Perfectly Wrong

Odeio os clássicos!


Abri a porta antes que Erin quebrasse a campainha.

– Trouxe bolo de cenoura – anunciou brilhantemente, mostrando o bolo em suas mãos com orgulho. – Eu mesma que fiz.

Deixei-a entrar e fechei a porta, sem deixar de fitá-la com incredulidade.

– Sério? – perguntei, deixando-a ver que eu não acreditava nem um pouco.

Ela teve a decência de parecer encabulada.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Bom, talvez eu tenha recebido ajuda...

Arqueei uma sobrancelha.

– Tudo bem, eu ajudei só um pouquinho – falou sem me olhar, colocando o bolo no balcão.

Eu só continuei parada, olhando para ela e para o bolo, e de volta para ela.

– Ok, eu confesso! – jogou as mãos pra cima e me encarou com raiva. – Mitch que fez, eu fiquei só olhando.

Ri, pegando a bolsa e o casaco dela e pendurando no armário ao lado da porta.

– Então deve estar bom – comentei. – Se você realmente tivesse feito, nós poderíamos jogar na cabeça do Asher quando ele chegasse. Tenho certeza que ele teria um traumatismo craniano.

Ela não pareceu achar graça.

– Alguém já disse que você é muito idiota? – perguntou, cruzando os braços no peito, emburrada.

– Só você, porque o resto do mundo me ama.

Ela finalmente riu e me deu uma cotovelada. Quem disse que mulheres grávidas não eram violentas não conheciam Erin Price.

Eu disse para a minha amiga tirar os sapatos – ela insistia em usar saltos absurdos – e se fazer confortável, enquanto eu me ocupava servindo pedaços de bolo e refrigerante para nós duas. Infelizmente, quando eu abri a geladeira, percebi que a coca cola tinha acabado e só tinha os sucos de fruta com soja do Asher, que eu nem precisava dizer que eram nojentos. Acabei colocando água gelada em dois copos, arrumando tudo em uma bandeja e levando para o sofá.

Eu estava ansiosa por conversar com minha melhor amiga. Havia passado o dia assistindo reprises antigas de America’s Next Top Model e nem isso havia me feito sentir melhor. Para ser sincera, a única coisa que havia conseguido me distrair e me fazer rir havia sido assistir Jane Eyre com Asher na noite passada. Da primeira vez que o Sr. Rochester apareceu, ele gritou “é o Magneto” e desde então, passou a chamar o cara assim. E ele fazia os comentários mais hilários, que me faziam rolar de rir.

E ele nem riu muito de mim quando eu comecei a chorar na parte em que a Jane fugiu.

Mas eu estava esperando que Erin pudesse me ajudar com mais do que distração. Eu precisava de conselhos – e nesse departamento, um cachorro empalhado seria mais eficiente que Asher.

– Pode ir falando tudo – Erin mandou quando eu me sentei ao seu lado, logo depois de quase enfiar todo o seu pedaço de bolo na boca.

Sem brincadeira, o estômago da garota já era um buraco negro antes da gravidez, depois então...ela muito provavelmente acabaria com as reservas de alimento da cidade de Nova York antes da criança nascer. Era um verdadeiro mistério do universo como ela conseguia ter um corpo tão bonito.

E, ao contrário de mim, ela não fazia nenhum tipo de exercício. Tudo bem que eu não era muito atlética, mas corria num parque perto de casa pelo menos uma vez por semana.

– Bom, vou começar pela minha cruz – disse, suspirando e encolhendo as pernas no sofá, pegando meu pedaço de bolo com a mão.

– Deixe-me adivinhar, essa cruz começa com Asher e termina com Lockwood? – riu.

Joguei uma almofada nela e perguntei:

– Você não queria que eu contasse meus problemas?

– Tudo bem, tudo bem. Vá em frente.

E eu fui. Em frente.

Tudo bem que ela riu a maior parte do tempo, mas para mim era sério. Eu realmente não queria lavar minhas roupas junto com as do meu colega de quarto. Talvez parecesse besteira para o resto do mundo, mas era sério para mim. Mesmo na faculdade, eu fazia questão de lavar minhas roupas à mão, porque não queria usar as máquinas de lavar que todo mundo usava no meu alojamento. Eu havia melhorado um pouco, a ponto de conseguir dividir a mesma máquina de lavar com o Lockwood.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Mas não ao mesmo tempo. Nunca ao mesmo tempo.

Ele não sabia, mas antes de colocar minhas roupas na máquina, eu sempre a limpava com álcool.

Meu Deus, eu era louca.

– Sinto muito, gata – Erin deu de ombros, ou melhor, tentou, já que não conseguia parar de rir. – Você se meteu nessa, resolva sozinha.

– Que grande conselho – ironizei, rolando os olhos.

Ela suspirou e conseguiu manter o rosto quase sério.

– É que eu não acho que você vá morrer se fizer isso. Vai ser até bom, talvez seu TOC melhore.

– Eu não tenho TOC!

– E eu não estou grávida. É só um alien que entrou na minha barriga pra fazer reconhecimento do local.

Não aguentei e comecei a rir, junto com Erin. Minha melhor amiga era a pessoa mais sem noção que eu conhecia, definitivamente.

– Mas e quanto a essa festa de Halloween? – perguntei, quando conseguimos parar de rir. – E se ele me fizer vestir alguma coisa realmente humilhante?

Eu havia contado para ela sobre a parte da fantasia também.

– E o que seria humilhante pra você?

Pensei por um momento, mordendo o lábio inferior. Para falar a verdade, não havia pensado muito no que seria inaceitável para a maldita fantasia. Eu já não gostava de me fantasiar de qualquer jeito.

– Sei lá...coelhinha da Playboy?

Erin concordou.

– Isso é realmente humilhante. E, pra completar, você ainda tem essa cara de quem se vestia de coelhinha da Playboy na faculdade.

Ela riu e eu fui tentar jogar outra almofada nela, mas a garota estrategicamente tinha roubado todas enquanto eu estava distraída, então eu só disse:

– Cala a boca.

– Admita, Max, você tem cara de vagabunda. Aceite e seja feliz.

– Pelo menos, no meu caso, é só a cara. Já no seu...

Ela riu e fez uma falsa cara de indignação.

– Essa foi baixa, Maxine, muito baixa.

Depois disso, começamos a conversar sobre outras coisas, como trabalho – Erin trabalhava numa agência de turismo não muito longe da minha galeria –, Mitchell, filmes – eu adorava os clássicos, mas para Erin, eles só prestavam se fossem musicais – e coisas assim.

Quando eu já estava no terceiro pedaço de bolo – Erin estava no sétimo –, e estávamos falando sobre o chefe idiota dela – que sempre fazia ela ficar depois do horário – quando Asher entrou em casa.

Ele estava obviamente transtornado, com os cabelos mais bagunçados que o normal e uma cara de quem tinha acabado de ser atropelado pelo caminhão do lixo, e ficou meio surpreso por ver Erin ali. Largou suas chaves no balcão e murmurou um olá não muito animado.

Erin e Asher haviam se visto apenas umas duas vezes na vida, e em nenhuma delas conversaram mais do que o necessário para a cortesia. Eu raramente a levava até em casa, preferindo ficar na dela, para não incomodar meu colega de quarto. Mas já vinha percebendo – de maneira bem óbvia – que a gentileza não se estendia a mim, já que ele vivia levando mulheres e amigos para o apartamento, e resolvi fazer o mesmo.

Não, não estava planejando altas orgias ou festas do nível do Asher, apenas levar Erin e talvez JJ para conversarmos e termos uma noite de garotas. Bom, não exatamente de garotas, se JJ estivesse presente. Mas a ideia era diversão contida e comportada, não cinco pessoas peladas quebrando o chuveiro do banheiro, como outras pessoas gostavam de fazer.

– E aí, Lockwood? – Erin cumprimentou, bebendo um gole da sua água.

– Como vai, Price? – Asher perguntou, então parou e franziu o cenho. – Espera aí, você já se casou? Devo te chamar de Reed agora?

Ela riu.

– Não, o casamento é só no mês que vem – respondeu. – E você deveria saber, já que foi convidado.

– Ah, é. Desculpe.

Antes que alguém pudesse falar mais alguma coisa – e eu estava com muita vontade de me desculpar pela falta de noção do Lockwood –, um miado alto soou através da porta fechada do meu quarto.

– Isso foi o Nero? – Asher perguntou, olhando para mim.

Assenti.

– Erin é alérgica a gatos, então eu o tranquei no meu quarto por um momento...

– Você o QUÊ?!

Surpreendi-me com o tom dele. O cara parecia furioso, mas não furioso como costumava ficar comigo de vez quando, como nas vezes em que eu jogava todas as coisas da geladeira que estavam fora da validade no lixo, quando ele ainda achava que estavam boas. Não, nos cinco meses e meio em que eu morava com Asher, ele nunca havia usado um tom tão agressivo comigo, o que me deixou meio confusa e assustada.

– Desculpa, eu só – comecei, mas ele nem me deixou terminar.

– Você trancou o meu gato?! – cuspiu, chegando perto de onde eu estava no sofá.

Levantei-me, achando que ele iria se afastar para me dar espaço, mas ele continuou parado, a apenas centímetros de mim. E como tínhamos a mesma altura, eu podia encarar perfeitamente seus olhos furiosos, cinzentos como chuva.

– Ele gosta tanto de ficar no meu quarto, que eu pensei que ele não se importaria...

Mais uma vez, Asher me interrompeu:

– Você achou que ele não se importaria?!

– Você quer fazer o favor de parar de repetir tudo o que eu digo? – terminei dizendo, me estressando com aquilo.

Tudo bem, talvez eu não devesse ter trancado o gato dele no meu quarto, mas ele estava agindo como se eu o tivesse pendurado numa árvore por uma corda no pescoço.

– Quando você parar de falar tanta merda, eu posso tentar – ele respondeu, indo a passos largos para o meu quarto, abrindo a porta e pegando Nero no colo.

Aquilo tinha sido tão rude e me deixou tão desorientada por um momento, que eu não percebi que Erin havia se levantado e encara Asher com raiva.

– Qual o seu problema para falar com a Max desse jeito? – perguntou, de um jeito que já havia feito pessoas mais fortes se encolherem.

Mas o maldito nem piscou, só disse, sem nem encará-la.

– Você, não se meta – e virando-se para mim, chegou perto o bastante para que eu sentisse seu hálito em meu rosto quando falou. – E você, não chegue mais perto do meu gato. Se quer torturar algum animal, procure aquele seu namoradinho.

Depois disso, ele foi até seu quarto, batendo a porta com força desnecessária.

– Que. Merda. Foi. Essa? – Erin perguntou, pontuando as palavras e soando exatamente como meus pensamentos.

Qual era o problema daquele cara?

Eu estava literalmente embasbacada, parada ali de pé no meio da sala com cara de quem tinha acabado de levar um soco no estômago. Certo, de novo eu pensava que trancar o gato talvez tenha sido errado, mas meu quarto não era nenhuma sala de tortura. Era grande e limpo e Nero adorava ficar nele mais do que em qualquer outro lugar da casa.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Asher podia ter dito que não havia gostado de mil maneiras diferentes, todas elas muito melhores do que me tratar como se eu fosse mentalmente incapacitada na frente da minha melhor amiga. E o pior foi ele ter sido um idiota rude com ela também.

E pensar que ontem ele havia sido o cara mais divertido e gentil do mundo. A não ser que o Lockwood sofresse de transtorno bipolar, eu realmente não o entendia.

E estava mais do que um pouco puta com ele.

– Ele é tão insuportável assim o tempo todo? – Erin perguntou.

Balancei a cabeça.

– Não – respondi. – Não o tempo todo.

Suspiramos ao mesmo tempo, olhando uma para a outra. Acabamos sorrindo.

– Bom, acho que é minha hora de ir – ela anunciou, voltando a se sentar para calçar as sandálias. – Eu prometi ao Mitch que não chegaria muito tarde em casa.

Assenti e fui buscar sua bolsa e casaco, entregando-os a ela.

– Bom, você já sabe – disse, me abraçando com força. – Não fique mais guardando as merdas desse cara pra você, divida-as comigo e você vai se sentir melhor. Embora eu não entenda porque isso a fez sair correndo da Kleinfield...bom, você nunca foi normal, não é?

Isso me fez lembrar que eu não havia tido tempo de contar o mais importante. Todas as minhas dúvidas e o fato de que James chegaria em alguns dias...

Bom, era melhor deixar para outra hora.

– Falou a garota que me fez passar dezenove vezes na frente de uma oficina até que o gostoso sujo de graxa te chamasse para sair. Super normal, claro.

Ela riu e nós nos despedimos. Ela prometeu chamar um táxi e me mandar uma mensagem quando chegasse em casa.

– Diferente de você, eu realmente me preocupo em não matar meus amigos de preocupação – disse antes de ir.

Fechei a porta e fui arrumar a sala e colocar a louça suja na lava louças. Depois, tomei um banho e coloquei um moletom quentinho. Estava deitada na minha cama, checando um blog de fotografias de cavernas no meu notebook, quando recebi a mensagem de Erin.

Em casa! E bem a tempo de ter alguma ação com o Mitch. Ele tem adorado esses hormônios da gravidez...

E depois eu era a louca. Respondi:

Eca. Muita informação! Eu me contentaria com o “em casa!”

E depois fui dormir. Tinha trabalho no dia seguinte e precisava acordar cedo.

Mas não consegui. Toda vez que fechava os olhos, ouvia Asher gritando comigo como se tivesse o direito. Ouvia-o dizer para ir maltratar meu namoradinho.

Qual era o problema do cara?

E por que eu tinha ficado tão chateada com isso?

Eu não deveria me importar, eu nem gostava dele mesmo. Não éramos nem amigos.

Ou éramos?

Eu sempre pensava nele só como meu colega de apartamento, mas quando parei para realmente enxergar as coisas...

Nós sempre espiávamos os vizinhos juntos e assistíamos reality shows e desenhos animados. Costumávamos comer juntos pelo menos uma vez ao dia e ele nem precisava mais perguntar o que eu queria.

Éramos amigos?

Se sim, por que eu não conseguia pensar nele do mesmo jeito que pensava em JJ, Erin ou Mitch?

...

Consegui acordar cedo na terça feira e fui correr no parque perto de casa. Asher também gostava de se exercitar naquele parque, mas nunca pela manhã. O cara era um verdadeiro zumbi quando acabava de acordar e qualquer coisa antes de meio dia era madrugada para ele. Por isso, nossos horários de caminhada nunca coincidiam.

Naquela manhã, eu não me importava. Não queria vê-lo.

Voltei depois de uma hora, tomei banho e me vesti rapidamente para correr para o trabalho. A porta do quarto de Asher permaneceu fechada o tempo todo e eu me senti aliviada por não tê-lo visto.

No trabalho, Cherry estava deixando todos loucos com seu nervosismo. Em dois meses, a galeria faria uma exposição de fotografia com o fotógrafo mais influente e requisitado da cidade. Eu mesma estava muito animada em conhecê-lo, afinal, era uma fã do seu trabalho. Cada fotografia tirada por Christopher Hawk traduzia um sentimento, como se ele pudesse capturar amor, dor, tristeza, solidão e cada emoção que eu podia sentir nas simples imagens do dia a dia.

Mas Cherry parecia um pequeno vulcão, espirrando lava em todo mundo, de tão ansiosa e nervosa para que tudo saísse perfeito.

– Calma, garota – disse JJ quando Cherry veio gritar com a gente, por estarmos demorando muito na pausa para o café. – Estresse dá rugas, sabia? Quer um suquinho de maracujá?

Isso só fez com que Cherry ficasse mais vermelha e irritada, como JJ sabia que ela ficaria. O cara não tinha medo do perigo e adorava provocar nossa cereja assassina.

– Pegue esse suquinho de maracujá e tome você, de canudinho e pelo nariz – falou com as mãos em punhos e os pés, em saltos altíssimos, batendo no chão, fazendo-a parecer uma criancinha contrariada. Mas, ao contrário de JJ, eu tinha amor à vida, por isso nunca diria isso a ela. – O que eu quero é que você faça seu trabalho sem que eu precise lembrá-lo disso a cada cinco minutos, Sr. Spencer.

JJ deu de ombros, indo em direção à recepção, murmurando:

– Depois que ficar com cara de ameixa seca, não diga que eu não avisei.

Tentei disfarçar o riso, transformando-o numa tosse, mas não devo ter convencido Cherry, já que ela me olhou feio.

– E você, Hyde? Já providenciou os convites pra inauguração?

Engoli em seco. Tinha esquecido completamente.

– Vão estar na sua mesa antes do fim da semana – prometi, indo rapidamente para a minha sala.

O resto do dia foi tão cansativo que eu praticamente me arrastei o caminho todo na volta pra casa. Só pensava em tomar um longo banho, comer macarrão instantâneo e ficar deitada na minha cama, lendo Os Mistérios de Udolfo.

Mas quando cheguei em casa e rumei para o meu quarto, todos os planos foram varridos da minha cabeça. E depois de alguns segundos, quando me recuperei, gritei:

– Lockwood!

Eu não o tinha visto quando entrei, mas algo me dizia que ele estava em casa – nem que fosse só para ver minha reação, aquele desgraçado filho de uma mulher de vida fácil. Isso foi comprovado momentos depois – que ele estava em casa, não que ele era filho de uma prostituta, até porque eu nem conhecia a mãe dele, ela talvez fosse uma boa pessoa, coitada –, quando ele entrou calmamente no meu quarto, usando apenas uma calça folgada de moletom.

– Você viu? – perguntou, sorrindo com um canto dos lábios e se escorando na parede. – Achei que ia gostar.

Ele não podia estar falando sério.

– Eu não vou usar isso, Asher – falei, apontando para a fantasia ofensiva que estava em cima da minha cama, esperando que ele fosse razoável. – Você não pode me pedir para usar isso.

Ele deu de ombros.

– Achei que você gostasse dos clássicos.

– Odeio os clássicos! – gritei, perdendo a paciência.

Ele voltou a dar de ombros, gesto que estava me irritando além do possível.

– Não interessa – disse, sem sorrir dessa vez. – Nós temos um acordo, então você vai usá-la. Espere só até ver a minha fantasia – completou com uma maldita piscadela, antes de me dar às costas e sair do quarto.

Não estava no acordo, mas eu provavelmente ia matar aquele idiota antes de usar aquela fantasia absurda.