19 de janeiro de 2013 – 14:22 – Meio da selva, local desconhecido

Peter e Melissa procuravam frutas comestíveis no meio da selva enquanto Jack brincava na praia onde eles surgiram, bem próximo dali.

-Você tem certeza absoluta de que isso é comestível, Peter? – perguntou Melissa, um tanto quanto desconfiada.

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-É claro que eu tenho! Você não está acreditando em mim? – Peter levantou uma de suas sobrancelhas.

-O que? Não! É claro que eu acredito em você! Tanto que se não fosse por você a gente já teria morrido de fome.

-Então quer dizer que eu sou seu super-herói? – Peter se aproximou da jovem, que corou.

-É... Depois de tudo que você fez eu estou começando a suspeitar disso... – os dois riram. Peter se aproximou mais dela, colocou sua mão sobre a bochecha da moça, delicadamente, olhou-a nos olhos. Seus lábios estavam a milímetros de distância.

-Gente! Gente! – todo aquele clima se acabou, Melissa e Peter desviaram sua atenção para onde estava vindo a voz de Jack. Um Jack correndo apareceu do meio da floresta.

-O que foi? Aconteceu alguma coisa? – perguntou Melissa, assim que Jack pegou em sua mão e na mão de Peter e começou a puxá-los.

-Vocês vão ver! Rápido, seus lerdos! – gritou Jack.

Fizeram o que o menino falou e foram rapidamente para a praia onde acordaram. Logo, avistaram um iate, um pouco longe, mas nem tanto. Peter se desesperou, era a chance deles de sair daquele meio do nada, provavelmente a única.

-Ei! Aqui! – Peter começou a gritar, seguido por Jack, mas Melissa não abriu a boca. – Ei, seu idiota! Surdo! Olha aqui, fazendo favor!

Melissa se afastou dos meninos, logo em seguida apareceu, segurando três pedrinhas em sua mão. Nem Peter nem Jack perceberam, até Melissa arremessar a primeira pedrinha e atingir o iate, chamando a atenção do piloto.

-Boa mira. – falou Peter, a olhando com os olhos arregalados.

-Obrigada. – Melissa sorriu.

O piloto do iate logo foi em direção a praia onde se encontravam os três. Quando o iate parou ao lado da praia, mais quatro homens surgiram do nada, com algemas. O piloto ria, uma risada maligna.

-Bem que eu tinha razão! – falou o velho, entre gargalhadas. – Se eu comprasse outro iate conseguiria enganar vocês!

-Mas o que?! Pai? Como você descobriu? – Peter ia partir para cima do pai, mas foi impedido por um dos guardas, enquanto Melissa tentava se soltar das mãos de dois armários, mas eles já haviam algemado-a. – Mas que merda! Manda esse idiota me soltar! – gritava Peter enquanto se debatia. Jack, que já estava no colo de um dos guardas, chorava desesperadamente, sem saber o que estava acontecendo.

Do nada, tudo se apagou para os três.

19 de janeiro de 2013 – 15:17 – Iate de Klavy, a caminho de Nova Iorque

Melissa acordara não fazia nem cinco minutos, sua cabeça doía tanto que parecia que explodiria. Olhou para os lados, Jack estava ao seu lado, acordado, a olhando assustado, mas Peter estava um tanto quanto longe. Desacordado.

-Me... Melissa? – cochichou o pequeno. – O que está acontecendo? Eu estou com medo...

-Não se preocupe. Nada de ruim vai acontecer com você, você não fez nada. – respondeu Melissa, com um tom de voz baixo, mas firme.

-Não vai ficar tudo bem! Eu não tenho mais família, Melissa! Meu papai morreu e minha mamãe também! Eu não tenho mais família! Vou parar em um orfanato! – falou o menino, entre lágrimas.

-Não! Eu não vou deixar você ir para o orfanato! – Melissa tentou abraçá-lo, mas então percebeu que suas mãos estavam amarradas em algo.

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-Olha só! A nossa sobrevivente dupla acordou! – falou Klavy, com uma voz um tanto quanto maléfica.

-Me solta, seu idiota! – gritou Melissa, ficando vermelha de ódio.

-Olha o jeito que você fala comigo, garotinha! – o homem pegou o cabelo da menina.

-Eu juro que se você machucar ela eu te mato! – falou Peter, agora acordado e fitando o pai.

-Você não é assim, Peter. Eu te conheço. – falou Philip, mas logo soltou a garota. – Você irá ficar de castigo o resto da sua vida, - falou apontando para Peter, logo em seguida olhou para Melissa – você, bem, você vai sofrer um pouco com os experimentos que irei fazer. – ele olhou para o garotinho, que estava solto e agarrado ao braço de Melissa. – Já você, - ele arrancou o garoto do braço da jovem. – Vou ter que te mandar para algum orfanato em algum lugar distante. – o menino caiu em prantos.

-NÃO! VOCÊ NÃO VAI MANDAR ESSE MENINO PARA PORCARIA NENHUMA DE ORFANATO! – gritou Melissa e chutou o estômago do velho. – SEU CRETINO!

-Olha o que você faz comigo, garotinha imbecil! – deu-lhe um tapa no rosto, mas a garota não esboçou nenhuma reação de grito ou dor. Continuou firme.

-EU FALEI PARA VOCÊ NÃO ENCOSTAR NELA, PAI! – gritou Peter, que ia se levantar, mas foi impedido por um guarda, que colocou o pé em seu peito, fazendo-o sentar de novo.

-Cala a boca!

19 de janeiro de 2013 – 17:13 – Centro de Pesquisas, Nova Iorque

-Peter, Peter! – Melissa, em prantos, gritava enquanto era puxada por dois guardas para dentro de uma sala no Centro de Pesquisas. Peter estava tentando se soltar de dois guardas, Jack estava chorando, próximo a Peter. –Peter! Por favor! Não deixe seu pai encostar no Jack, por mim! – Essas foram as últimas palavras de Melissa até a porta se fechar.

Só então os guardas soltaram Peter, que correu para a porta, mas já estava trancada.

-Eu prometo, Melissa! – gritou o mais alto possível, batendo na porta. – Eu prometo que cuidarei do Jack. Então ouve-se um grito feminino e um silêncio mortal toma conta do lugar.