente

– Já posso imaginar o que se trata. – Sasuke sussurrou para os dois. Orochimaru só jogava xadrez para planejar uma guerra. Quase sempre. – Não gosto de rodeios, fale logo o que quer. – disse ele, movendo um peão.

– Tsc... Tsc... – ele ria – Sabe Sasuke, vocês têm ficado muito na Itália... Sabes que a parte mais forte do exército italiano fica em Veneza. Conhece o comandante. – viu o pirata franzir o cenho ao lembrar-se de um certo Uzumaki. – Eu tenho escutado por aí que próximo à ilha de Córsega, que conquistamos recentemente, existe uma porção territorial na qual não existe nenhum governante... E nossos amigos comedores de massa estão tentando colocar uma bandeirinha lá.

– Quer informações sobre os italianos? – Sasuke perguntou olhando-o movimentar o cavalo.

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– Também. Mas sabes que se ajudar na conquista da ilha, a recompensa será maior, não? – e o jogo fluía rapidamente, os dois eram hábeis e muito inteligentes.

– Ah, você quer que eu me prepare para uma guerra, pois é isso que terá.

– Seu humor é contagiante, Uchiha. – Orochimaru riu – Imagina só: o famoso pirata Sasuke Uchiha, odiado por todos, conquistando uma ilha para a França. Todos te admirariam...

– Não peço admiração de ninguém, eu só quero o dinheiro. – disse e o silencio tomou conta – Cheque mate. – ele sorriu de canto e Orochimaru levantou-se de sua poltrona.

– Creio que temos um acordo, não? – ele perguntou e Sasuke olhou para os seus colegas, recebendo um aceno positivo de ambos.

– Sim. Voltarei essa semana e tentarei descobrir tudo que posso... Também pretendo ir a essa ilha.

– Esse é o Uchiha que eu conheço. – disse Orochimaru sorrindo.

. . .

Já era a milésima vez que se pegava olhando para o mar... Semanas passaram e nenhum vestígio dele.

– Sakura? – teve sua atenção voltada para Ino – Você anda muito distraída ultimamente...

– Ah, desculpe-me. Não foi por querer. – Sakura colocou os cotovelos na mesa para apoiar sua cabeça

– Aham... Sei. – Hinata riu

– Ela está sentindo falta do pirata. – Ino provocou fazendo Sakura a olhar com desgosto.

– O cara que limpou a minha gaveta de joias? Nem morta. – Sakura respondeu dando de ombros.

– Ah, mas que você queria ser roubada por ele você queria... – Ino riu

– Por favor, Ino, poupe-me de seus comentários...

– Poupe-nos. – Hinata riu – Mas creio que o seu sossego esteja acabando, Sakura. – ela apontou para o navio que estava a chegar.

– O famoso Sutton Hoo... – a loira sorriu maliciosamente – Vale milhões...

– Assim como minhas joias que foram roubadas por esse cretino.

Observando todo o movimento no cais do porto, não demorou muito para ver o Uchiha e seus dois inseparáveis discípulos deixando o navio, enquanto os outros faziam o serviço no navio. Eles se aproximavam do Tiepolo, iriam beber, para variar. Os passos de Sasuke até a mesa livre mais perto da borda eram friamente acompanhados pela rosada, em resposta, ele acenou e ela fechou a cara.

– O de sempre. – Suigetsu disse ao garçom.

– Sasuke, estou um tanto preocupado com esse novo serviço. – Gaara suspirou

– Tem muita grana envolvida! – Suigetsu comemorou

– Esse também é um problema, saberão que fomos nós que passamos informações. Seremos proibidos de pisar em terras italianas.

– Não se preocupem. Eu tenho um plano. – ele disse, olhando de canto para a jovem que ria com suas amigas.