"Do que ela está falando?" Pensei. Mía parecia totalmente desesperada, como se uma furia fosse ataca-la a qualquer momento. Ouvimos passos. De repente, a garota saiu correndo adentrando o beco. A segui.

- Aonde estamos indo? - Perguntei. Os passos ficavam cada vez mas rapidos. Mais perto. Mía pulou dentro de uma cassamba de lixo, sem explicações. Intrigado, fui junto.

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- Ele quer me levar.

- Levar para onde?

- Eu não sei?

- Quem é ele?

- O Homem.

Mía tremia. Não sabia o que fazer. A menina parecia que iria ter um ataque. Meio sem graça, a abracei. Isso pareceu acalma-la.

- Oie! - Uma voz grossa, porem simpatica falou. - Venha cá!

- É ele. - Ela apertou minha mão.

- Eu vou lá. - Falei determinado.

- Não faça isso. - A voz dela falhou.

Saquei a espada. Sai da cassamba de lixo e me deparei com um homem de cabelo grisalho, um terno preto, rugas no rosto. Ele me lembrava... Zeus. Prem Zeus era mais serio e chato. Esse homem parecia ser bem legal. Não entendi por que Mía tinha tanto medo dele.

- Olá! - Ele estendeu a mão para me cumprimentar - Sou Célio. Para que a espada? - Me lembrei que minha espada não machucaria mortais. Desapontado, a coloquei na bainha. Apertei a mão do moço.

- O que faz por aqui? - Perguntei desconfiado.

- Estou a procura de uma garota. Ela mora aqui. - Ele falou docemente. Cerrei o punho.

- O que quer com... A garota? - Estreitei os olhos.

- Eu queria leva-la para... - O homem começou porem foi interrompido. Mía saiu da cassamba de lixo e pulou em cima de Célio, fazendo-o cair no chão.

- Vai Nico. - Mía imobilizou Célio.

- Eu... - Tentei protestar.

- Vai. - Ela me olhou nos olhos - Agora.

Admito que fiquei com um pouco de medo dela naquela hora. Sai correndo, adentrando ainda mais o beco. Sinceramente aquele era o beco mais extenso que eu já vira! Mía veio logo atras de mim. Paramos.

- Oque aconteceu ali ?! - Perguntei indguinado.

- Despistei o moço. - O rosto dela se tornou sombrio - Ele queria me levar. Não podia deixa-lo fazer isso.

- Ma ele parecia um cara legal... - Argumentei.

- Acredite, ele não é. Desde que aquele homem me conhecerá, nesse mesmo beco, ele vem me atormentando. Todos os dias, no por-do-sol, o infeliz está aqui para tentar me levar.

- Desde quando voce está aqui?

- Não sei... Faz um bom tempo. - Ela pareceu pensar - Não me lembro.

- E o que voce... Ham... Faz no dia-a-dia? - Tentei mudar de assunto. O tal Homem estavam... Hum... Me preocupando... Acho.

- Ah... Eu... Pesso dinheiro por ai... Falo com o Senhor Moço... De tarde fujo desse homem que quer me levar.

- Voce nunca foi a um parque de diversões ou no shopping?

- Não. - Ela respondeu, meio confusa, como se não soubesse o que era um parque de diversões.

Senti pena dela. O seu unico amigo era o "Senhor Moço", um homem varios anos mais velho que ela. Vivia pedindo dinheiro para sobreviver e todas as tardes fugia de um homem que tentava leva-la não sei para onde.

- Olha... - Comecei - Se voce quiser... Hum... Eu... Amanhã... Poderia te levar para passear...