I Never Can Say Goodbye

Breathe. It' s just a bad day, not a bad life.


P.O.V Anna

Sabe a expressão "Your hands fits in mine like it's made just for me"? Então, se aplicava a eles.

Eu lembro muito bem deles sempre brigando, discutindo - coisa recente em minha memória, e agora isso? Meu coração estava despedaçado.

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Se Taylor Swift estivesse aqui ela me entenderia.

Aquela musica em que ela fala sobre a dor que sente quando ve o garoto que ama se casando com outra. Pois bem, Will não estava casando com ela, nem nada, mas a dor era a mesma, e a outra é MINHA MELHOR AMIGA.

–Então vocês estão juntos? - Perguntei encarando os olhos de Will. Aqueles olhos azuis brilhantes. Eu estava muito surpresa, nunca imaginaria isso.

Eles ficaram em silencio por um bom tempo, trocaram olhares pensando se me contavam ou não. Estava perceptível que eles tinham alguma coisa.

–Sim, nós estamos. - Will disse fitando o chão.

Aquelas tres palavrinhas me deram um nó no estomago, e eu me senti uma nada.

–Eu nunca, em nenhum momento conseguiria imaginar isso, quer dizer, vocês dois? - ri nervosa.

–Pois é, né? Quem imaginaria? - Elizabeth sentou em uma cadeira ao meu lado.

Ela esta muito bonita, agora entendo o que Will viu nela.

–Com o tempo a gente foi se conhecendo melhor. - Will disse.

Tempo. Como eu queria quebra-lo em pedacinhos.

–Mas então, que belo sustou voce pregou na gente, não foi? - Elizabeth tentava puxar um assunto, eu a conhecia bem, sei que faz isso quando fica nervosa.

–Pois é. - Falei devagar.

Comecei a sentir uma tontura forte.

–Você está bem? - Will pegou em minha mão.

Não, agora é que eu não estava mesmo. O aparelho começou a apitar forte.

–Eu vou buscar um médico. - Elizabeth saiu correndo pela porta.

–Eu senti sua falta, Anna. - disse, me olhando fundo nos olhos.

E então eu desmaie.

De novo.

****

Abri os olhos devagar.

–Anna! - Alguém me chamava.

Eu estava em um parquinho, sentada em um balanço. Procurei de onde estava vindo o som, e notei um garoto parado encostado em uma arvore.

–Anna. - O garoto se aproximou e eu notei que era Will - O que voce está fazendo aqui sozinha?

–Nada. - Falei emburrada.

–Voce está brava comigo? Eu fiz alguma coisa? - Ele parecia preocupado.

–Não, mas porque voce não volta lá com a Jessie? As garotas estão falando que ela quer beijar voce. - O som dessas palavras me machucaram.

–Eu não quero beijar ela, eu não gosto dela. - Ele sentou ao meu lado. O cabelo curto junto com aqueles olhos azuis me deixavam sem ar.

–Mas voce nunca beijou antes, e ela é mais velha. Devia aproveitar, todos os outros garotos acham ela bonita. - Porque eu estava dizendo isso? Eu gosto dele.

–Eu não acho ela bonita, e eu não quero fazer isso. - Tentava me explicar. Por que ele estava fazendo isso? Voltei a encara-lo.

–Então o que quer fazer? - Perguntei.

–Isso. - falou se aproximando de mim.

Fechei os olhos e o acompanhei.

Ele me beijou, meu primeiro beijo.

Senti alguém cutucando o meu braço, e abri os olhos. Eu estava de volta ao hospital, deitada na mesma cama olhando para o teto.

Isso foi uma lembrança, aconteceu antes do acidente.

–Anna? - Chloe estava em meu lado - Esta tudo bem?

–Não - Falei com a voz embargada - Não está. - ela entendeu do que se tratava, e me abraçou.

–Eu não sabia que seria tão dificil reencontrar eles, ainda mais assim, os dois juntos. - Ela afagou minha cabeça - Eu sei o quanto voce gostava dele.

–Gostava? Gosto. Só Deus sabe como todas as lembranças voltaram fortes.

–Eu sinto muito, Anna.

–Eu sei lá, acho que preferia ficar em coma para o resto da vida. - Falei me deitando.

–Não fale isso nem brincando! - Ela estava brava - Só eu sei como o papai e a mamãe ficaram quando voce entrou em coma. Não foi nada fácil para Will e Elizabeth também. Todos nós sofremos, não seja egoísta pensando uma coisa dessas.

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–Mas é tão dificil ver eles assim, ele e ela. Eu achei que eu fosse o único elo entre eles, mas pelo visto eu estava enganada.

–Anna, foi um infeliz atraso do destino, mas agora voce está de volta. Tudo vai dar certo.

–Que odio! Por que isso teve que acontecer justo comigo? - Eu estava chorando.

–Eu não sei pequena, mas tenho boas noticias. - Ela sorriu

–O que? - Falei sem retribuir o sorriso.

–Sua melhora não aconteceu do nada, e apenas hoje eles diminuíram a medicação. Você ficou em observação por 2 semanas, até que eles te tirassem de verdade do coma. Não tem mais o que voce fazer aqui, a não ser alguns exames daqui há algumas semanas. Então, logo voce já vai para casa, e tudo vai voltar a ser como era antes.

–Acho meio impossível isso acontecer. - falei me soltando dela e virando para o lado.

–Anna, vai ficar tudo bem. - falou.

–Ficar tudo bem? - Me virei para ela - Eu sei que não vou voltar para casa e segunda ir para o colégio, na verdade eu nem sei mas o que aprendi, em que série estou.. Não vou chegar em casa e alimentar o Pipoca, porque eu nem sei se a Mãe e o Pai deram comida para ele, ou se ele morreu. Eu sei que vou ter que viver nesse hospital tendo que aprender de novo as coisas como um bebe. Eu sei que não vou ser a mesma Anna de antes, eu não consigo nem mexer minhas mãos direito, como vou tocar o violão, ou flauta? Eu ainda sei tocar? Eu não vou poder chegar e perguntar se o Will quer sair tomar sorvete comigo, porque agora ele tem uma namorada, e essa namorada não sou eu, é a minha melhor amiga! A minha melhor amiga! Por favor, Chloe. Não me diga que vai ficar tudo bem. - Voltei para onde estava e fiquei em silencio.

Sei que fui terrivelmente grossa com minha irmã, mas posso me redimir depois.

Nós teremos "tempo".

Nessa droga de vida, pelo menos uma noticia boa.

Eu estava voltando para casa.

I’m coming home,

I’m coming home,

Tell the World I’m coming home.