The Elevator

Capítulo 4: "A Vaca Que Dava"


Leo não aguentava mais os berros de Piper e nem os barulhos dos tapas que ela dava na porta.

No momento, ele estava sentado no chão do cubículo que cabia apenas 5 pessoas, sua calça jeans de lavagem acinzentada estava ficando um pouco suja na parte de trás pelo fato dele estar sento aonde as pessoas, geralmente, pisão mas ele não se importava mais, só queria sair dali, não aguentava mais “A doida do elevador” como começou a chamar a garota que ficou presa com ele.

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— Já chega! — Ele gritou se levantando, o que fez a garota parar com os gritou e batidas e olhar para ele.

[…]

Nico havia levado um pequeno aparelho, similar a um roteador de computador, para o apartamento dele e do primo. Esse pequeno aparelho os possibilitava de ver e ouvir o que estava acontecer com o (futuro) casal. Ele o conectou a televisão LCD de 30 polegadas que ficava do apartamento deles. Já era uma e meia da manhã, a festa havia acabado e o último convidado foi embora fazia 15 minutos, ficando apenas os que sabiam do plano, Annabeth, Travis, Connor e, obviamente, os donos e moradores do apartamento, Nico e Percy.

Agora, eles estavam sentados nos dois sofás, Di Angelo, Annie e PJ no de três lugares e os Stoll's no outro, da sala em frente à televisão, assistindo o que os dois enjaulados faziam e, às vezes, soltando alguns comentarios.

—Se ela fosse uma bruxa, já teria tacado um Avada Kedavra nele — comentou Connor e os outros riam, menos Percy.

— A vaca que dava? — Perguntou, enquanto franzia a testa.

No mesmo momento todos pararam o que estavam fazendo, ou seja, as pipocas e as latas de refrigerante e energéticos pararam no meio do caminho, e olharam para o dono da pergunta, vulgo, Perseu Jackson como se ele fosse um ser de outro planeta que acabara de chegar a Terra.

— O que foi gente? Por que estão me olhando assim? —

— Cara, você nunca viu, ou leu, Harry Potter? — Perguntou Travis.

— Não… — Respondeu receoso.

— Ok, agora eu tive a prova, definitivamente você não é desse mundo — Falou Connor, voltando a encarar os amigos na televisão.

— Annie, quando você começou a namorar com meu primo, eu te pedi para colocar um cérebro na cabeça dele mas vejo que a sua missão fracassou — Nico disse a Annie, baixo mas numa altura suficiente para todos os presentes ouvirem e gargalharem.

– Ha. Ha. Muito engraçado — resmungou Percy.

[…]

— Pode parando de palhaçada, não está vendo que isso não vai adiantar? — Valdez falou e a garota se virou para ele.

Quando viu o rosto dela, ele quase tomou um susto, Pipes estava vermelha de raiva.

— Palhaçada? Palhaça é o que fizeram conosco! — Gritou fazendo Leo rir — Do que você está rindo? —

— Primeiro, você precisa se acalma, se continuar desse jeito você vai virar o Hulk daqui a pouco. — Respondeu e ela assentiu respirando fundo 3 vezes — Segundo, você ouviu muito bem o que os dois péssimos projetos de agentes da CIA falaram, nós só vamos sair daqui quando pararmos de brigar, então ficar gritando igual a uma hiena no cio não vai adiantar, nem ficar batendo na bosta da porta, atrás só tem parede —

— É, você tem razão — ela falou enquanto deixava o corpo escorregar pela parede de ferro.

— Eu sempre tenho razão — respondeu, também se sentando no chão.

McLean bufou e revirou os olhos.

— Estava demorando para começar a se achar —

— Nem começa, já parou pra perceber que estamos tendo a primeira conversa de verdade em anos? — Ele deu um sorrisinho de lado e ela assentiu.

— Aham, isso é bom, eu acho —

— Talvez, vamos ter que concordar em algo, é divertido quando discutimos —

Ela assentiu rindo e olhou para ele, que estava sentando no outro extremo do cubículo de ferro. Leo tinha uma perna dobrada num V invertido e tinha o braço esticado sobre ela. E pela primeira vez ela reparou nele, seus cabelos levemente encaracolados estavam bagunçados, como sempre, eles eram pretos, em seus lábios, pendia seu costumeiro sorrisinho de lado, meio infantil meio travesso, suas orelhas eram levemente pontudas, realmente ele parecia um elfo latino, como muitos diziam.

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Usava uma calça jeans acinzentada, camisa de mangas compridas com capuz verde militar que estava repuxada até o cotovelo, tênis all star preto, também tinha uma camisa xadrez, preta, marrom e branca amarada na cintura, “Provavelmente ele tirou por estar com calor”, pensou. Além de um relógio preto no pulso esquerdo.

É, ela tinha que admitir que ele tinha um certo estilo. Além de ser bonito.

— O que foi? Por que está me olhando assim? Tem alguma coisa no meu rosto? — Questionou-a

— Não, não é nada — Ela respondeu virando o rosto e essa foi a vez a observa.

Ao contrário dela, Leo já havia reparado em Piper, sempre reparou, desde o dia que se conheceram e olhe que na época tinham apenas 12 e 11 anos respectivamente.

Valdez observou tudo, seus cabelos castanhos chocolate cortado em camadas e com as pontas repicadas iam até as costelas, os olhos que pareciam mudar de cor devido a luz e o jeito com que os olhasse, os traços de sua descendência Cherokee, a maquiagem leve, apenas lápis de olhos e um batom da cor da pele, que ele saiba que havia sido usada apenas por insistência de Annabeth. Até mesmo a roupa que ela usava, uma calça jenas azul bem escuro, quase preta, uma camisa de botões azul royal amarada no fim, sneakers pretos, um colar com um pingente de mustache e uma pulseira de corda transada com um pequeno coração no meio.

— Er… Leo — ela o chamou e, pela primeira vez, pelo nome — E se nós tentássemos fingir que estamos nos intendendo? —

— É, poderia dar certo — respondeu, animando-se.

Por um momento, ambos esqueceram que os outros cinco podiam ouvir tudo que eles falavam.

[…]

— Gente, é impressão minha ou eles esqueceram que estamos ouvindo tudo? — perguntou Nico, desviando os olhos do seu celular e virando para os outros que estavam na sala.