I Never Can Say Goodbye

Surprise! Wait, what?


P.O.V Leo

Meus cabelos estavam caindo, e eu nem cheguei aos quarenta. Os últimos dias foram muito corridos. Escola, treino, me encontrar com Lilá e Fred, estudar e dormir. Os dois tem sido meus ajudantes, e juntos aturado meus pitis.

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–Leo, se acalma - Lilá se aproximou - O cara só está atrasado vinte minutos, ele vai chegar. Respira, mulher - Os dois riram e eu não consegui relaxar.

O decorador ficou de trazer a decoração antes de sexta, e estava atrasado. E se nada desse certo? Tudo tinha que ser perfeito, Anna merecia isso.

–Filho, para com isso - Minha mãe saiu da cozinha com uma bandeja na mão.

–Obrigada, Sra.Valdez - Fred puxou o saco dela, como sempre.

–Eu ajudo - Lilá levantou do sofá e segurou a bandeja.

–Eu posso ter você como minha filha postiça? - Encarei chocado minha mãe - O que foi? Nesses dois dias que a Elizabeth veio aqui, ela me ajudou mais do que você.

–Nossa Mãe, tá ajudando muito - Falei me jogando no sofá.

–Calma, filho. Vai dar tudo certo, hoje é quinta. - Ela sorriu.

–Amanhã, mãe.

Escutamos a campainha tocar.

–Graças a Deus - Bufei e fui atender a porta.

–Olá, sr. Valdez? - Um homem grisalho e com um ar afeminado - Eu sou Leeroy, o decorador - Ele estendeu a mão e eu o cumprimentei.

–Entre - Abri espaço e ele ficou olhando a casa.

–O espaço é bom, a ventilação e a luz também. Vai ser uma linda house party - Ele sorriu.

–Esses são meus amigos, Fred e Lilá - Os dois acenaram - Eles estão me ajudando na organização.

–Temos um longo trabalho meninos, mas vai valer a pena - Ele colocou os materiais em cima da mesa.

Depois de algumas horas de monta e desmonta, tudo ficou muito bem organizado. Eles estavam conversando com Leeroy, quando escutei meu celular tocando.

–Anna - Falei me afastando da sala.

–Leo, você vai fazer alguma coisa agora? Eu pensei em dar uma volta pela quadra, tomar um sorvete, sei lá. O que acha? - Ela parecia empolgada.

–Eu não vou poder, tenho que ajudar minha mãe com algumas coisas - Menti.

–Leooo - Lilá gritou da sala.

–Ah, tudo bem - Falou ríspida.

–Anna, eu sinto muito.. - Ela tinha desligado na minha cara.

Tpm, só pode. Eu é quem deveria estar tendo um ataque de nervos.

Leeroy nos ajudou com os últimos detalhes, e nós deixamos tudo preparado para sexta. Não foi tão caro como achei que fosse, mas tudo valeria a pena no futuro.

–Azul e branco, combinou - Lilá falou pegando a bolsa em cima da mesinha de centro.

–Ficou linda mesmo, agora só falta o resto - Fred complementou.

–E a música?

–Isso pode deixar comigo, eu já conversei com a Lauren e ela pode trazer tudo, e até tocar - Ela sorriu - Vai ficar tudo perfeito, Leo.

–E não se preocupa, cara. Se qualquer coisa der errado, quem tem que gostar é a Anna, e não os outros.

–Exatamente - Lilá olhou para ele concordando - Bom, agora eu tenho que ir. Acho que meu trabalho acabou - Ela foi até a porta.

–Tchau, Liz - Fred falou, babando.

–Muito, muito obrigado - A abracei - Quando precisar, pra qualquer coisa, pode me chamar - Ela sorriu.

–Tchau, Leo - E desapareceu virando a esquina.

–Meu Deus, ela é demais - Fred deitou no sofá.

–É mesmo, então toma cuidado e não faça nenhuma cagada. Não queira dar uma de Will - Falei me sentando.

–Eu não vou fazer o que aquele prego fez, ela não merece isso. Só que, sei lá, eu não sei o que dizer, ou o que fazer. Sou muito sem jeito.

–Fred, você já pegou muita mulher, como assim? - O olhei chocado.

–Ela não é qualquer uma, Leo. Ela é especial, e eu sempre achei ela demais. A mais engraçada, a garota legal e que todos queriam ter como amiga, a descolada. Ela é diferente, é isso - Apaixonado.

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–Ela é uma boa garota, Fred. Mas você também é, acho que não rolou nenhuma oportunidade ainda. A festa, isso, use a festa. - Falei sugerindo.

–Ela só me vê como amigo, nada mais do que isso - Ele fitou o chão e roeu a unha.

–Faça ela perceber o quanto você gosta dela, prove isso - O incentivei.

–É, eu vou fazer isso. O máximo que pode acontecer, é eu levar um toco - Eu tive que rir e ele também.

Ficamos mais um pouco conversando, eu dei algumas dicas para ele, que ouviu tudo atentamente.

Acordei animado, era hoje.

–Nem acredito que meu bebe vai tomar jeito - Minha mãe afagou minha cabeça, enquanto servia café em minha xícara.

–Mãe, eu já to nervosão - Ela riu e pegou um copo de café - Eu vou tentar chegar cedo, mas desculpa filho, eu não não consegui mudar minha escala. Tenho plantão, você sabe como é.

–Tudo bem, Mãe. - Ela se despediu e eu terminei rápido meu café.

Peguei minha mochila e saí rápido de casa. Na ida, vi o lindo jardim florido das Grant e não hesitei em pegar uma flor. Eu estava adiantado, então a escola estava quase vazia. Fiquei na porta, a espera de Anna.

–E aí bonitão? Linda flor - Lilá se aproximou - Esperando ela?

–Desculpa - Sorri para ela.

–Eu vou entrar, tenho que falar com a Lauren. Boa sorte, Leo - Ela me deu um soco de leve no ombro e entrou.

Fiquei lá parado, dez, quinze, vinte minutos, e nada de Anna aparecer.

–Leo, tá na hora - O inspetor me chamou.

–Só mais um pouquinho, Ademar.

–Negativo, você sabe como o Sr.Palladino é - Ele se explicou.

Pegue a flor em minhas mãos e entreguei para zeladora da escola, que sorriu encantada pelo gesto. Será que Anna não viria hoje? Entrei na sala e o professor de matemática já tinha chegado. Me expliquei, e sentei em meu lugar. No inicio da segunda aula, Anna chegou. Nós fazemos história juntos. Ri sozinho com a combinação dessas palavras. Meus colegas foram dar parabéns, mas na minha hora de levantar a professora chegou e me mandou sentar. Olhei para ela, que se virou rapidamente.

Esperei mais duas aulas, para falar com ela, mas ela já tinha saído e eu a perdi no emaranhado de alunos. Foi até o refeitório e a encontrei conversando com algumas garotas da aula de química.

–Ei - Me aproximei - Será que posso roubar ela um pouquinho? - Elas me olharam todas sorridentes, menos Anna. Ela se afastou das outras, e então eu a abracei.

–Parabéns, Anna. Muitas e muitas felicidades, você não sabe o quão feliz eu estou em poder passar esse aniversário com você - Eu a encarei, ela agora sorria - Feliz aniversário!

–Obrigada, Leo - Falou sem me encarar.

–Anna.. - Mas o sinal já tinha batido.

–Eu tenho que ir - E saiu de lá.

Ela estava muito estranha, seca, fria. Meu olhar encontrou o de Lilá que fez sinal "O que aconteceu?" Eu apenas dei de ombro.

Mais algumas aulas e então faltariam algumas horas. Na hora da saída eu tinha que falar com Anna. Esperei todo mundo sair e então quando ela desceu as escadas eu a chamei.

–Hoje a noite, não se esquece - Sorri para ela.

–Sabe o que é, eu acho que não vou poder - Falou sem me olhar.

–O que? Não, porque?

–Eu vou ter que ajudar minha mãe - E sorriu - Olha ela ali - E foi até o carro.

Não, eu conversei com a Sra.Robb, eles sabem da festa. Anna está mentindo, mas porque? Sai correndo da escola e fui até o supermercado comprar o que faltava. Quando me dei conta já estava anoitecendo, e no meu celular 20 chamadas perdidas. Quando cheguei em casa, Lilá e Fred estavam esperando na porta.

–Finalmente - Falaram impacientes.

–Voces dois, vão organizando tudo. Eu tenho que tomar banho e depois tenho que ir em um lugar. - Eles assentiram e eu corri para me arrumar.

Coloquei uma polo preta e jeans escuro.

–Ei, ei - Lilá me puxou enquanto eu saia de casa - Vai estar tudo pronto quando você chegar, fique tranquilo - E sorriu.

–Obrigado. E Fred, cuide de tudo - Ele me encarou do tipo "vou te matar".

Fui até a casa de Anna e comecei a tacar pedrinhas na janela. Depois de quase trincar o vidro ela apareceu irritada na janela.

–O que foi? - Falou seca.

–Desce.

–Não, eu já disse que eu não posso..

–É mentira, agora vamos. To te esperando.

–Leo, eu não vou.

–Não me faça ter que subir ai e te levar a força. Qual é, Anna. O melhor aniversário, não lembra?

Ela bufou e fechou a janela. Encarei isso como um sim, e já estava quase desistindo quando ela apareceu, mais linda do que nunca, trinta minutos depois.

–Você tá linda.

–Obrigada - Sorriu tímida e fitou o chão.

–Vamos - Estendi a mão.

Ela hesitou em pegar, mas timidamente as uniu.

–Para onde vai me levar?

–É surpresa, mas antes tenho que passar em casa.

Paramos em frente a minha casa e eu "fingi" procurar a chaves.

–Não dá, Leo. Eu não consigo..

–É rapidinho, Anna - Falei abrindo a porta.

–Quando é que você ia me falar que está com a Lilá? -Falou cuspindo as palavras.

–Surpresa! - Os gritos a fizeram arregalar os olhos.

Eu fiz o mesmo. Como assim, eu e Lilá?

Anna sorriu tímida e chocada, e eu apenas a olhei confuso.

Mas o que diabos acabou de acontecer?