~ Ciel's Pov ~

- Uma luta? - Sebastian riu - Perdoe-me, mas qual é o seu prêmio, se você ganhar.

Echo parou, pensando.

- Que tal um beijo? - ela disse, sorrindo.

Sebastian sorriu de volta e disse:

- Acho que não. Ao invés disso, que tal um doce?

Ela pareceu desapontada, mas seus olhos demonstravam um ar brincalhão.

Luta... Poder... Tsuna...Não, Mizu... Então, a Mizu era realmente um demônio. Mas não se parecia nem um pouco com um... E, falando nela, quando será que ela volta?

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Echo ergueu a mão. Uma espada, parecida com a dos samurais, se materializou na mão erguida. Ela correu na direção de Sebastian e tentou um ataque por cima, que Sebastian bloqueou com os talheres que roubou da cozinha. Ela se afastou e Sebastian tentou acertar uns cinco ou seis talheres e ela bloqueou todos com a espada. Tive que me abaixar, para não ser acertado por um deles. Sebastian a atacou por cima, mas Echo o impediu com e espada, dando uma joelhada em seu estômago. A joelhada foi bem forte, Sebastian cambaleou e cuspiu sangue. Echo aproveitou o seu momento de fraqueza e chutou o peito dele, o empurrando para baixo. Com o joelho dela em seu peito, uma espada em embaixo de seu queixo, e outra que ela havia acabado de materializar em sua nuca, Sebastian tinha perdido.

Tudo aconteceu muito rápido, quase não pisquei. Echo pulou de cima dele e Sebastian ergueu as mãos admitindo a derrota.

Como... Ela... Ela imobilizou meu mordomo, até agora invencível, em menos de cinco minutos. Depois disso, ela desmaiou. Não mexi um dedo.

Então ela voltou ao normal. Corpo de criança e rosto de uma. Ela se levantou e olhou para mim. Seus olhos cheios de lágrimas. Seus olhos... Ah, aqueles olhos. Eles realmente pareciam me hipnotizar.

Ergui a mão, quase indo abraçá-lá, mas não a conhecia muito bem. Dane-se, pensei. Corri para ela, lhe dando um abraço forte, apoiando sua cabeça em meu ombro. Sua voz saiu fraca:

- Você... Você me odeia, não é? Eu sou um monstro... Um monstro...

Ri.

- Idiota.

Ela me olhou, confusa, mas sem parar de chorar.

- De onde tirou essa idéia? Como eu poderia te odiar?

- Você... Não tem medo de mim?

Afastei uma mecha de cabelo que caia em seu rosto, olhando-a nos olhos.

- Nem um pouco. Já não lhe disse que somos amigos?

Mizu me abraçou forte, chorando. Então, subitamente ela parou de chorar, mas continuou parada ali, com a cabeça enterrada em meu ombro. Orelhas e uma cauda de gato apareceram.

- Ciel... Acho que eu te amo...

~ Koi's Pov ~

Depois de sairmos, fomos voando, literalmente, para a mansão do pirralho loiro, que descobri se chamar Alois Trancy. Jim McCain, na verdade.

Yuiichi me convenceu a me fingir de empregado dele, até a poeira baixar e eu conseguir uma brecha para proucurar Mizu. Enquanto estivesse ali, Yuiichi iria recolher informações sobre a possível localização de Mizu.

Claude montou uma cama para mim no quarto de uns gêmeos super estranhos, Timber, Thompson e Canterbury. Eu iria trabalhar com assistente de cozinheiro por um mês, quando poderia, finalmente proucurar Mizu. Mas se Yuiichi achasse antes disso, pouco provável, eu iria correndo atrás dela.

- Ei. Eu fui bondoso o bastante pra te permitir ficar aqui, apenas porquê Claudete pediu. E troca, você vai fazer alguma coisa. Vá e ajude Timber com o almoço! - falou o loirinho.

- Pirralho... - murmurei.

Yuiichi correu e tapou minha boca.

- Hehe. Perdoe o meu amigo, lorde Trancy. Ele apenas está um pouco nervoso, já que não costuma receber ordens.

Ele pulou da cadeira que estava.

- Ah, é? - ele levantou meu queixo com um dedo - Então vou dar ordens até minha garganta doer, você morrer de cansaço ou os dois. Vá.

Minha vontade foi de dar um soco na cara daquele moleque metido, e fazê-lo cuspir um pouco daquele ego. Mas como não podia, já que ele estava me ajudando, respirei fundo e fui para a cozinha, ajudar Timber.

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Eu fiz praticamente tudo, Timber apenas ficou sentado dando ordens. Servi o almoço na mesa, de acordo com as intruções de Claude e comi as sobras do pirralho, como se eu fosse um animal.

Bem, eu me sentia um. Incapaz de me opor. Recebendo ordens e as obedecendo. Incapaz de ficar perto de alguém importante. Mizu... Eu precisava protegê-la. Eu a aceitei e aceitei seu outro lado, mas não acho que vá haver alguém que faça o mesmo. Com a falta de pessoas, Mizu pode ficar depressiva e nem sei o que pode acontecer com ela.

Minha situação na mansão dos Trancy não era das piores, mas eu podia apenas imaginar pelo que Mizu estava passando nas mãos... Dela... O que será que ela estava sendo obrigada a fazer? Que falsas doces palavras Ela havia usado para convencê-la? Mizu não seria capaz de matar alguém, disso eu tenho certeza.

Ela é muito inocente e se fosse obrigada a fazer isso, precisaria de uma motivação bem forte.

Será que.... Será que essa motivação sou eu? Ah, inferno! Eu só meto ela em confusão!

Mi-chan... Eu preciso te ver...