I Am A Rock, I Am An Island

Viver e necessariamente sofrer


Viver é necessariamente sofrer e, no decorrer da vida, os intervalos de felicidade se tornam mais espaçados, menos intensos e mais exigentes. Confesso que sou um eterno pessimista e anseio o fim dessa paranoia, e se há um sentimento do qual me orgulho é a angústia. Esta surge no exato momento em que o homem percebe a sua condenação irrevogável à liberdade, isto é, o homem está condenado a ser livre.

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Não quero ir, nem quero ficar. Não quero fazer, ser ou estar. Não quero nada, não sinto nada e não quero sentir coisa alguma. Sinto um vazio, mas não quero preencher. Sinto-me só, mas não quero estar com ninguém. Não quero viver e não quero morrer. Nada é bom e nada é ruim. Não sei o que quero e nem se quero alguma coisa.

O que chamamos de alheamento é o aprisionamento de todo sentimento, que por ventura surja para gerar instabilidade. Uma ameaça para ego e consequentemente para toda uma vida. Toda a bateria de informações novas me assusta, mas acabo por lidar com estas, dependendo da carga emocional de cada uma elas serão mais bem digeridas caso consiga assimilar seus efeitos, mas ao exigirmos mais da minha capacidade bio-psico-social, provavelmente a sensação de desconforto estende-se, e terei a constante sensação de perda de controle, e logo não medirei esforços para tentar controlar tudo ao meu redor.